quarta-feira

Linguagem coloquial

Um dos segredos para se sentir amado ou amada é saber receber. Receber as pessoas que gostam de nós, ou que potencialmente venham a ter um sentimento forte pelo que somos. Receber a sua alma. Receber o seu corpo. Receber os seus gestos. Deixar entrar aquilo que essa pessoa tem para oferecer. Deixar entrar os seus sentimentos. Deixar a pessoa entrar no seu lar e recebê-la da melhor forma possivel. Ser desejado tem muito a ver com o que se pode dar. E o conforto, a intimidade e a segurança do nosso espaço pode ser a melhor oferta que se pode dar. Maria José entende essa dinâmica. Desde o seu divórcio, a sua alma despeja toda a paixão que pode entregar. Liberta das correntes que a aprisionaram em sentimentos redutores durante largos anos, a mulher não pretende entregar-se efectivamente a ninguém. Colhe pedaços de si e partilha-os com quem seja merecedor do seu corpo, da sua alma e possivelmente do seu coração. E nessa mesma dinâmica, Maria José tem recebido mais nos últimos meses do que em mais de vinte anos de casamento.
Nesta noite, a mulher recebe alguém diferente. E uma mulher pode realmente sentir-se única e poderosa se encher o seu dia com vista a um serão apaixonante. Acordar cedo e tomar um pequeno almoço revigorante. Arrumar a casa e torná-la mais acolhedora que nunca. Passar a tarde inteira a passear em lojas, procurando a peça certa. Maria José preparou um jantar especial, vestiu-se de uma forma requintada e tatuou o sorriso mais belo na sua face. Antes de abrir a porta do 1º direito, Maria José sente-se verdadeiramente mulher. Solta de compromissos, aberta a novas paixões.
- Boa noite, David...
- Olá, Maria José...Trouxe algo para acompanhar.
Ela segura a garrafa de vinho tinto que o professor comprou à última da hora, antes de chegar à rua do Edificio Magnolia. David é professor na universidade onde Maria José trabalha. Pertence ao mesmo departamento e cruza-se várias vezes ao dia com a mulher. Muitas das vezes, propositadamente. David ultrapassou a barreira dos cinquenta anos no inicio do ano e mantém uma aparência jovial. É o seu ar demasiado vivo e extrovertido que choca com a maturidade que se pretende num homem assim. De qualquer forma, Maria José não pode negar que o homem divorciado ostenta o seu charme. Por esse motivo e após alguma insistência, ela aceitou o convite de David para um jantar. O seu espaço, a sua casa, a sua bolha de tranquilidade serve para se sentir à vontade num primeiro encontro mais intimo. Maria José recolhe o casaco do convidado e pendura-o no cabide. Em silêncio, passo ante passo, os dois adultos dirigem-se para a mesa de jantar. Existe alguma ansiedade no ar, como dois jovens que se acabam de conhecer. E é David que quebra esse gelo.
- Isso é tudo para mim?
- O quê?
- O vestido...o sorriso...essa beleza toda.
Ela cora. Aguardava há alguns segundos por um elogio. Talvez de uma forma diferente. De uma forma mais genuína, mais especial. Mas efectivamente, Maria José está estonteante. O vestido de seda verde que lhe cobre os joelhos e se descobre ligeiramente no peito condiz com o brilho nos seus olhos e o aroma que se liberta do seu cabelo arranjado. O sorriso que ela pintou hoje é apenas uma excentricidade para cativar a sua sensualidade. O jantar está pronto, a mesa está composta e as velas acesas não escondem o desejo da mulher. A noite tem que ser especial.
- O jantar parece delicioso...
- Ainda bem que gostas...
- Espero mesmo gostar.
Os olhares trocam-se. O sorriso de David é presunçoso. Ambos transmitem gestos que antecipam as suas pretensões. Ambos exalam uma respiração que quer passar o jantar para segundo plano. O respeito de duas pessoas que trabalham juntas e que pretendem gerir a sua ansiedade impede-os de esquecer no imediato a refeição. Ainda assim, cada um tem o seu motivo para querer antecipar o inevitável.
- Sabes, Maria José...Nunca fui muito apologista de relacionamentos entre docentes. Parece-me que prejudica o correcto funcionamento da vida escolar.
- Talvez tenhas razão, David.
- Mas neste caso é diferente.
- Ai, sim?
- Creio que sim. Bastante diferente. Na indecisão de convidar uma colega de trabalho ou galanteá-la como um mulher especial...Bem, preferi olhar para si como uma mulher extremamente especial.
- E em que forma sou eu especial?
- A prova de que és uma mulher peculiarmente graciosa é a maneira como te apresentas. Bonita, sensual, irresistivel...
- Irresistivel?
- Não te achas uma mulher irresistivel?
- Aos olhos de quem quero...gosto de pensar que sim.
- O que queres hoje, Maria José?
- Quero que me aches irresistivel...sem dúvida.
O sorriso da professora alarga. Ela baixa o olhar e remexe na comida. Sente o apetite a desvanecer-se. Sente o desejo a despoletar dentro de si. David é sempre um homem cortês. Extremamente educado, com modos de ser muito delicados. De qualquer forma, ele é excitante. Demonstra também um enorme desejo no seu olhar, nas suas mãos.
- Preferias estar noutro sitio? - pergunta ele.
- Como assim?!
- Vejo-te sem muita vontade de terminar o delicioso prato que preparaste. Talvez preferisses estar noutro local, onde não fosse tão aborrecido estar...
- Não, David! Que ideia! Estou muito bem aqui. Perdi só o apetite, mas está-me a saber muito bem estar aqui contigo e....
- Posso levar-te para a tua cama?
O garfo que Maria José segura cai no prato e emite um som sinistro. O maxilar não tem força para manter a boca fechada. Os lábios da mulher humedecem. É o sinal. Maria José está rendida aos encantos do homem. Por mais que o quisesse esconder. Por mais que procurasse demonstrar uma postura defensiva. A verdade é que a colega profissional de David está derretida por ele. Maria José levanta-se da cadeira. Ela aprendeu a ser uma mulher decidida. Ela quer ser alguém que aproveita o melhor de ter a casa só para si. Ela quer sentir o louco prazer de estar solteira. E isso significa que ela, no seu própria espaço, domina. Passo ante passo, ela aproxima-se do lugar do homem. De pé, ela encosta-se à cadeira. O olhar de David levanta-se. O seu sorriso torna-se resplandecente. Os braços dele movem-se de uma forma elegante. Envolvem-se no corpo da mulher e contornam um abraço. Os dedos dele roçam no rabo dela e as palmas das suas mãos puxam-na contra si. Com o peito saliente próximo do queixo dele, Maria José sorri. Há uma felicidade evidente na face da mulher. E isso desvenda-se na respiração ansiosa dela.
- Sim, David. Podes levar para a cama a mulher especial desta noite.
A noite vai ser virtuosa. Como a sala, o quarto está elegante. Sumptuoso. Diferente. Veste-se com contornos simples e um ambiente morno. Maria José está encostada na cómoda junto à parede, bem perto da sua cama. Tem as mãos coladas à madeira e tem a mão imponente do professor a segurar as suas costas. David já não consegue descolar da sua colega. Assim que lhe foi permitido beijá-la na mesa de jantar, ele fixou-se por completo à mulher quarentona. Assim, neste instante, ele encosta o seu corpo ao dela e beija-a suavemente. Os lábios de Maria José comovem-se com tamanha demonstração de carinho. Os beijos dele incendeiam-na. O joelho dele roça no vestido verde até conseguir abrir ligeiramente as pernas da mulher. Ele puxa uma alça e ouve-se um gemido dela. A boca de David começa a invadir o pescoço feminino e a mulher entoa outro fino grito. A alça do outro ombro é retirada suavemente. E quando ele descola os lábios da pele dela, quando o seu olhar fixa a face dela, quando o seu corpo se desprende brevemente do da colega, o vestido de Maria José desvenda a sua vulnerabilidade. É um pedaço de seda verde que flutua na noite especial de Maria José. E o toque do tecido faz vibrar toda a sua pele.
Os dois corpos estão deitados na cama. O edredon que ainda há pouco dava realce à cama lavada, está agora puxado para o lado. Os lençóis perfumados e frescos envolvem a pele nua de David e Maria José. O homem está estendido ao lado dela. O seu sexo já excitado repousa sobre o ventre da mulher. A sua mão esquerda acaricia os cabelos curtos, loiros e suaves da colega. Eles comunicam através de um sorriso infinito. O cotovelo de David apoia-se no colchão, erguendo o seu tronco de forma a deixar a sua cara ao alcance da visão dela. Maria José está deitada, entregue aos desejos do amante da sua noite especial.
- É um encanto olhar para ti. - diz David - E estamos de facto bem melhor aqui....Não achas?
- Precisava de ti aqui...esta noite.
Um beijo é trocado. A mão dele nos seios pálidos dela aumentam a tensão. O braço esquerdo da mulher envolve o corpo do amante, ao mesmo tempo que o beijo se intensifica. E o braço direito dela escorrega pelo lencol até a mão alcançar o sexo de David. Os dedos ternos da professora envolvem toda a carne e esfregam o pénis do homem que ela escolheu para trazer à sua cama. Assim que decora na palma da mão todos os traços e relevos do sexo dele, Maria José liberta um sorriso. Como se estivesse a conhecer o objecto do seu desejo. Como se aquilo que ela agora agarra personalize aquilo que efectivamente lhe vai dar prazer. O corpo da mulher liberta-se. Deixa de estar com as costas completamente estendidas. Passa a estar deitada de lado, com o rabo virado para o amante, com a anca deitada sobre o colchão. Mas continua com a mão no sexo cada vez mais entesado de David. Uma das mãos dele vagueia pelas costas brancas e macias da amante e a outra junta-se aos dedos da colega. Ambos procuram direccionar o pénis no mesmo sentido.
- David..uhmmm...não esperes mais....estou ansiosa...entra!...
- É assim que eu te quero....Enlouquecida...sedenta de me ter dentro de ti....
- Sim....por favor, David...
Ele mantém um sorriso vitorioso na sua face. Os dedos que roçam na pele dela estão a caminhar sobre as nádegas, estimulando-as. Maria José abre as pernas, levantando uma das coxas. Teso e confiante, David vai penetrando com enorme dedicação no sexo da professora. Dentro dela, algo se transforma na noite especial. A sensação de estar a ser invadida sem ver a face do parceiro. O toque das mãos dele que lhe invade o corpo. A explosão que acorda a partir do seu intimo. Com o seu corpo deitado de lado, David exerce algum esforço para conseguir mexer as ancas e entrar na vagina de Maria José. É um momento doce. É assim que a mente da mulher o imagina de cada vez que cerra os olhos e saboreia cada penetração. É uma concretização virtuosa. É desta forma que David sente o interior da amante. Como uma conquista. Como um desabrochar de uma flor que agora transparece ao seu desejo.
- És poderosa, Maria José...uhmmm...ohhh...consegues perceber o quanto me aproximo de ti?
- Ohhh...siimm...não pares....
- Consegues sentir o quanto te quero?...Uhmm...É tudo isto que te quero dar....
E é a noite especial de Maria José. Uma noite diferente. Um serão que ela mesma previa que tivesse este desenrolar. Ainda assim, ao mesmo tempo que a professora se delicia com as penetrações do homem excitado, ela sente que existe uma transformação demasiado grande em tudo o que perspectivou. A foda está a saber-lhe bem, as mãos do amante também. Mas ela não se sente livre. Há algo que a prende. Existe uma força que a impede de repetir o gozo supremo de tantas outras noites e tardes intensas com amantes, depois de terminar o casamento. Aquele gozo que a faz sentir descomprometida. Aquele prazer que a solta, sem achar que tem um compromisso com quem trouxe para sua casa.
- Sentes, Maria José...uhmmm...sentes como te posso dar o mundo?...Ohhh...estás a gostar?
- Sim....por favor...mais....mais um pouco David...não pares...uhmmm...
- Quero-te...uhmmm...quero-te...és linda...uhmmm...
- Mais!...Maaiis...oohhh....David! Maaais!
- Sim...uhmmm...sentes?
É David que a prende. A forma carinhosa como ele entra em si. A linguagem corporal que ele pinta no seu corpo. As próprias palavras que saem da boca do seu colega desvirtuam os seus desejos desta noite. É certo que as penetrações do professor aumentam progressivamente. As ancas dele procuram aguentar o ritmo que a cópula está tomar. É certo que as penetrações estão a deixar Maria José fora de si. Mas a sua cabeça já não está ali. Ela fecha os olhos enquanto sente as mãos dele apalparem-lhe as mamas e os dedos a apertarem os bicos dos mamilos. A mente dela voa sobre uma nova sensação. E isso confunde-se com o prazer que o seu corpo está a obter. São os braços de David que impulsionam o corpo da mulher. E quando ele se vem dentro do sexo feminino, olha com deleite para a cara da sua amante, que está enterrada na almofada. Maria José geme. A sua estimulação está a desvanecer-se. Ela percebe isso, mesmo que se sinta no auge do próprio prazer. O seu corpo vai lentamente deitando-se de barriga para baixo. Os seus braços dobram-se e encolhem-se junto ao peito. David liberta o seu sexo para fora da vagina húmida da colega. As forças do homem vão-se dissipando. Ele acaricia as costas dela e aproveita para se reconfortar sobre o corpo da mulher. Ela passa dois dedos pelos lábios e vagarosamente vai abrindo os olhos.
- Maria José.....uhm....soube terrivelmente bem....É apaixonante fazer amor contigo....Não sentes o mesmo?...
Ainda é uma noite especial. Existe um sorriso na face de Maria José. Mas algo nela se alterou. O vôo que o seu amante lhe estava a proporcionar desde o primeiro elogio requintado, está agora a pousar. Sabe-lhe bem acordar de um sonho e sentir-se envolta nos lençóis brancos que ela própria lavou, estendeu e colocou na sua cama. Mas este é um mundo real. Este é o seu espaço e algo não encaixa
- Estás bem? Estás a sentir-te bem?
- Estou.....Estou muito bem, David...
Ela inspira fundo e levanta-se. Senta-se na sua própria cama e coloca os braços cruzados sobre os joelhos dobrados. David procura aproximar-se dela. Senta-se também ele na cama e cola-se ao corpo suado da amante. A mão dele percorre os seios da mulher. Inicia um trajecto a partir dos mamilos quentes e sobe até ao pescoço. Quando a mão afaga a maçã do rosto de Maria José, ele puxa a face para si. Procura um beijo. Tenta resgatar o que sobra intacto da alma da amante. Mas os lábios de Maria José não anseiam por um beijo assim. Beijos fogosos, beijos escaldantes, um linguado ardente. Isso era o que a professora loira procurava. Mas um beijo cremoso, apaixonante, terno. Um beijo assim deixou de ser lúcido na mente dela. Pelo menos, não o beijo que David ainda procura.
- Eu quero-te, Maria José....Toda a minha alma respira para te ter. Todos os meus sonhos só são completos contigo...Eu...
Ela levanta-se repentinamente. Liberta-se do corpo do amante. Daquele que quis fazer amor com ela, quando ela apenas queria sexo descomprometido. Dirige-se para junto da cómoda, onde o seu vestido jaz.
- Eu amo-te, Maria José.
A mulher respira fundo e procura um ponto de evasão. Neste momento, olhar para o seu amante parece pesado demais. Mas ela é frontal. Faz parte da personalidade feminina peculiar que o homem decidiu amar.
- Desculpa.....A noite está a ser fantástica...Adorei a forma como...como...
- Como fiz amor contigo?
- Sim...possivelmente....Adorei...a sério....Mas....
- Eu entendo.
David senta-se na ponta da cama precipitadamente. Ao mesmo tempo que vai pegando nas suas roupas, ele vai tirando as suas ilacções. Na cabeça dele começa a fazer-se luz sobre as pretensões da professora. E não obstante o facto de ele também ter partilhado uma noite intensa com a sua colega, aquilo simplesmente não é suficiente.
- David, não me leves a mal....És um homem impecável. Adorei a forma como me convidaste, fiquei deliciada com o jantar. És um homem extremamente romântico e não duvido que possas fazer qualquer mulher feliz. Mas eu não sou a mulher que procuras...
- Porquê?
- Estou apaixonada por alguém...
- Uhm...Muito bem...Eu...Eu entendo...
Ele continua a vestir-se. Ata os sapatos e levanta-se. Ajeita a sua postura e caminha em direcção à professora. Maria José está encostada na cómoda. Nua e rendida a tamanha noite de prazer. Sorri para ele, convicta de que conseguiu fazer passar a mensagem. Com o conteúdo certo, entoada da forma correcta. O seu amante está diante dela. Entrega-lhe um beijo terno nos lábios consolados dela, como forma de despedida singela. Ao trocar o passo para sair do quarto e por sua vez, da casa da sua colega, o professor tem uma certeza e uma indefinição. Tem a certeza de que a mulher lhe confessou estar apaixonada, como uma manobra para impedir uma maior aproximação futura entre eles. No entanto, não consegue definir na postura se a mulher está verdadeiramente apaixonada por alguém ou não. Maria José sabe que está apaixonada. A dúvida que paira na sua cabeça será apenas discernir o alvo dessa sua paixão.

13 comentários:

Anónimo disse...

Por acaso não gosto nada das histórias da Maria josé.Tenho visões de uma velha assanhada. :|

luafeiticeira disse...

Maria José está apaixonada pela liberdade e ama o seu poder, com este professor ela sentiu que alguém a tentava dominar, qua a tentava prender, por isso quebrou a noite, a noite perdia o seu domínio.
Mais uma vez alguém tocou no proibido, pois a relação foi entre colegas de trabalho, de departamento, quase tão proibido como professora e aluno.
beijos

Anónimo disse...

Sera que para alem do prazer carnal,nao existe AMOR verdadeiro entre nenhum inquilino?Sera que nesse predio nao ha um inquelino como o comum dos casais que se contente com o parceiro???Sera que isso nao e real e pode ser tao excitante como todas essas fanatsias do narrador que ve sexo em todas as pessoas...e assim sendo ha sempre uma predesposiçao ao sexo..???!!!!
Porque nao e valorizado uma uniao de seres que se amam e que sentem felecidade nessa uniao....???
Sera que o narrador esta tao magoado com o amor que ache impossivel haver casais "normais" com vidas cheias de carinho,respeito,sexo e mais que tudo amor???Sera que o narrador sabe o que e amor ou confunde prazer e sentimentos?
Claro que gosto de vir aqui,claro que adoro ler...mas acho que deveria haver e ser valorizado uma uniao "tradicional"
Vou continuando por aqui e ler-te e ver o crescimento deste edificio.

Anónimo disse...

ahahaha
também tens um anónimo. vou oferecer-te uma das minhas camisolas para lha ofereceres (espreita lá no meu canto)
quanto ao que tu escreves: MARAVILHOSO!
(ainda não me esqueci do teu desafio :))

Anónimo disse...

Cassamia nao seu o teu anonimo!Nem pretendo ser mal educada,ate que se venho aqui e porque quero mas msia do que isso e porque gostos de fanatasiar e ler varios blogs sendo este aqui o meu predilecto e o de maior qualidade que ja li. Quanto a ser anonimo peço desculpa se isso fer alguns..mas o nome sera sempre e so um nome seja ele qual for..tal como magnolia nao e uma identificaçao...mas tudo bem..
JO de Braga
Assim sendo ja nao sou anonima.SERA???

Magnolia disse...

JO de Braga, vamos lá tranquilizar a situação. Aqui no Edificio ninguém tem nada contra os comentários anónimos. Claro que é preferivel se houver uma identificação. Claro que quem escreve continua a manter-se anónimo. Ainda assim, uma identificação torna possivel gerar maior empatia entre quem escreve e quem lê. É mais concreto saber de quem vem o comentário do que saber que vem de qualquer anónimo, incluindo o que visita a CASSAMIA. Nem tão pouco é pretendido gerar discussão sobre isso. No Edificio Magnolia só existe uma regra no que aos comentários concerne. Desde que não haja linguagem ofensiva, tudo é permitido dizer. Bem, mal, assim, assim....Os comentários que congratulam o Edificio sabem bem e mantêm viva a motivação para continuar. Mas os comentários que fazem criticas também são aguardados. Acima de tudo porque é pretendido saber o estado de espirito dos leitores. Se gostam ou não. Se há algo que desagrada, se há algo que pode ser melhorado. Claro que nem todas as sugestões tem que ser seguidas, nem todas as criticas alteram o curso do Edificio. Acima de tudo, porque este blogue tem um percurso. Essencialmente a história verdeira. No entanto, espera-se que as pessoas libertem emoções, da forma como o sentem. Mais uma vez, os comentários são bem-vindos, anónimos ou não.
Quanto ao que referiste, JO, é mais uma vez o teu ponto de vista. E como é natural, só podes ter razão. Tens razão porque é a tua forma de ver as coisas e isso só pode ser respeitado. De qualquer forma, parece-me uma visão dramática daquilo que se considera amor. Já não é a primeira vez que tal assunto vem à baila nos comentários deste blogue. A definição de amor é muito subjectiva. Adapta-se à pretensão de quem ama e de quem acha que ama. O que será então esse amor verdadeiro que achas que está em falta no Edificio? Será aquele amor em que as pessoas prometem fidelidade eterna ao conjugue? Será aquele amor que os prende em vários aspectos ao parceiro? Ou será o amor que se baseia numa base de confiança mútua? Já foi dito aqui uma vez, o amor tem uma palavra chave: Confiança.
Quem narra as revelações do Edificio não está magoado com o amor. Apenas o vê ou pretende ver de uma forma diferente. Não pretende confundir prazer com sentimentos. Pretende misturá-los e dar-lhes uma carga intensa. Pretende entornar o amor num enorme caldo de paixão, sedução prazer, proibição, fantasia e intensidade. E no final, ver o que dá. Quem narra não vê só sexo nos inquilinos. Cada um dos moradores do Edificio tem uma revelação por semana. Isso significa que teve uma vez ( ou não ) sexo nessa semana. Será assim tanto? Claro que não é revelado todo o restante quotidiano deste ou daquele inquilino. Mas não é isso que importa aqui. O que aqui é revelado são essas fantasias, são as situações que importa aos demais leitores saber. Tudo o resto talvez seja a vida que nós conhecemos. Talvez a nossa própria vida.
Se quem narra sabe o que é o amor...não importa. O que é verdadeiramente importante é saber que as pessoas que visitam o Edificio sentem-se estimuladas pelo que lêem, que pode despertar algo dentro delas. Se for caso disso, que se revejam em algumas situações. Parece-me que se tal acontecer, será normal.
E até se pode considerar certo que a definição e a demonstração desse amor verdadeiro não vem referida nas várias postagens. Talvez porque é dificil encontrar esse amor verdadeiro que falas. Talvez porque não exista mesmo em nenhum dos inquilinos. Coincidência, ou talvez não.
Excluindo os inquilinos que não tem parceiro fixo ( Maria José ), por opção ( Rafael ) ou por impossibilidade ( Ana ), que procuram amar de uma forma ou de outra ( Lúcia ), é legitimo dizer que existe amor no Edificio. Esse mesmo amor que pretendes falar. Talvez não na tua forma de ver. Mas por exemplo, a Laura e o Afonso amam-se. Acima de tudo porque tem confiança um no outro. Contentam-se com o parceiro que têm. Mais do que isso. Apaixonam-se diariamente pelo parceiro e procuram transformar essa certeza numa construção progressiva da sua forma peculiar de amar. Apenas encontraram uma forma de tornar mais intensa a sua relação. Quer-me parecer que se não nutrissem essa confiança, não teriam um casal amigo, nem tão pouco mantinham o amor que pretendem demonstrar. A Helena e o Rodrigo amam-se. Já aqui alguém o disse. É um amor estranho, sem dúvida. É um amor duvidoso. Mas se lhes perguntarem, eles vão encontrar a definição de amor que eles sentem. Mesmo que estejam enganados. A própria Tania e o Filipe amam-se. Isso é inegável. Essa certeza está a ser corrompida progressivamente. Mas numa espécie de revisão, quantos casais se conhecem que não tenham já corrompido os seus compromissos? E não se está a falar só de sexo. E essa quebra não significa literalmente que não amem.
Em todo o caso, o Edificio Magnolia pretende ser especial. Não se trata de não acreditar no amor verdadeiro ( seja ele qual for ). O Edificio Magnolia pretende explorar fantasias, limites, situações marginais, estimular aquilo que dentro de nós existe sempre. Incluindo a história verdadeira. São as situações que não obedecem à normalidade que ganham notoriedade. São essas que nos despertam a atenção. Se houvesse um inquilino que acreditasse plenamente nesse amor verdadeiro, que se contentasse todos os dias com o mesmo parceiro e com uma forma rigida de ver a relação...bem, talvez esse morador não despertasse a atenção dos leitores, nem mesmo de quem narra. Se o Edificio continua a ter visitas é porque as pessoas querem sentir algo diferente. Algo que fuja à regra. Algo que não seja uma mera história de amor. Porque mesmo que o amor se baseie em confiança, toda a gente ama de forma diferente. Felizmente....
O Edificio Magnolia serve para as pessoas sonharem. Mantém-se de pé para fazer bater o coração com mais força. Para fazer suspirar. Se possivel para proporcionar prazer.
E em jeito de conclusão, JO...Se houvesse uma história de amor verdadeiro, como falas, será que te despertava a atenção?
Continua a comentar. São sempre bem vindos comentários que possam gerar reacção por parte de quem narra.

Magnolia disse...

LUA FEITICEIRA, a professora sentiu no auge, no êxtase, que algo a prendia. Se era a pretensão do seu amante em tê-la para si, se era o facto de ela já estar apaixonada por alguém....O que é certo é que mexeu com ela. Continuará a mexer.
CASSAMIA, efectivamente, talvez não seja o mesmo anónimo. Em todo o caso, mais uma vez, desde que não contenha linguagem ofensiva, os comentários anónimos ou não, será bem vindos.
Agradeço-te visitares o Edificio. Aguardam-se mais vistas tuas :)

Anónimo disse...

Eu e que agardeço por fazeres sonhar e fantasiar...nunca quis ser incorrecta.
Tenho simplesmente padroes diferentes e provavelmente uma o educaçao um pouco a antiga:) nao querendo dizer que nao goste do que se passa no edificio.Mais uma vez as minhas desculpas se foi mal entendido o que escrevi...
Jo de Braga(ou arredores) lol

Anonimo do Algarve disse...

Coitada da senhora só quer aproveitar a vidinha dela, agora k está solteira. Como aquilo n se gasta, então à k usar.
Eu faria o mesmo se fosse solteiro, enquanto estive sozinho gozei agora fico-me pela minha parceira, k é bem bom.

Bjs ;)

carpe vitam! disse...

eu concordo com a JO de Braga. Acho também que uma relação a dois tem de ser excitante por si só para poder permitir abertura a outras pessoas e se isso for uma necessidade, então o mais certo é não estar a funcionar.

Bem, mas onde está o teu poder de síntese, Magnólia? Os argumentos não pesam mais se tiverem mais letras. Para a próxima que fizeres um testamento desses, vê se deixas uma linha entre cada parágrafo, como fazes nos textos, porque assim torna-se difícil ler-te, chiça! :P

Shelyak disse...

Cada coisa no seu lugar... tem alturas para amor, para amor e sexo e também para apenas sexo...
Por aqui, assiste-se, em vários casos, amor e sexo, simultânea e sabiamente...
Aqui, vive-se... num vulcão, amando cada dia que passa...
:)

Anónimo disse...

eu achei isso muito bom e legal

Anónimo disse...

ler todo o blog, muito bom