quinta-feira

Retratos de água

Publicado a 02-07-08
A luz que entra no jacuzzi é brilhante. Cintilante e transcendente. Surreal e definida. Define as acções que dentro dele decorrem. Testemunha o que aqui dentro acontece. Deixa acontecer aquilo que não aconteceria noutro local. O espaço do jacuzzi do Edifício Magnólia tem vida e a sua energia é a luz natural que entra pela enorme janela em cima da piscina. São as dezenas de reflexos que percorrem cada canto, cada parede, cada pedaço de vidro que incide a luz para tantos pontos.
- Que olhar é esse? - pergunta Paulo.
- Uhm?!...Porque perguntas? - responde Maria José.
- Parece que não estás aqui...
- Mas eu estou aqui..contigo...tenho a tarde toda para ti.
- Parece que tens um véu a cobrir esses olhos...Fantásticos...Os teus olhos são poderosos...
- É esta luz que te está a ofuscar.
- Achas?...
- ...Tenho a certeza.
A professora está sentada na piscina com a água calma. Ela não ligou o sistema de hidro massagens, que tanto tem deliciado os moradores do Edifício. A inquilina do 1º direito chamou o seu namorado e pela primeira vez, fez questão de se dedicar ao equipamento mais recente do empreendimento. As mãos dela navegam na linha de água, criando pequenas ondas que estremecem o reflexo da sua face. Paulo, o carteiro, assiste aos gestos misteriosos da sua amada. Na verdade, Maria José tem um ar apático. Não esconde o sorriso ligeiro que se mantém na sua face, mas as maçãs do rosto escondem a tensão dos seus músculos. Os seus lábios estão secos, mesmo com tanta humidade. E os seus olhos absorvem toda a luz que brinca no jacuzzi. De tal forma que o jovem sente-se assombrado pelo ar estranho da sua namorada. Após alguns minutos de resistência, ele consegue libertar a frase de desbloqueio, a senha inevitável, a expressão que quebra o gelo.
- Quero fazer amor contigo...
Maria José ergue o queixo. Dilata os lábios e franze o olhar, protegendo momentaneamente a luz que teima em espelhar-se em si. E Paulo sabe que o coração dela palpita. E Paulo sente o caminho livre para avançar. Ele afasta-se da parede do tanque, de onde estava encostado e aproxima-se da mulher madura que arrebatou a sua paixão. Neste curto espaço físico e temporal, ela teve tempo de abrir as pernas e estender os braços. Paulo procura os lábios dela, mas Maria José apenas entrega o seu pescoço. As mãos dele acariciam as costas, procurando arrepiar-lhe a pele, mas ela expande o peito, comunicando o desejo de sentir as mãos dele nas suas mamas. Paulo acede. Ela move as ancas e roça o seu ventre nos calções do namorado.
- Consegues fazer-me vir? - sussurra ela.
- Quero levar-te ao céu...
- Só preciso que me ponhas louca e que me faças explodir...
Paulo inspira fundo. As palavras da sua amante são cruas mas excitantes. A água mantém-se calma e nas pequenas ondas existem pequenas estrelas que a luz esbate. A mão dele puxa uma alça do fato de banho preto da mulher, que apesar de cobrir uma parte considerável do seu corpo, carrega Maria José de uma sensualidade genuína. O seio esquerdo descobre-se, apesar de não ser novidade os bicos espetados no tecido. A mão do carteiro prossegue o seu trabalho. Enche-se por uns segundos com as mamas amadurecidas dela, para depois agarrar entre o polegar e o indicador, o mamilo rosado. Maria José suspira. Vagueando pelo corpo, por cima do tecido negro, Paulo maneja a anca da mulher, para de seguida acariciar as nádegas femininas. Quando ela decide abrir as pálpebras para olhar directamente para Paulo, ela faz um movimento precipitado nos olhos. Dois dedos dele avançam excitantemente por entre as duas nádegas para pressionar o buraco anal e imediatamente o papo vaginal, um pouco mais à frente. Maria José sente-se arrebatada. Cerra os olhos com força e abre a boca, de onde um leve gemido identifica a sua tesão perante os gestos. O peito dela aperta-se contra o tronco do jovem amante. E a boca dele a chupar o pescoço junto à orelha é apenas o remate decisivo.
- Já imagino os teus dedos dentro de mim...
- Queres?
- Vê como tenho o clitóris quente...
E depois de desviar o tecido que lhe cobria o sexo, depois de acariciar as virilhas e depois de penetrar vigorosamente os dois dedos, Paulo confirmou que a mulher estava de facto entesada. Há uma excitação sinistra a envolver Maria José. Ela magnetiza-se aos gestos cadentes do seu namorado, mas algo na sua mente a coloca algo distante da paixão habitual com que ela costuma entregar-se. Porque apesar dos gemidos que solta, apesar de sentir cada movimento dos dedos de Paulo, ela não está a fazer amor. Maria José está apenas a entregar-se carnalmente. Apesar de Paulo não o percepcionar, ele sente que a mulher liberta uns gemidos muito próprios. A mulher volta a levantar o queixo, procura respirar fundo. O rabo dela está empinado e o corpo balançado para a frente. A água está morna. Não borbulha. Faz apenas pequenas ondinhas que batem no ventre dela como se as suas coxas fossem rochas. E apesar de sentir os dedos bem fundos e de cada pedaço intimo de si vibrar com o toque da pele dele, Maria José não encontra o caminho.
- Uhm...Paulo..oohhh...Deixa-me provar-te.
- Maria..ohohh..Maria José...só mais um pouco..uhmmm..gostas?
- Sim!...Mas...deixa-me chupar-te...
Com alguma evidência, Paulo apercebe-se que algo está a falhar na passagem ao patamar derradeiro do prazer da namorada. Ainda assim, o pedido ansioso de Maria José parece demonstrar que ela está envolvida no momento. As mãos da mulher descolam do tronco despido do carteiro e dirigem-se para as ancas dele. Com a ponta dos dedos, ela procura baixar os calções de banho do namorado. Com a peça de roupa algo apertada, ela introduz a mão com algum custo dentro dos calções e segura com firmeza o sexo entesado do seu parceiro. Ergue o olhar para ele, com um tom sério. No olhar verde de Maria José está o brilho de todo este espaço. Um brilho ofuscante, imperceptível de entender. Paulo ainda tenta descodificar, mas a mão terna e madura da professora deixa-o atordoado. Sabe-lhe bem. Ela começa a esfregar a carne vigorosa, enquanto desaperta o cordel da peça de roupa do jovem. Um pouco mais solta, a mão direita de Maria José tem agora possibilidade de masturbar veemente o pénis que ela decidiu domar.
- Quero saborear-te todo...Ouviste?
- Ohhh...sim...uhmm.. Sim, amor!...
- Quero comer o teu pau teso....Até não aguentares mais...
Paulo estranha as reacções da sua namorada. O ar sério. Os gestos incisivos e algo bruscos. A apatia na sua face misturada com as palavras fortes, imbuída na tesão que os seus mamilos rijos demonstram. O seu sexo é uma haste. O leve toque da água a ondular junto aos seus testículos não impede que o seu órgão de prazer esteja viçoso. Maria José ajoelha-se, puxa os calções para baixo e sem qualquer preliminar, coloca o pénis do carteiro na sua boca. A mão da mulher continua a esfregar o sexo, mas desta vez um pouco mais próximo dos testículos. Os gestos dela demonstram que Maria José chupa com entusiasmo, mas não com paixão. Puxa a carne genital do jovem para dentro da sua boca e prova cada pedaço. Estica a língua de forma a deleitar o namorado da melhor forma possível. A ponta da picha de Paula entra profundamente na boca da mulher e ele sente. Apesar de gemer de satisfação, ele baixa o olhar para a mulher e procura perceber o que a leva a estar tão furiosa na forma como o come.
- Maria...uhmmm... Maria José...oohhh...sim...uhmm...estás bem?
- Vais-te vir, não vais?...Quero que te venhas... Onde quiseres..uhm???
Ele acena um sim resignado, estupefacto. Maria José prende o olhar luminoso na face do amante, sem nunca parar de chupar. Envolvida pela água agradável, com as ondinhas a encher os seus ombros, Maria José tem a cabeça de fora e desenvolve um broche que não se recorda de praticar desta forma tão intensa há já algum tempo. Na sua cabeça, nos dilemas interiores que dominam o seu pensamento, a professora não tem o direito de saborear e degustar o seu namorado no jeito que sempre lhe quis dar. Não consegue. Não acontece. Não se proporciona. A mente da loira barra-lhe o alcance de um prazer sublime, apaixonante e intimo. Ao invés, Maria José age como uma mulher que acede ao pedido de um homem sedento de uma boca debochada. E o papel intensifica-se quando a mão esquerda da inquilina puxa a mão do parceiro até à sua face. Paulo acaricia os cabelos e pressente a intenção da amante. A excitação do jovem está ao rubro e Maria José ainda quer que ele a force a chupar mais. Ele não nega. Ele segura um grande pedaço de cabelo loiro na nuca dela e movimenta ligeiramente a cabeça. Talvez ele ainda não tenha percebido, mas algo se dissipou na relação amorosa entre Maria José e Paulo.
- Amor..oohohoohhh...é tão bom..ohohhhh! Sente-me...vou-me vir...oohhh! Não! Ahhhh!!!
O amor. A paixão entre dois elementos de gerações distintas, de mundos diferentes mas unidos pela procura em entender o espaço em que se vive de forma diferente. A envolvência de um corpo masculino e outro feminino, um viçoso, o outro maduro. A troca de experiências, a troca de sentimentos, a troca de pequenos pedaços de resistência. A troca de fluídos ocorre num momento de transição. Maria José está agora ajoelhada no chão do tanque. O seu peito molhado cobre-se de gotas fervilhantes. O seu pescoço salpica-se do fruto masculino de desejo. E os seus lábios ficam cremosos. A professora quer sorrir. Mas algo a impede de dilatar os rasgos finos da sua boca.
- Ohh...Maria José...eu amo-te!
Ela ainda segura o sexo continuamente teso. Ao ouvir aquelas palavras, o seu semblante modifica-se. Com o apoio do pé direito, ela ergue-se, trazendo consigo um enorme arrastão de água. Não borbulha, mas mantém uma calma surreal. Não massaja, mas reflecte uma estranha e novel sensação. Maria José sai da piscina, agarrando a toalha que está pendurada na borda do tanque. Com os pés descalços, a mulher enxagua o corpo e encosta-se à parede da piscina.
- Não estás a gostar...Amor?... O que se passa? Sou eu?
- Eu estou a gostar...Adoro ter o teu sabor na minha língua.
O jovem carteiro fica sem resposta. É difícil encontrar algo para compensar as palavras fogosas da mulher madura, que parece afastar-se da sua faceta apaixonada. Ela gostou. Efectivamente, o broche parece ter-lhe sabido bem. O simples facto de proporcionar prazer ao seu amante deixou a sua rata a latejar um pouco mais. A masturbação original, pelas suas costas, iniciou aquilo que ela pretendia ser um momento de liberdade e paixão. Mas falta algo. Ou está a haver algo que limita o usufruito total do tempo no jacuzzi. Curiosamente, ela tem conseguido adiar a indignação de Paulo perante a sua apatia.
- Não me queres vir comer?
- Maria José.....
- Ainda estou a arder... Nem consigo fechar as..... Vem.... Quero que me fodas aqui...
Há uma espécie de resignação por parte do homem, no facto de não conseguir desvendar o estado de espírito assertivo de Maria José. Todavia, ele sai também da piscina e sem sequer enxaguar o corpo, aproxima-se da namorada. A professora olha para ele, desta vez com um ar pensativo. Mais do que o prazer já partilhado, mais do que a ansiedade pelo que ainda pode acontecer entre os dois corpos, mais do que tudo. Maria José tem uma corrente de pensamentos por detrás do seu olhar cintilante. A sua graciosidade apenas se explica na forma como as duas pérolas verdes absorvem toda a luz solar que atravessa agora a janela superior e se espelha por toda a sala do jacuzzi. Paulo abraça-se a ela, mais uma vez procurando um beijo. Os lábios da loira fazem um movimento concludente. Afinal, ela ainda anseia por beijar o seu namorado. Paulo pousa as mãos nos ombros húmidos da mulher quarentona e encosta a sua cintura à barriga dela. No tecido do fato de banho dela, roça o pénis molhado. E a troca de fluidos salivares ganha uma conotação excitante. As línguas procuram-se mutuamente e a carne labial consome-se a si própria. Com a palma das mãos, ele puxa a outra alça da peça de roupa negra da mulher e descobre-lhe todo o peito. As ideias continuam a vaguear na mente de Maria José. Ao procurar concentrar-se no carinho que o namorado se esforça por entregar, a professora envolve os braços no corpo do jovem e abraça-se devotamente a ele. Confuso, ele entende o gesto como a ansiedade fulminante da loira em querer que a possua. Desconfiado, Paulo acaba por pegar no corpo da namorada e vira-o. Maria José está agora encostada à parede do tanque, de costas para o amante, virada para a água da piscina, novamente calma.
- Paulo...uhmmm...tu sabes que me fazes bem, não sabes?
- Sim...mmm, preciso de ti...nós precisamos disto...
Com a palma das mãos nas ancas femininas, ele volta a querer afastar o tecido que se cola teimosamente ao corpo de Maria José. Entre as suas pernas, a sua rata volta a ser descoberta. Paulo chega a cintura dela mais para si e as mãos da mulher apoiam-se na borda do tanque. A ponta do seu pénis roça pelas nádegas macias da amante e coloca-a no rego do rabo. Afincadamente, sem qualquer outro apoio, ele move a cintura para aprofundar a sua carne erógena por entre as pernas da mulher divorciada. Assim que pressente a volúpia da picha de Paulo a abrir os seus lábios vaginais, Maria José liberta um gemido e fixa o olhar no seu reflexo. A luz brilha com cada vez mais intensidade. É um jogo de raios quase invisíveis, que se cruzam entre si, paralelos ou perpendiculares. Tudo dentro daquele espaço tem que espelhar e acaba por reflectir-se na água do jacuzzi e em última instância no olhar da moradora do 1º direito. Com tanta luz, tanto vislumbre, tanta definição, a Maria José acaba por sentir-se vigiada por si mesma. O seu reflexo é demasiado preciso. Mas ao mesmo tempo, o reflexo atormenta-a. O seu namorado investe os seus movimentos contra o seu corpo, contra o seu rabo. O sexo masculino invade a rata cada vez mais estimulada. A professora geme, sente o seu corpo a vibrar com todas as entradas e saídas voluptuosas, mas algo a prende de novo. As suas mãos fincam na borda da piscina e os seus seios balançam freneticamente. Mas o seu olhar evade-se. Mesmo que as águas do jacuzzi estejam calmas, ela distorce o que vê no espelho de água. A sua imagem modifica-se. É a sua mente que a altera. Maria José sente que não é assim. Ela quer amar. Ela quer sentir-se amada. Ela quer sentir prazer numa relação e dar o melhor de si constantemente. Quando Paulo a fode de uma forma apaixonada, com a mão nas mamas dela, com a devoção a penetrar nela, Maria José sabe que isto não é o melhor que se pode reflectir. Ela é infiel. Ao prolongar um segredo. Ao adiar a revelação inevitável. Ao manter duas paixões distintas. Ao fingir que é possível conciliar dois sentimentos. Maria José reflecte para si mesma um retrato infiel. E tudo parece ténue. Paulo esforça-se por proporcionar o prazer absoluto à mulher, mas a explosão ainda está longe de acontecer. Os gemidos da professora são excitantes, o corpo dela continua a entregar-se à tesão do homem. Mas ainda assim, Maria José congelou no seu reflexo. Os seus olhos cerram por breves instantes. Por uns momentos, ela não quer ver nada, ela não quer sentir nada mais com o seu olhar. Apenas pressentir as mãos do amante, o peito dele a encostar-se nas suas costas, a boca dele a absorver a pele do seu pescoço, o sexo do amante que continua na procura incansável de partilhar o que flui dentro de si. Uma penetração mais forte obriga Maria José a gritar e a abrir os olhos. O reflexo volta a surgir. É forte. Algo cruel. Ao seu lado, é espelhada a imagem de quem a fode, de quem lhe quer dar prazer. Mas não é Paulo que transparece. A indefinição do que a imaginação lhe quer transmitir, confronta-a com a realidade que ela queria evitar com algum custo.
- Oh...Paulo...pára...ooh...sim...por favor...uhmmm..ooohh...Só um bocadinho...pára....
No instante em que o corpo de Maria José vibra com uma sensação assombrosa, o carteiro volta a vir-se. O entusiasmo do jovem extravasou e a percepção interior da realidade da mulher é ainda mais sinistra. O prazer de Paulo é expelido na tensão de Maria José. Ouve-se os gritos ligeiros dele. Ouve-se a respiração descontrolada da professora. Ela pende o corpo ligeiramente para a frente. Ele não retira o sexo dentro da vagina da amante. Eles estão seguros a um momento incaracterístico. Maria José respira fundo, reflecte durante uns segundos, com o olhar preso na água e depois molha os lábios.
- Paulo...eu preciso...nós....nós precisamos de falar...
E daqui em diante, dentro do jacuzzi, só a verdade consolará a mente dos presentes.

5 comentários:

Lize disse...

Embora o nome de Enrique não tenha sido pronunciado como sendo a razão da traição da amante a Paulo, é ele que foi contemplado com o coração da divorciada e sensual Maria José... Adoro a história de vida desta moradora, porque depois de tudo o que passou com o ex-marido, voltou a viver e a gostar de si própria. E é tão especial que tem não um, mas dois amantes que a querem ver feliz. Um deles (Enrique) já deu vários sinais de que a ama. Quanto a Paulo, ele também revela que sim. Mas tal como já ouvi um vizinho cochichar às portas do Edifício... não será que Paulo é demasiado novo e está a confundir uma paixão arrebatadora por amor profundo? Será que ele tem o que Maria José precisa? Eu acho que ela já fez a sua escolha... Mas fico à espera das verdades que vão consolar "a mente dos presentes." ;)
E já agora... Um amigo a quem eu falei do Edifício estava a passear por uma zona em Portugal e encontrou um (ou um complexo, não temos a certeza) Edifício Magnólia. Ficámos os dois curiosos... :P

Beijocas
(E a partir de agora, deixei de ser a Spicy, e passei oficialmente a Lize, para os amigos :P)

luafeiticeira disse...

Devia haver uma outra palavra para classificar este narrador, pois se é omnisciente relativamente a Paulo, não oé em relação a Maria José, pois os seus pensamentos não nos são descritos, apenas no final é revelado, discretamente, o que a atormenta. Realmente, ter dois amantes, mesmo para Maria José que, com o divórcio, se libertou para o sexo, faz-lhe pesar a consciência, pois a paixão acabou por levá-la, de novo, a um estado que lhe é inerente, o de pessoa boa e conscienciosa. Bravo.
Beijos

Magnolia disse...

LIZE, e só Lize :) a verdade que poderá consolar os presentes está quase ao virar da porta. Em todo o caso já foi confessa e será revelada de uma forma diferente. Daí que não tenha sido revelada aos cuscos do Edificio. Maria José está numa fase em que procura algo, mas atormenta-a o medo de voltar atrás no tempo e ter exactamente o mesmo que teve com o ex-marido. Acima de tudo, porque há algo que enssombra a sua vida.
E sim, era o nome de Henrique que soava nas entrelinhas do pensamento dela.
Quanto ao Edifício :) é curioso, apesar de haver alguns empreendimentos com o mesmo nome. Mas...chegaram a espreitar o Edificio?
beijinhos
LUA FEITICEIRA, não consegues encontrar essa palavra? :)
Deve haver muito pouca gente que no fundo do mais fundo, não sinta um peso na consciência por ser infiel. Talvez Maria José, mais do que boa e consciensiosa pretenda encaixar-se num novo mundo para ela, que se revela mais complexo do que alguma vez ela julgou.
Agradeço-te as palavras. O teu regresso é poderoso.
Beijinhos.

luafeiticeira disse...

devo ter-me explicado mal, pois há narradores omniscientes, omnipresentes... é era em realção a essa classificação que eu me referia, pois omnisciente, por exemplo, é o narrador que sabe tudo, até os pensamentes e as sensações das personagens e nesta história, o narrador descreve o que se passa na cabeça do paulo, mas não o que se passa na cabeça de Maria josé.

Magnolia disse...

LUA FEITICEIRA, eu percebi :) em todo o caso, o narrador até sabe o que vai na cabeça de Maria José. A questão é que só o pretende revelar no momento certo.
beijinhos