terça-feira

Como...a conversa vem sempre assim

06:59 - Segundos antes do despertador começar a tocar. Momentos depois do sol espreitar pela janela do quarto e instantes antes da menina acordar, Laura e Afonso já partilham um abraço juntos. Olham-se mutuamente e falam em silêncio. Como se aquele pedaço de amanhecer nunca mais terminasse. Vai terminar. Mas só eles sabem como esticar o tempo que lhes pertence.
07:01 - Laura está deitada em cima do namorado. Procura os beijos dele, procura as caricias do homem que preenche as suas manhãs naquela cama. As mãos de Afonso apalpam o rabo despido dela. As mãos de Afonso incitam as ancas da namorada. Ele quer um acordar diferente. Ele quer despertar todos os sentidos da mulher que o ama. Ela percebe-o no sorriso dele. Ela percebe quando sente o pénis entesado dele a roçar no seu sexo.
- Agora não, Afonso...
- Porque não?
- A menina acorda...
- Ela não acorda...Tu sabes que não...
07:04 - Após intensas negociações, Laura acaba por ceder aos desejos do namorado. De qualquer forma, ela não pode negar o quanto anseia por sentir Afonso. Senta-se em cima dele. Ergue o seu corpo e olha para a parede em diante. As mãos do seu parceiro acariciam os seus seios. O sexo de Afonso continua a roçar na rata dela. Um movimento em falso e ele estará dentro dela. Ela mexe as ancas e deixa-se levar pelo momento.
- Vira-te... - pede ele.
- Não! Pára!
- Vá lá...Vira-te...
- Não, Afonso! Ela deve estar mesmo a acordar....
- Ainda temos tempo...Vira-te...
07:06 - Laura continua a ceder. Por gosto, por paixão, pelo desejo que fervilhou toda a noite no seu corpo, na ânsia de acordar ao lado do namorado. Ela está sentada ainda sobre o corpo de Afonso, com o pénis dele dentro de si. No entanto, a mulher está de costas para ele. Os seus braços apoiam-se nos joelhos dele e as mãos dele fazem viagens constantes ente os ombros, percorrendo as costas e as nádegas. Laura salta. Cavalga sobre a carne desejada do namorado, tentando não fazer barulho. Ouve-se a respiração dela, ouve-se um ligeiro som da junção entre os sexos. Ela procura manter a calma ao mesmo tempo que aprecia cada penetração. Ele fixa o olhar na porta do quarto, vigiando qualquer som ou movimento no quarto ao lado.
- Oh...amor...não!...Uhmmm...Siim....
- Gostas?...Não pares....Não pares, Laura!.....
07:09 - Num ritmo vagaroso mas atento a qualquer mudança de planos súbita, a cópula entre o casal decorre numa constância excitante. Laura salta com mais vigor. Afonso segura as pernas dela e incita-a a não parar. É perigoso. A qualquer momento, sem qualquer tipo de aviso, a menina pode levantar-se silenciosamente e surgir no quarto. Claro que eles medem a situação. Estão alerta e sabem que o mais provável é quando ela acordar ir directamente para a casa de banho, ainda com os olhos cerrados. E agora que a foda está a saber bem, agora que o corpo pede mais, agora que tudo entra em polvorosa, Laura e Afonso só querem saciar a fome e libertar a energia interior. Apesar de estarem de costas, apesar de se manterem atentos, eles libertavam os gemidos e as palavras em sussurros.
- Ooh....era ela que tu querias aqui...não era? Era ela! Era a minha colega...Ohhh...amor....
- Saberia bem...uhmmm...sim...teria sabido muito bem...ohhh...
- Depois disto?...Uhm...Eu deixava-te na cama com ela....
- Sim...ohhhh....
- Fodia-la?...Uhm...Fodias, amor?
- Ohhhh!...Sim! Depois de me vir em ti...sim!!!... Fodia!
07:12 - É difícil manter um tom perceptível nos sussurros. Os gemidos intensificam-se e tornam-se mais perceptíveis. Laura cavalga e pressente o momento em que o namorado perde o controlo sobre a sua excitação. Afonso vem-se e finca os dedos nas ancas da sua parceira. O orgasmo mal se faz ouvir. Liberta-se no intimo de Laura e vibra em todo o corpo dela. Exausta e com as mãos a tremer, ela procura voltar à realidade. À mesma que fugiu quando percebeu que podia foder sem que a sua filha percebesse.
- Nós vamos tê-la aqui na nossa cama, amor...
- Sim, eu sei que vamos.
- Afonso, é mais do que uma fantasia... Nós temos que a convencer.... Eu quero que seja realidade. E eu ontem à noite percebi que ela queria mais do que nunca.
07:14 - Ela já se deitou sobre o corpo do seu namorado. Afonso acaricia os seios dela e ambos trocam um beijo intenso. O sexo dele ainda se mantém dentro da rata dela. Sabe bem. Mantém-nos unidos. Mantém-nos quentes. E tudo poderia recomeçar de novo. Mas ouve-se um som do outro quarto. A filha de Laura parece acordar. Laura deita-se no seu lado da cama, sentindo o pénis molhado dele a roçar nos seus lábios vaginais. Os dois adultos procuram cobrir-se a tempo.
- Bom dia, meu amor! Dormiu bem?!......
07:19 - Na cozinha do 2º direito, Afonso despeja os cereais na tigela da menina e Laura começa a lavar a loiça do jantar do dia anterior.

5 comentários:

luafeiticeira disse...

Uma dúvida me surgiu: quem é o pai da filha de Laura? Quem é o seu ex?
beijos da padeira que ainda te espera

NunoSioux disse...

Ora.... Um texto muito muito quente!!!!
Será que ainda vamos ver (ler) os 3 na cama???
hum.....

Beijo

Anónimo disse...

Olá magna Magnólia

Conheço o seu Edifício há várias semana... sim...sou eu que toco às campainhas quando os vizinhos não se apresentam no Espaço, quando os deixo de ver por aqui com o ritmo que me habituei... Sou eu que rondo o Espaço Magnólia e entro e saio do Edifício na tantativa, de uma vez mais, ser voyeur dos encontros calientes, das vidas duplas, das fantasias ousadas, das surpresas que surgem num olhar cúmplice ou num simples e breve toque subtil...
Cativou-me. Cativou-me principalmente pela diferença, pelo estilo de narração, pelo sexo sem tabus, mas... principalmente...pelo que se não diz e se deixa imaginar a quem lê. Como nas relações quentes, como nas vivências pessoais de cada um com quem nos activa a química, o sangue, a alma e os sentidos... o que se induz é sempre mais aliciante do que o que se diz... Ateado o fogo, sim, uma palavra dita, rasgada num silêncio de um olhar pode despoletar um incontrolável incêndio...mas a suavidade e subtileza de promessa de prazer é o que acende o rastilho...sei que me entende, não me alongo mais :)

Uma crítica: a cor anterior do blog era mais sugestiva e coerente. Definitivamente, permita-me, verde não é a cor de um Edíficio tão...quente...

Um beijo colorido...

cheiodetesao disse...

Olá Magnolia, fizeste bem em me chamares a atenção para aqui. Este post deixou-me deleitado (mais, muito entesado), até porque eu já tive a experiência pela qual Laura e o seu Afonso anseiam.
Bem... Uma tesão filha da puta, para dizer a verdade.

Bom dia Magnolia!

Magnolia disse...

NUNOSIOUX, antes de mais, bem vindo aos comentários e parabéns pela ideia do teu blog. Tem que ser feitas mais visitas e mais comentários a tal espaço. Quanto à vivência do 2º direito. É muito possivel que venhas a ler a revelação dos 3 na cama. Resta, como é óbvio desvendar quem é essa terceira pessoa que Laura tanto fala e Afonso tanto deseja. Volta sempre e cedo descobrirás.
LUA FEITICEIRA, o ex da Laura não tem propriamente um papel relevante na história do 2º direito. Pelo menos não tem tido. De qualquer forma, é um pai presente e activo. Tem a vida dele, que no entanto pouco se identifica com o Edificio. É mais certinho :) Está bem longe da mente dele imaginar o que a sua ex mulher deseja e concretiza. E desculpa fazer esperar-te tanto tempo :)
beijinhos
CHEIO DE TESÃO, o que a Laura e Afonso anseiam e desejam é uma pessoa especifica. Alguém que parece incitá-los a mais. É uma espécie de desafio.
FANTASMA DO EDIFICIO, antes de mais e não obstante o facto de ser um enorme elogio para todos os inquilinos e para quem narra saber que o Edificio tem um fantasma, nenhum de nós fazia a minima ideia que o prédio estava assombrado :)))
Novamente, é um enorme elogio o que disseste. É um incentivo a mais. É uma demonstração de alguém que entendeu um principio deste blogue. Imaginar. Imaginar a partir de um fio condutor. E entender isso e seguir essa lógica, é o melhor contributo que pode ser feito no entendimento do que se vai passando no Edificio. Outro intuito que procura ser aprofundado e feito com dedicação é o factor surpresa. Quanto mais vezes isso puder acontecer, melhor.
Voltando ao cognome, é verdade que alguns moradores já referiram que sentem falta de privacidade. Alguns mesmo sentem que estão a ser constantemente vigiados. Nunca ninguém ousou falar na palavra fantasma. E ainda assim, nenhum deles entedeu isto como negativo. Pelo contrário.
Entendo-o. Perfeitamente. Alongue-se sempre que possivel. Visite o Edificio. Na forma mais peculiar que conseguir fazer....Assombre-nos!