sábado

Meia-noite e dois

Publicado a 08-08-2008
Sábado. Quase Domingo. Um balançar entre uma noite cheia de desejos e uma madrugada por preencher. Ninguém parece gostar de adormecer cedo num Sábado à noite. Tem que haver um programa. Algo tem que ser diferente de uma noite ocasional de semana. Encontrar amigos, jantar fora, beber um copo, conhecer pessoas novas, experimentar sensações diferentes, viver emoções fortes. A noite de Sábado tem que acontecer. Quanto mais não seja para sentir que o mundo ainda gira. Rafael preenche a sua noite. No sofá da sua sala de estar, ele acaricia os cabelos lisos creme de Alexandra. Os olhos da jovem brilham. São uns olhos redondos, vivos, intensos. Os lábios dela palpitam. Ela anseia um beijo. A mão do homem a encher o seu seio volumoso é apenas um pormenor que Alexandra deixa que ele desenvolva em si. O desejo invade-a e o olhar penetrante de Rafael não a deixa sequer respirar. Ele quer esquecer a verdadeira motivação para querer a presença da jovem na sua casa. Ele quer viver a noite de Sábado como um sonho. Ele quer achar que aquilo é um desabafo instintivo da sua mente. Quando ele acordar, terá tempo para pensar no que fere o seu coração. Por agora uma anestesia toma conta do seu corpo. Os lábios colam-se. E uma mão desbrava caminho pela perna dele, em direcção ao fecho das calças. Porque a sua noite não podia ficar vazia.
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Foi duro. Pegar a chave da porta de entrada do Edifício Magnólia e dar de caras com a presença de Ana, a atravessar o passeio da rua, tornou-se uma crueldade indelével. Na ténue luz que marcava a sua postura, Rafael amolecia os seus gestos, na tentativa de que a sua vizinha denotasse que ele estava ali. Ana estava encantadora. Ousada, sensual. Vestia a sua máscara nocturna e ainda lançava as primeiras lufadas do seu charme. Ela tinha saído do estabelecimento do rés do chão do prédio e aguardou no lancil do passeio. Um carro preto, luxuoso, arrebatador esperava por ela. Um motorista abria-lhe a porta traseira do carro e ela entrava delicadamente. Antes de se sentar, Ana conseguiu avistar Rafael. Um olhar sinistro marcou a comunicação silenciosa entre ambos. A agenda da acompanhante continua preenchida. E a sua noite de Sábado reservava-lhe um cliente sumptuoso. Era como uma faca que atravessava as vísceras do instrutor. Mais do que vazia, a noite de Rafael parecia agora uma penumbra.
Um homem assim não adormeceria ferido de solidão. Não se fecharia no seu casulo num Sábado à noite, atormentado pelas suas mágoas apaixonantes. Rafael voltou a fechar a porta do Edifício e deixou-se atrair pelo movimento do Espaço Magnólia. Cheio. Carregado de pessoas que antecipavam uma noite de discoteca, de bares na baixa da cidade, de quartos quentes de paixões partilhadas. Assim sempre foram os serões de fim de semana neste lugar. Um aperitivo para fantasias. Rafael abriu a porta do estabelecimento climatizado e cruzou-se com pessoas que dificultavam a chegada até ao balcão. Vislumbrou a vizinha que mora por baixo de si e tentou desvendar o que procurava ela. Deu um encontrão no ombro de um homem com dois ou três martinis bebidos a mais para aquela hora. Apertou a mão a Vasco que tentava a custo atender a todos os pedidos. Na distracção de tanta envolvência, deu um encontrão a uma mulher jovem que como ele, tentava encontrar o caminho mais fácil para chegar ao balcão. Ele procurou pedir desculpa, mas ela lançou-lhe um olhar desinteressado. Rafael sentou-se finalmente no balcão e desviou o olhar dela. Pediu uma bebida e ansiava por encontrar um objectivo. Raramente ele viu o Espaço Magnólia tão cheio. A cabeça dele girava e criava uma imagem do que o envolvia. Subitamente, havia um olhar que se fixava a si. Carnalmente sorridente. Ingenuamente atrevido. Descaradamente persuasivo. Rafael recebeu a bebida, pegou nela e levantou-se do banco junto ao balcão. Cinco passos e ele alcançou a mesa. A jovem até levantou a cabeça para fixar a imagem dele. O homem até aguardou uns segundos. Mas o resto, foram apenas pormenores. Rafael conseguiu sentar-se na mesa dela.
Havia uma música envolvente. Alcançava o espaço que existia na mesa, que criava uma bolha invisível. A confusão de todo o estabelecimento parecia um som de fundo. Rafael já estava enfeitiçado.
- ...Alexandra.
- Rafael, muito prazer.
- Veremos...
- Tens um sorriso fascinante.
- É essa a frase que usas para engatar mulheres num Sábado à noite?
- Não preciso de engatar. Isso é para frustrados.
- Ai é?! Então o que estás a fazer?
- A corresponder.
- Desculpa?!!
- Estou a corresponder ao sorriso deslumbrante que me lançaste quando estavas a olhar para mim.
- Eu não estava a olhar para ti...
- Estavas...
- Não. Não estava.
A jovem parecia mais distante do que à primeira vista ele tinha deduzido. Ela não recusou que ele se sentasse. Ainda assim, parecia reservar algo só para si. Alexandra ainda guardava um ar excitante, confiante e ainda assim, meigo. A nova companhia de Rafael não parecia querer afastá-lo, mas fazia questão de se mostrar complexa. A conversa desenrolava-se. Por vezes, o olhar dela evadia-se. Mas cedo ele a recuperava. Passo a passo, ele assumia o controlo. Com o olhar fixo nela, o homem pincelava a conversa.
- Isto é mais um sitio para tomar o pequeno-almoço e apreciar o amanhecer... - disse ele.
- E moras aqui?
- Três andares acima...
- A sério?! Curioso.... Mas parece ser um sitio muito....
- ...Se soubesses o quanto ficava bem se desprendesses o cabelo...
E Alexandra bloqueia. O elogio inusitado arrepiou a coluna da jovem até à nuca. Agora, Rafael sabia com o que podia contar. Alcançou um ponto nevrálgico na auto-estima de Alexandra e arrebatou a atenção dela. Nervosa, ela tentou dissipar o seu olhar. Virou os olhos para a esquerda, para a direita e depois para trás, directamente para o balcão. Desta vez, Rafael também olhou. O balcão já estava vazio.
- Estás com alguém? - pergunta o homem.
- Não!...Eu vou só à casa de banho....
Atrapalhada, Alexandra levantou-se. Seguiu imediatamente para a casa de banho feminina, com ar empolgado. Sem hesitar, Rafael levantou-se também. Acompanhou de perto o passo da jovem, por entre a confusão do Espaço. Assim que a porta encerrou, ele olhou para o redor, evitando que alguém percebesse a sua intenção. Ele volta a abrir a porta e invade um espaço que não lhe pertencia. Instintivamente, confirmou que ninguém entrava. A porta da primeira cabine estava entreaberta, a segunda estava fechada. Por uns segundos, a sua mão abriu-se, querendo tentar empurrar a porta. Ainda assim, ele hesitou.
- Alexandra?.....
Não se ouviu uma resposta. Pelo menos verbal. Ouviu-se um leve tossir. Rafael assumiu-o como uma confirmação de presença. Encostou-se junto à porta e soltou um forte suspiro.
- Deixa-me levar-te ao meu apartamento... Ao terceiro andar... Eu sei que estavas a olhar para mim... Eu sei que houve qualquer coisa ali... Não estou a tentar engatar-te... Há coisas que não se podem evitar e eu sei que sentiste o mesmo que eu... Vem comigo... Ofereço-te um copo...ofereço-te as minhas mãos... eu sei que vais gostar das minhas mãos... Se soubesses como elas te podem dar prazer... Deixa-me desprender o teu cabelo... Desprender a tua roupa.... Bolas...deixa-me ser teu...por esta noite... Há qualquer coisa, não há?... Não estou enganado... Eu desejo o teu corpo, os teus lábios... Eu sei que há qualquer coisa nos teus lábios... Eu estou excitado, acho que tu também estás.... Vá lá, Alexandra...Abre a porta e sobe comigo... Sobes? Eu conto-te como a minha mente te está a imaginar...
00:02 - Enquanto não obtivesse uma reacção, Rafael não se iria calar, nem tão pouco sair daquela casa de banho. Mas houve um ruído. O trinco da porta rasgou as palavras do instrutor. Lentamente, a porta abriu-se. Rafael afastou-se e não escondeu alguma ansiedade. Dentro da cabine, saiu uma mulher efectivamente excitada. Mas não era Alexandra. Era a jovem mulher. Aquela que - quando ele entrou no Espaço - procurava o caminho para o balcão ao mesmo tempo que ele. Afinal, ele não estava a falar para a jovem que que estava sentada consigo. Estava a libertar palavras excêntricas para uma mulher que lhe fazia lembrar Alexandra. O cabelo, os contornos da face, os olhos. Os olhos redondos, vivos, intensos. Em tudo semelhante à jovem que ele procurava alcançar. Ainda assim, esta mulher parece ter bebido as palavras quentes de Rafael. Na verdade, ela estava mesmo excitada. Era perceptível nos seus lábios finos, húmidos e palpitantes. A mulher saiu da cabine, não sem antes lançar um olhar interessado em Rafael, como que a dizer "Eu aceito". Ele estava atrapalhado, sem perceber ao certo o que estava a acontecer. Ela foi dirigindo-se para a saída da casa de banho, num passo provocante, com as nádegas redondas a sobressaírem ao olhar do homem. Entretanto, da primeira cabine com a porta entreaberta, apareceu delicadamente Alexandra. Depois da outra mulher ter saído, ele lançou o olhar à jovem que ele cobiçava. Algo demasiado estranho e embaraçoso estava a acontecer. Mas a explicação foi curta e eloquente.
- Rafael... apresento-te a minha irmã Carolina...
E um sentimento perverso e alucinado invadiu a mente do instrutor. Nada do que Rafael tinha imaginado se podia comparar com a transformação excitante que ocorria dentro de si e que Alexandra parecia entender.
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É a mão de Carolina. Desaperta as calças de Rafael e procura acariciar o tecido dos boxers dele. Ele troca a língua com a irmã da jovem mulher. Um beijo macio, envolvente, assertivo. Porque ninguém esconde o que quer. Carolina transpira uma sensualidade inusitada. Desenha em si uma beleza misteriosa, um olhar desgarrado, um sorriso surreal e uma empatia estranha com a irmã. Alexandra expõe os seus enormes seios ao homem que a enfeitiçou no café. Florescem do top vermelho decotado que ela ostentou no bar. São mamas descaídas mas formosas. Curvilíneas mas cheias. E enquanto as mãos de Rafael lhe enchem o peito, a sua irmã - quatro anos mais velha - retira o pénis do amante dentro dos boxers. Segura-o com vigor, aperta-o, faz com que ele inche, masturba-o, dá-lhe satisfação. Apesar de sentir o entusiasmo a eclodir num ponto específico, Rafael mantém a concentração e mima Alexandra. Acaricia os seus cabelos com dois dedos, apalpa os seios quentes femininos de uma forma terna e brinca com os lábios carnudos e vermelhos da jovem. As línguas envolvem-se e a tesão aumenta.
É a mão de Alexandra. Detém agora o sexo masculino na palma da mão. Aperta ligeiramente os testículos e procura segurar a excitação dele. O olhar da jovem prende-se à face dele. Os seus lábios palpitam, desenhando ao mesmo tempo um sorriso perverso. Carolina ocupa-se. Enche a boca com a carne erógena do homem que aceitou receber duas mulheres em sua casa. Não será a primeira vez que Rafael partilha prazer com duas mulheres ao mesmo tempo. Mas isto é inédito. Duas irmãs, cúmplices, sensuais, conscientes, maduras. Uma experiência assim complementa-se na frieza com que ele encara os sentimentos nesta noite cruel. A boca fina de Carolina chupa o seu pénis. O pescoço dele exerce um movimento que pretende proporcionar um deleite fantástico ao anfitrião. Ela tem os olhos fechados e solta breves gemidos. O broche está a ser delicioso, a jovem mulher lambe a ponta do sexo, mas ele quer mais. Acaricia os cabelos castanhos de Alexandra e exerce uma pequena pressão na nuca. Ela só queria um pedido dele. A exigência dele é um desejo que Alexandra goza. Agora, os lábios carnudos de Alexandra absorvem gentilmente a ponta da picha do instrutor. Agora, ele tem duas mulheres a deliciarem-se com a sua carne inchada. Agora, naquele sofá, a fantasia mistura-se com um deboche sensual. Agora, o sexo oral pratica-se a duas bocas, a quatro mãos, a duas línguas que brincam incessantemente com a tesão de Rafael.
É a mão de Rafael. Descreve círculos carinhosos com a palma das mãos no rabo feminino despido. Carolina está sentada em cima dele. Da cintura para baixo, a suavidade da sua pele deixa transparecer o sexo húmido, as pequenas pernas e o rabo largo. São duas nádegas salientes, macias, mas cheias. Ele apalpa-as, decorando as formas excitantes. Da cintura para cima, Carolina veste ainda a camisola ousada. É uma lã suave. Resguardou a brisa nocturna, mas não conseguiu esconder os seus mamilos entesados. Os bicos parecem querer furar por entre os fios brancos da peça de roupa. Rafael olha para eles com desejo. Surgem deliciosos, perversos, sedentos. E cedo aquela camisola de lã prostrará no chão e será testemunha da degustação da boca dele nos seios pequenos mas sensuais da jovem mulher. Ela está aberta. Os seus joelhos fincam nas almofadas do sofá. As suas virilhas roçam nas coxas do homem. E o sexo dele já entrou três vezes com vigor dentro da sua rata. Ela pula sobre ele com ligeireza, com encanto, com devoção, com uma imensa vontade de prolongar aquele momento. Alexandra ainda se mantém sentada ao lado do amante e da irmã. Já ergue o corpo depois de ter chupado com intensidade o sexo de Rafael. A sua face desvenda os restos do prazer obtido. Tinge a pele macia dela com um fio que flui pelas suas bochechas fofinhas. Ao olhar para a sua irmã, Alexandra descobre que o prazer foi distribuído. Não há tempo para limpar, para retirar aquilo que já foi gozado. A mão dela acaricia o peito do amante e cedo a jovem perceberá o seu lugar nesta inusitada orgia.
São as duas mãos de Rafael. Estão ocupadas e cheias de carne erógena. A mão esquerda continua a apalpar o rabo de Carolina, incitando-a a cavalgar sobre o colo dele. O sexo do instrutor penetra profundamente na vagina da jovem mulher e ouvem-se alguns gritos vindos da boca dela. Os olhos de Carolina cerram e os seus seios bicudos, com o movimento do seu corpo, tocam ligeiramente no rabo da sua irmã. A mão direita de Rafael apalpa as mamas de Alexandra. O seu braço ergue-se por completo. A jovem está com ambos os pés colaterais ao abdómen do amante. Agora nua, ela coloca-se com os joelhos ligeiramente dobrados e colados ao encosto do sofá, aproximando a sua cintura à cabeça de Rafael. Os cotovelos dela fincam no cimo da peça de mobiliário enquanto ele procura com algum custo tocar a rata de Alexandra com a língua. O envolvimento a três prolonga-se numa acção dividida em vários estímulos sensuais e excêntricos. Carolina está prestes a vir-se, com o pénis inchado a fazer sucumbir o sexo feminino que pede um pouco mais, conforme os pulos progressivos que o corpo desenvolve. Alexandra está entesada. As suas mamas estão rijas e acariciadas. A sua rata parece volátil às lambidelas que proporcionam uma sensação intensa e latejante, desde o clitóris até ao cérebro. Rafael, esse, incorpora-se numa fantasia surreal. É difícil ele conseguir manter-se consciente da realidade que ocorre. É difícil ele procurar uma devoção maior a todo o seu corpo. É difícil ele imaginar uma lascividade maior que aquela. As duas mulheres absorvem as suas energias. As duas jovens engolem o corpo dele, retirando todo o poder sexual e físico do instrutor. Alexandra e Carolina entregam os seus orgasmos ao homem, numa transmissão fervilhante. Desde a ponta dos dedos dos pés da mulher mais velha, deslizando pelas suas nádegas redondas, passando pela picha inchada do anfitrião, suavizando nos seis da irmã mais nova até terminar na explosão libidinosa da vagina dela, onde a língua de Rafael consome a paixão, o desejo e a tesão dos três elementos.
São todas as mãos. Alexandra, Carolina e Rafael unem-se pelas caricias contagiantes das seis mãos, dos trinta dedos e das centenas de pequenos poros que se misturam e absorvem o que a derme do parceiro pode oferecer. Os dedos de Carolina fincam nos joelhos firmes do homem. Ela ainda está sentada no colo dele. Mas desta vez, vira as suas nádegas salientes para a cintura dele. O seu corpo pende ligeiramente para a frente e os seus seios pequenos mas bicudos balançam ao sabor das penetrações do instrutor de equitação. Rafael tem o tronco erguido. As suas mãos seguram-se com dedicação às ancas da mulher. Apalpa-lhe as nádegas e penetra por entre a carne erógena. Com poucas contemplações, ao ritmo dos gemidos intensos de Carolina, ele invade o ânus dela com virtuosismo. É frenética a forma como ele sente que a jovem se dilata para o receber. Alexandra pressente a intensidade do momento. Ouve cada tom de voz que se liberta da boca da irmã. Vibra com a forma como as mãos dele se apoderam do rabo de Carolina. Delicia-se com a forma como o seu corpo ainda treme do último orgasmo, da sua rata a ferver, da tesão que o seu peito ostenta, ao sentir toda esta orgia. Ajoelhada em cima da almofada, ela coloca-se ao lado do casal de amantes que se une e divide a atenção das suas mãos. A palma da mão direita acaricia o braço da sua irmã. Atenciosamente, ternamente, intrinsecamente. Os dedos da mão esquerda viajam entre o peito impulsionado de Rafael e a nuca dele. Caricias intensas, selvagens e aguerridas. Alexandra sacia por mais. Exige mais. Suplica por uma repetição prazeirenta. Aproxima a sua face para o beijar, para trocar com ele as línguas escaldantes. A boca dela sabe ao orgasmo dele. A boca do homem tem todo o suco intimo dela. Enquanto a mulher mais velha se infiltra numa sensação de prazer enlouquecido, Alexandra volta a reunir as suas mãos e colhe as mamas enormes com a derme da palma. Apalpa-as, brinca com elas, aperta os mamilos. Rafael atenta a estes gestos e ao mesmo tempo que entra com alguma dor no rabo de uma das amantes, abre a boca para devorar um dos seios de Alexandra. Ela cerra os olhos. Geme. Deixa-se levar pelo hipnotismo de todos os sentidos. O que ouve, o que toca, o que cheira, o que não vê mas imagina. Os lábios e a língua de Rafael deliciam-se com o peito suave, meigo mas estupendamente voluptuoso da jovem. Carolina não aguenta. Finca as unhas na pele das coxas dele. Grita num tom de voz implorável de desejo. Flecte todos os músculos, prendendo a energia numa imensidão de delírio físico. Carolina sente o seu interior a arder. Sente as nádegas vibrar. Os seus olhos também cerram. Mas quando ela movimenta a mão esquerda para se segurar à irmã, pressente algo mais ali. Um braço. Outro braço. Entre as pernas de Alexandra, a sua mão aperta com entusiasmo o pulso de Rafael. Ele acaba de a penetrar com dois dedos na rata e um no ânus. Ele masturba a jovem de uma forma ainda mais intensa do que penetra a irmã dela. Mais uma vez, a orgia borbulha numa explosão. Diversas acções não permitem distinguir sentimentos e sensações. Rafael, Carolina e Alexandra tornam-se num único elemento de prazer. Ainda assim, eles nunca se tinham visto até esta noite.
Rafael procura perceber quem tem diante de si. Duas irmãs. Com idades ligeiramente separadas, mas com um envolvimento muito forte entre ambas. Não é só a semelhança física que as aproxima. Os gestos, a voz, a forma de agir parecem uma só. As partilhas, as emoções e as convicções também se assemelham. É evidente que não é a primeira vez que as duas mulheres partilham o mesmo homem. Ao mesmo tempo. É possível que já tenha havido um beijo. Numa hipótese remota, o envolvimento carnal pode ter acontecido numa experiência de descoberta. Mas pelos vistos, as jovens mal se tocam. Respeitam o espaço de cada uma. Não misturam desejos. Há realmente toques. Os corpos nús chegam a roçar-se. Mas tudo desprovido de paixão carnal, lésbica e incestuosa. Rafael entende que a fantasia não irá mais longe que isto. Ainda assim, o maior envolvimento entre as duas irmãs, está nos olhares silenciosos e lascivos que trocam. Elas devoram-se mutuamente pela força da mente, porque procuram o mesmo proveito.
A noite é longa. Só pode ser longa. As sensações não se esgotam. Desvanecem. Querem adormecer na profundeza do cansaço. Testemunham o arrastar da hora desta madrugada frenética. Os orgasmos incontáveis colam-se ao suor dos três corpos. O homem e as duas irmãs terminaram a noite nús. Estendidos no sofá que jamais experimentou tamanha ousadia. Elas entendem a ocasião da noite. A perversão da sedução no Espaço Magnolia transportou-as para momentos sexuais indescritiveis. De manhã tudo isto não passará de um sonho. Talvez uma fantasia. Delicadamente uma aproximação real de desejo. Certamente uma surrealidade. Assim, em conjunto, Alexandra e Carolina levantam-se exaustas. A noite de Sábado aconteceu. Vai amanhecer. Rafael irá acordar de uma madrugada em que não dormiu, em que se entregou, em que rendeu-se aos fantasmas que o assolam, em que bebeu o deboche apaixonante. Rafael irá acordar e perceber que Ana não adormeceu ao seu lado. Nem na sua cama, nem no apartamento ao lado. Rafael irá acordar e tentar esquecer que a noite de Sábado foi demasiado real.

12 comentários:

Anónimo disse...

Meia noite e dois a "três"...
Inusitado, quente, excitante, sensual, a melhor fuga à realidade que Rafael podia experienciar! O aroma a fondue de chocolate, onde a mistura da fruta com o chocolate quente transformam este sábado à noite, numa noite quente e explosiva...
Irá Rafael ultrapassar a realidade das escolhas da vida de Ana?
Será que Ana não encarará este tipo de experiências do Rafael como uma traição? Uma vez que ela considera as suas experiências apenas profissionais?
Aqui fica um beijinho cheio de aromas!!!

DESIRE disse...

Que "febre de sábado" à noite deliciosa!
Bjs prometidos

Magnolia disse...

PAPINHA, há um ponto de vista relevante que focas. Até que ponto Ana valorizará este envolvimento de Rafael? Até que ponto ela está envolvida com Rafael para entender este episódio como traição? Terá esse direito? Porque existe essa distinção. Entre o que é profissional e o que não é. É justo e lógico haver esta distinção?
Isto só pode prometer. Julgo eu.
E depois, há algo que é importante perceber... Haverá forma de Ana saber que isto aconteceu?
Agradeço-te mais uma vez as palavras saborosas
Beijinhos.
DESIRE, pode-se mesmo dizer que só uma febre de sábado à noite poderia ser tão explosiva :)

Anónimo disse...

Magnólia é realmente aí que está o ponto fulcral desta relação... estou certa que Ana acabará por saber...nem que seja através do próprio Rafael, que quando a solicitar para estar com ele...e ela se desculpe dizendo que tem de ir trabalhar, ele lhe diga que fará o mesmo apenas por prazer e que já o fez. Pode ser que a faça pensar... ou não... A ver vamos!!
Beijos deliciosos...!!!

luafeiticeira disse...

Apesar de quase irreal um encontro desses, o conto está bastante erótico, quente... Adorei. E claro que Ana saberá de tudo, Rafael nunca resistiria a contar-lhe. É homem e ela é acompanhante, certo?
jocas e estou quase a pertir de férias.
PS: já vão 2 textos que esperam os teus comentários.

Sarah disse...

Just... sensual, ainda que impensável (ou talvez não...)!
Já tinha saudades de cá vir!
Beijo doce

Lize disse...

Como sempre adorei o post, mas sendo a história de Rafael e Ana a minha favorita, parte-me o coração que estes dois gostem tanto um do outro mas sigam vidas separadas. As razões já sabemos e eu compreendo, mas vá lá... quero-os juntos!! :P

Beijocas e como já disse, I'm back!

Anónimo disse...

Magnólia,

Espero que estejam todos bem pelo edifício...já tenho saudades de notícias vossas....
Um beijinho cheio de aromas!

Anónimo disse...

Reforça o teu orçamento mensal ganhando uns cobres a clicar ... falo a sério , eu estou a fazer uma média de 500 dóllares por mês , não custa nada tentar . Presentemente despendo de mais ou menos meia hora por dia , mas de inicio é necessário um pouco mais , mas justifica , regista-te e bons ganhos .

Anónimo disse...

um edifício muito caliente:)

Shelyak disse...

Ainda de férias? :(

Magnolia disse...

Há uma janelinha aberta para regressar ao Edificio. Bem sei que tem havido uma ausência desproporcionada de quem narra. Quer seja à postagem de novas histórias, quer seja a responder aos comentários, quer até mesmo a comentar em blogues que se admira por estes lados e dos quais os inquilinos se têm ausentado. Assim, desde já as mais sinceras desculpas.
LUA FEITICEIRA, eu sei que tem havido balda ao teu blogue. Sei mesmo. De qualquer maneira, acredita que onde trabalho, é impossivel aceder ao teu espaço. Logo, impossivel comentar, mesmo que já tenha lido ( obviamente ) os teus posts. Ainda hoje, será comentado devidamente. Mais uma vez, as sinceras desculpas. Como foram as férias?
O encontro de Rafael pode parecer irreal, mas nem sempre tudo o que vivemos é recional. Obrigada pelas tuas palavras.
SARAH, também já tinha saudades de cá vir. Espero que quando o Edificio regressar a uma rotina desejável, possas passar cá mais vezes.
LIZE, como foi essa estadia lusa?! As saudades forma saciadas? Ou já rói um grande bicho ai dentro até ao regresso? Até ver o Rafael e Ana juntos...o tempo o dirá!
PAPINHA, não demos de facto muitas noticias nos últimos tempos, mas vamos ver se calmamente se regressa a uma rotina. :) As tuas palavras cheias de aromas são sempre bem vindas.
NEO, a ideia é boa, ainda que pareça muito trabalhosa para quem já tem dificuldade em actualizar um blogue :)
NOIVO, neste momento está um Edificio gélido, mas a seu tempo tomará uma temperatura ambiente.
SHELYAK, se pudesse haver férias talvez pudesse haver mais Edificio. Não se considera propriamente umas férias :)