segunda-feira

O efeito de Vénus

Publicado a 21-06-08
É uma questão de segundos. Entre fechar a porta do apartamento e dar três passos no patamar. Decidir entre tocar à campainha e bater à porta. A mão cerrada de Maria José dá três pancadas secas na porta de madeira do 1º esquerdo. Ouvem-se passos. Saltos altos. Movimento firme. Barulho trépido da fechadura e a porta abre-se.
- Olá, Maria José! Como está?
- Boa tarde, Helena...Estou a incomodar?
- Não! Nada disso.
- Eu sei que estou atrasada...o condomínio...mas tenho tido horários complicados e custa-me deixar dinheiro debaixo da porta e...
- Não faz mal!...Não está atrasada... Está uns dias adiantada até....Mas entre...
- Não vale a pena, Helena. Era só mesmo para entregar...
- Tenho que lhe passar o recibo. Por favor, entre...
Maria José silencia. Franze os lábios, num movimento que demonstra rendição perante o convite. Helena abre caminho para que a sua vizinha da frente possa entrar em casa. Até hoje, nos quatro meses em que a professora reside no Edifício, esta é a primeira vez que ela entra num apartamento diferente do seu 1º direito. Passo ante passo, a mulher loira atravessa o hall de entrada e alcança a sala. Ainda graciosa, com uma indumentária clássica que a caracteriza nas suas aulas, a professora sente-se estranha ali. Ainda elegante, com a vestimenta profissional, Helena guarda alguma energia de um dia de trabalho.
- Sente-se, Maria José. Eu vou só buscar o livro de recibos.
Suavemente, a mulher que foi convidada a entrar senta-se no canto esquerdo do sofá, que está virado contra o hall de entrada. Ela não consegue deixar de olhar para alguns pormenores da sala. O requinte e conforto dos sofás. A imponência da mesa de centro, ainda que desarrumada com imensas revistas, videojogos e dvd's. A prateleira diante de si, que colecciona imensas fotos de família. O tapete marroquino que envolve todo aquele espaço. O enorme espelho que é colocado próximo da janela, sensivelmente virado para o sofá. Comprido, com uma moldura negra, de madeira. Afastado ligeiramente da parede, apoiado num suporte que o faz prostrar ligeiramente na diagonal, o vidro tem o intuito de fazer um jogo de perspectivas naquela sala. Afinal, Maria José consegue ver dali o seu reflexo. Mas se inclinar o seu corpo para junto do braço do sofá, passa apenas a ver o hall de entrada, atrás de si. E é nesta imagem que a loira se apercebe da chegada de rompante de Helena. Também ela cruza o olhar com o espelho, momentaneamente.
- Portanto...tal como lhe estava a dizer, Maria José. Até está adiantada no pagamento. Pelo menos em relação aos restantes inquilinos.
- Como assim?
- Com a confusão das actualizações dos valores de cada fracção, ninguém soube qual era o valor a pagar. Culpa minha...
A professora solta um riso ligeiro. Por um lado, há um alivio por saber que não estava propriamente em dívida com um vizinho. Por outro lado, ela confessa a si mesma que o ambiente deste apartamento a deixa suspensa em algo. Se a sua casa respira graciosidade, esta transparece um calor intimo. Talvez seja da decoração. Talvez seja da proximidade que aquele espelho gera de tudo o que a rodeia. Talvez seja da forte vivência familiar que o lar quer deixar passar. Ela vai estudando mais pormenores da sala, ao mesmo tempo que vê Helena, sentada numa cadeira à sua frente, a assinar o recibo.
- Eu estou já a preencher o valor actualizado e....Oh, peço desculpa! Nem lhe ofereci nada...Quer um café?
- Não é preciso...
- Eu vou-lhe preparar um café. Aprendi a fazer expressos como os do Espaço.
Um riso da anfitriã. Um riso da convidada. Helena levanta-se da cadeira e volta a passar pelo hall de entrada, desta vez para seguir até à cozinha. Maria José não consegue evitar lançar o olhar no espelho. Vê a figura da mulher reflectida. Esguia, com um corpo atraente, com uma figura confiante. Por uns segundos, a professora sente-se enfeitiçada. Os raios de luz que se esbatem no vidro fazem-na divagar com a sua própria mente. Ela pende o seu corpo um pouco para a direita e volta a encontrar o seu reflexo. Enquanto aguarda, Maria José volta a perder-se nos adereços da sala. Ao seu lado esquerdo, encostado ao sofá está um pequena mesa. Tipica. Com um pequeno candeeiro, um pequeno livrinho de contactos. Uma moldura. Sem perceber o porquê, Maria José pega a peça, onde está uma fotografia da familia do 1º esquerdo. Numa praia, com o pôr do sol na linha de água do horizonte, junto ao rebentar das ondas, Helena abraça o seu filho mais novo. Pinta um sorriso enorme, um olhar brilhante e veste um bikini preto ousado. Ao seu lado, com a face encostada à cabeça da esposa, está Rodrigo. Com o cotovelo apoiado no ombro do filho mais velho, ele mantém para a posteridade um ar charmoso, carregado de uma confiança exacerbada. E os herdeiros do casal transparecem uma fraternidade imensa. Por outras palavras, a fotografia espelha a felicidade da família. Simples. Sem qualquer outro comentário.
- Somos patéticos, não somos? - pergunta Helena.
Atrapalhada, Maria José que já se tinha abstraido do mundo real, nem se apercebeu que a anfitriã voltou com os dois cafés. Indecisa entre colocar a moldura no lugar devido ou continuar a segurá-la, ela acaba por aligeirar o objecto em cima do seu colo. Helena pousa as chávenas na mesa de centro, senta-se na cadeira e sorri para a mulher.
- Parece daquelas fotografias feitas de propósito para mostrar que somos uma família perfeitinha. - confessa Helena.
- Não parece nada! Até acho que têm todos um ar muito feliz, muito sincero.
- As aparências iludem.
- A Helena tem uma família. Tem dois filhos lindissimos. Tem um marido...Bem...a Helena sabe...
- Sim...tenho um marido apetecível.
- Não leve a mal, mas isto que tem. O marido soberbo, os filhos bonitos...eu invejo-a.
- A mim?!...Maria José...está a ver esta mesa? Este é apenas um pedaço da sua inveja. Limpar, arrumar, tratar da escola deles, aturar as birras deles, aturar as namoradas deles....até suportar os cornos deles...
- Desculpe?!
- ...Uhm?!!...Nada...Nada, Maria José. Filhos dão trabalho. Os maridos são independentes e capazes de cuidarem deles mesmos. Até demais. E nós acabamos por fazer o mesmo...Agora os filhos são uma mistura explosiva de amor e trabalho.
- Talvez...
Helena aparenta um ar nervoso. Maria José percebe-o, mas não consegue entender. Algo lhe escapou na conversa. Volta a lançar o olhar na fotografia e associar aquela imagem de família perfeita ao desabafo incompreensível de Helena. A mulher de Rodrigo dá um gole no café e reflecte sobre o que acabou de soltar pela boca. Ao mesmo tempo, o seu olhar cinge-se nas mãos de Maria José, onde ela segura o café que ainda não provou.
- Desculpe, Maria José. Não lhe trouxe açúcar. Bebe com açúcar? É que eu sou incapaz de pôr um grão que seja.
A professora não responde, mas subentende-se o que pretende. Helena levanta-se imediatamente e volta a dirigir-se para a cozinha. Maria José, para além da fotografia, para além da amarga confissão da vizinha - justificada nas suas linhas corporais - procura desvendar na sua mente o motivo pelo qual o reflexo no espelho a está a fascinar. Encosta o seu corpo um pouco para a direita. Desta vez, consegue encontrar o ângulo perfeito. Vê a sua imagem reflectida e ao mesmo tempo assiste ao passo delicado de Helena, quando volta para a sala. Ambas as imagens espelham-se e entregam-lhe a conclusão do seu raciocinio. A anfitriã coloca o pote de açúcar na mesa de centro e retorna a sentar-se na cadeira.
- Efeito de Vénus... - balbucia Maria José.
- O que é que disse?...
Psicologia de percepção. Do ponto de vista de Maria José, ela conseguiu ver a sua imagem reflectida no espelho, ao mesmo tempo que percepcionou o reflexo da figura de Helena, nas suas costas. Se a mulher morena também olhou para o espelho quando voltou da cozinha, não poderia ter a mesma percepção que ela teve. Ou seja, só veria um ângulo onde estaria presente Maria José ou ela própria. Ambas em conjunto seria dificil para Helena de conjugar. A não ser que fizesse o mesmo exercício da professora, posicionando o seu corpo, mas também a sua mente para essa visão. Este efeito do espelho baseia-se num estudo psicológico e é utilizado como ferramenta cinematográfica e plástica, o qual a mulher loira tem conhecimento de causa. Maria José formulou um pensamento que agora a deixa iludida.
- Efeito de Vénus... Consegui ver aquilo que a Helena talvez não consiga ver.
- E o que foi isso?!
- Eu invejo-a. Eu não tenho aquilo que você tem. Um marido que a ame. Um lar cheio de vida todos os dias. Um cabelo negro poderoso...Tem uma figura esbelta, de fazer corar qualquer homem. Tem energia, tem vida. Tem fertilidade. Trouxe dois filhos ao mundo que pode amar até ao fim dos dias.... Vi-a de uma forma que só quem não detém essas coisas consegue ver. Percebi que você não vê. E não é porque não pode. Não porque não quer ver. Eu vi que você não dá o devido valor a isso. E talvez a Helena, com todo o respeito, não consiga ver isso.
- Tem razão...
- Peço desculpa se me intrometi na sua vida...Mas a verdade é que a invejo.
- Não, Maria José. Tem razão. E eu entendo-a. Mais do que possa imaginar. Nunca o tinha visto dessa perspectiva... Sei que não o consigo ver.
- Tal como disse..tem uma família perfeita.
- Pois tenho...Tenho, sim....Perfeitíssima...
Helena lança um olhar introspectivo para o espelho. Maria José entende que perturbou o estado de espirito da mulher. Talvez possa ter um sentimento de arrependimento pelo que disse. Mas na verdade, a professora recolhe uma sensação sinistra ainda que eloquente daquilo que afirmou. As duas mulheres de idades semelhantes, mas com vidas tão distintas, partilham uma apatia silenciosa. Maria José bebe o café em dois goles. Coloca a fotografia na mesinha e prepara-se para se levantar.
- Alguma vez foi infiel? - pergunta Helena incisivamente.
- Eu?! - Maria José cancela o acto de se levantar e demonstra um ar surpreso.
- Sim...Alguma vez foi infiel à pessoa que amou?
- E se eu nunca tiver amado ninguém?...É traição?
- Nem o seu marido?...Quer dizer...o seu ex-marido...
Por uns segundos, Maria José não consegue formular uma resposta. Helena quer rectificar o que disse, ou talvez transformá-lo em palavras mais suaves. Os olhares entre as duas mulheres reflectem-se.
- Ele sempre comeu putas... - diz Maria José - Putas reles. Durante quinze anos ele frequentava as mulheres que lhe davam aquilo que eu sempre pedi com ternura, dedicação e afecto. Amor...Talvez não... Fechei sempre os olhos. Até ao dia em que...em que a minha irmã morreu...
- Lamento...
- Ela era igual a mim, sabia Helena? Só não éramos gémeas porque ela nasceu dois anos depois. Mas éramos iguais. Até no dom que Deus não nos deu....Bom, e tinhamos uma grande diferença...Ela tinha um marido que a amava...Que eu aprendi a amar....E...e que o chamei para mim...
- O que aconteceu?
- Ainda acontece...Aconteceu em momentos de fraqueza. Minhas, dele. Aconteceu quando eu achei que a minha vida não tinha nada. E depois, ele existia.... Não sei se isso é considerado, mas... É um amigo que me aquece.... Ele é o homem perfeito. Óptimo amante, trata de muito do que preciso em casa, vê-me de uma forma que nem eu me consigo ver a mim mesma.
- E então?...
- Eu ando a comer outro. E até gosto dele. É novo, é imaturo, é sonhador, é aventureiro...Bolas, desculpe dizer isto, Helena... Mas ele faz amor de uma forma deliciosa. Ele palpita-me o corpo todo de uma forma que eu nunca tive com outra pessoa. Ele enche-me de alegria, de desejo, de paixão!... Pareço uma mulher rejuvenescida. Louca, mas jovem outra vez.
- Eu entendo...a malta nova é capaz de nos dar a volta à cabeça...
- ...E quando estou com ele, até me sinto aliviada. Da minha vida, do meu pensamento, de tudo o que nunca tive... Mas estou a trair...Duas pessoas...Pela segunda vez...
- Sempre tem o homem que a ama, Maria José. É uma estabilidade. Uma âncora. Porque é que não acorda dessa ilusão?...Porque o rapaz talvez seja uma ilusão.... O que é que não a deixa prender nos braços desse homem?
- ....Efeito de Vénus.... Quando o imagino nos meus braços, imagino a ela.
O semblante de Maria José congela. Nem ela esperava admitir isso a ela própria, em voz alta. A face de Helena petrifica. A estupefacção perante o desabafo da vizinha deixa-a atordoada. Entre as duas mulheres, há uma equivalência de sentimentos. Elas conseguem amar. Mais do que possam julgar. Mais do que conseguem transmitir. Muito mais do que demonstram à pessoa que de uma forma ou doutra, amam. Elas conseguem trair. E não é só uma traição de carne. É, acima de tudo, uma traição pessoal. Uma contradição àquilo que gostavam de sentir com firmeza, estabilidade e confiança. No fundo, Maria José e Helena não querem perder o que têm. Mas a incerteza de não conseguirem assegurar a felicidade concreta, leva-as a cometerem actos irreverentes, fascinantemente egoístas, carregados de paixão proibida e entrega desmesurada. O que as diferencia é o espelho que reflecte só para si mesmas as suas traições. Se Helena pergunta se vale a pena trair por ser traída, Maria José questiona-se quem é que está a trair. O seu namorado carteiro, ou o cunhado.
Estes instantes, em que as mulheres silenciam mutuamente, parecem longos. No entanto, esta paralisação cessa quando a porta de entrada do 1º esquerdo é aberta pelo filho mais novo de Helena. A professora levanta-se abruptamente e decide que é o momento ideal para sair. Cumprimenta o adolescente, aguarda que ele dê um beijo à mãe e logo depois do rapaz se sentar no sofá e ligar a televisão, Maria José conclui a troca. Ela paga o condomínio e aceita o recibo. Com um sorriso meigo, com a mão no ombro, Helena entrega um gesto surpreendente. Como se quisesse demonstrar afecto pela mulher que numa pequena conversa, abriu um horizonte na sua mente. Acompanha-a à porta e coloca-se à disposição da vizinha. Maria José agradece o café, desculpa o desabafo e agradece a recepção. Os olhares voltam a reflectir.
- A Helena tem um dom. A sério. Uma boa queca, por melhor que a faça sentir, não envelhece consigo...
- Talvez um dia escolha fazer como a Maria José...
- O quê? Envelhecer sozinha?
- Não. Viver duas vezes.
Um sorriso silencioso de despedida. Um movimento de corpo concludente. Quatro passos até à porta da frente. Uma inspiração funda, a porta do 1º direito encerrada e ambas as mulheres expiram com força, saciadas de um alívio de espirito. Na verdade, elas nunca tinham desabafado tais sentimentos com ninguém.

10 comentários:

titofarpas disse...

Parabéns pelo blog... posso adicioná-lo num cantinho do meu?
Obrigado

Sarah disse...

É engraçado como ás vezes precisamos que os outros nos digam em voz alta aquilo que nós fingimos não ver por nós mesmos...
Beijo doce

Anónimo disse...

O primeiro espelho, a primeira reflexão...
Efeito de Vénus... O que a psicologia nos ensina é maravilhoso, e este "efeito" não é excepção. Acho que é algo natural ao ser humano não repararmos nas bênçãos das nossas vidas e só invejarmos o que os outros têm e nós não. Mas às vezes aquilo que nós temos também os outros invejam... Faz sentido o que estou a dizer? Espero que sim :P
A psicologia reina neste edifício, temos uma professora, uma estudante... moradores que poderiam ser estudados através dos olhos desta ciência social.
Apesar de não ter havido nenhum contacto sexual neste post, gostei muito dele por me fazer pensar.
E mais uma coisa... Quando leio os posts da Maria José às vezes parece-me ela a moradora real. Será? :)
Beijocas

muito querida disse...

hummm..está interessante este teu edifício magnólia.Posso voltar?

beijinho

Magnolia disse...

TITOFARPAS, claro que podes adicionar. Nós é que agradecemos quereres fazê-lo. Volta mais vezes e encontra o teu cantinho aqui.
SARAH, às vezes parece que nem sequer fingimos. Às vezes não conseguimos ver. Lá está, precisamos de reflexos. beijinhos
SPICY ANGEL, o que a psicologia nos traz e nos revela é quase assombroso. Costumo dizer que a inveja é uma coisa muito feia. Mas a inveja tem um lado muito positivo. Obriga-nos a procurar melhor, a desejar mais, a encontrar soluções. Porque não se trata de sermos melhor que outros. Trata-se de alcançarmos a felicidade que nos preenche.
Aquilo que sentes em relação à Maria José é perfeitamente legitimo. Claro que também surge nos outros apartamentos. O melhor que te posso dizer é para acreditares nos teus instintos. De forma a que o que sintas aqui também seja verosimil. Se acreditares que a Maria José é real, mais facilmente consegues retirar algo dela.
MUITO QUERIDA, podes voltar sempre que quiseres. O Edificio procura sempre revelar coisas interessantes.

Anónimo disse...

O efeito “das Vénus”: Maria José e Helena!!

Cá estou novamente no hall do “nosso” esplendoroso edifício. Desta vez sinto-me confusa mas alerta, de tal forma que, instintivamente, subo até ao primeiro patamar.
Sinto os aromas a dançarem, a reflectirem-se através das paredes, a misturarem-se e a voltarem ao seu estado primário, inicial, puro…tão puro!!!
Tento perceber o que por aqui se passou, e eis que encontro resposta através do meu olfacto.
Houve um encontro! O aroma floral, maduro e confiante, reflectiu-se com o agridoce de uma “estabilidade instável”.
Este encontro fez nascer um novo aroma. A Eucalipto! Fresco, verdadeiro, purificante, em que a confidência e a Partilha de Mundos Reflectidos, juntou duas mulheres dispostas a lutar por uma vida Melhor, Feliz, de Amor Verdadeiro, sobretudo… sem medos!

Beijinhos Cheios de Aromas!!!

P.S- Texto maravilhoso, e sobretudo o apontar da importância da partilha do nosso Mundo com alguém, para que o possamos ver de uma forma mais clara, mais real!!!

luafeiticeira disse...

Poiss, por vezes é mais fácil desabafar com desconhecidos e acontece também que quando queremos tranasmitir algo importante sobre nós acabamos por dizermos a nós mesmos aquilo em que ainda não tínhamos pensado. O blog ganha qualidade...
beijos e peço desculpa por não poder ler mais hoje. Tenho pena, mas é como não postar, falta tempo.

Magnolia disse...

LUA FEITICEIRA, a mente humana parece querer despertar-nos para sentimentos que teimam em não nos confrontar.
O tempo para postar nunca é simples. :)
beijinhos

Shelyak disse...

Sempre um prazer especial ler esta Helena (e Rodrigo)...
:)

Magnolia disse...

SHELYAK, que continue a ser um prazer ler o 1º esquerdo. Novas surpresas estarão para acontecer.
Saudades em ler-te. :)