quinta-feira

Amena cavaqueira

Rodrigo chega finalmente a casa. Ao seu lar. Àquele local onde a tranquilidade reina. Porque é esse o significado maior da palavra lar. O espaço onde a se procura a tranquilidade depois de um dia de trabalho. No 1º esquerdo, o homem tem tudo aquilo que a vida lhe permitiu dar. Um apartamento requintado, adquirido num momento-chave. Um ambiente fraterno, onde só se pode obter uma paz de espirito. Os seus filhos não estão, mas de uma forma ou de outra, sente-se a presença dos seus herdeiros, mesmo na ausência deles. Aquele é o lugar onde Rodrigo está à vontade. Onde ele larga o saco de ferramentas e o coloca dentro da pequena arrecadação no hall de entrada. Onde ele se sente à vontade para se despir e colocar a roupa no cesto da roupa suja da casa de banho. O sitio onde imediatamente ele pode pensar num banho reconfortante. E de uma forma encantadora, a sair da cozinha, linda como ele sempre pretendeu, sorridente conforme as suas pretensões, está a pérola do seu lar. Helena.
- Olá, amor...
- Estava à tua espera...O jantar está quase pronto.
Eles trocam um beijo. O beijo onde os lábios se tocam e transmitem uma sensação harmoniosa, a fazer lembrar uma fidelidade e confiança inabalável. Ela passa as mãos pelo peito desnudado do marido. Procura-lhe o cheiro, o aroma, a fragrância sensual que exala dele, mesmo após um dia de trabalho. Na mente dela, isso é inconfundível. Ainda assim, ela também anseia que ele tome banho. E o seu olhar e o seu sorriso e os seus gestos reflectem a excitação de Helena. Ela veste o avental, por cima de um fato de treino azul escuro. A esposa de Rodrigo já despiu a roupa profissional, já tomou um longo banho, já vestiu outra roupa. Helena veste o papel de mulher fiel ao seu marido. E ele só pode desejá-la.
- Quero-te!....
- Vai tomar banho primeiro....Vamos jantar e depois vemos o que queremos...
Ele sorri e obedece. Despe as calças e volta a entrar na casa de banho. Helena continua nos afazeres culinários. Põe a mesa só para dois, na sala. Coloca a refeição em cada um dos pratos e serve um vinho oferecido pelo seu sogro. Dois minutos depois, Rodrigo senta-se na mesa. Ainda com o cabelo húmido, vestido com roupa casual. A noite parece pertencer-lhes.
- Como correu o teu dia? - pergunta Helena.
- O mesmo de sempre, cansativo...
- Só?....
- Não...Almocei com aquele cliente que gosta de passar pelo escritório...
- Quem? O sr. Alberto?
- Sim...
- Almoçaste com ele?
- Almocei....É assim tão estranho?
- Do que falaram?
- Não sei...De novos serviços que ele quer requisitar, da vida dele, da minha vida, de futebol....sei lá...Porquê?
- Nada...Nada, Rodrigo...Estranhei só...
A mente de Helena começa a divagar. Ela dá um gole no copo de vinho e olha para o copo, abstraindo-se do resto do espaço. Transforma um ar sério na sua face, ponderado, surreal. O seu marido continua a comer. Continua a falar.
- O Alberto é um gajo porreiro. Já o conhecia desde os tempos da...tu lembras-te...
- Sim....
Helena está em piloto automático. Ouve o seu parceiro mas não está ali. Responde-lhe, mas apenas o necessário. Porque a sua mente escapou-se. Eleva-se na imaginação. Num espaço recôndito do seu intelecto onde se guardam sensações fortes.
- ...E ainda fomos tomar café à baixa...um sitio porreiro...nunca tinha visto...Temos que ir lá este fim-de-semana...o que achas?
- Acho que sim, Rodrigo.....
Helena procura perceber como aquilo aconteceu. Tenta esclarecer na sua mente se tudo foi premeditado. Porque ainda não era a hora para o escritório abrir. Ainda era cedo e ela já tinha convocado a presença de Hélder e Bruno nas instalações da sua empresa. Os acontecimentos desta manhã só podem ter partido de um enorme desejo intimo de Helena. É esta a certeza que ela tem, dentro de si.
- ...Olho para aquele bar e vejo que deve ser ali que o Alberto leva as amantes dele....É bem pensado...para quem quer ter amantes, claro...
- Pois...
A refeição continua. Rodrigo está cansado, mas continua a falar. É a rotina diária. O dia dele parece sempre mais cheio do que o da mulher. Por essa razão, ele nem se apercebe que Helena não está ali. A sua mente continua compenetrada na manhã de hoje. Eles entraram meia hora antes do escritório abrir ao público. Quando os dois homens chegaram, ela pediu que eles fechassem a porta. Helena chamou-os porque pretendia esclarecer o estado do elevador do Edificio Magnolia. Tem havido queixas quanto ao funcionamento do mesmo e ela pretende ser radical. Para isso precisava de saber exactamente o que se passava com o meio de acesso entre os pisos do empreendimento. Dentro de si, Helena confirma agora que esta razão profissional foi apenas uma desculpa para os ter no seu espaço privado.
- Podíamos ir jantar...Levava-te ao restaurante do lombinho e saíamos...Já há tanto tempo que não temos uma noite fora, só para nós....
- Tens razão...
Longe do seu apartamento. Longe dos olhares do seu marido. Longe da curiosidade de seja quem fosse que pudesse comentar tal reunião. Dois homens e uma mulher casada. Juntos, no mesmo sitio. Perigoso, exigente, intenso, ousado. Helena levantou-se da sua secretária, procurando manter o olhar atento aos dois funcionários. Lentamente, ela confirmou que a porta estava fechada. Aproximou-se deles, sentados diante da secretária, em silêncio. Entre Hélder e Bruno, ela é uma mulher sensual. Um pedaço de desejo, que por uma razão fortuita, os trouxe até ali. Por um motivo.
- Uma noite em que iríamos dançar, até à hora que quisesses.... Estás-me a ouvir?
- Estou!....
Helena está desorientada. Volta a lançar o olhar para o seu marido, entendendo que ele já percebeu a sua fuga ao momento actual. E nem ela se recorda o motivo exacto que a faz perder a cabeça. Nem tudo o que o que se experimenta uma vez tem que ser repetido. E Helena deveria sabê-lo.
- Eu quero essa noite. Para quando é que queres marcar uma mesa? - pergunta ela.
- Uhm...Para uma noite em que eu te queira loucamente....
- Essa não é uma das noites?
Ele sorri. Desvia o olhar e pega na garrafa de vinho, para voltar a entornar nos copos. O seu sorriso demonstra que ele conhece a própria esposa. Um segundo copo de vinho incendeia a paixão de Helena. Fervorosamente. Mas ela não se sente ali. O seu coração palpita com a chama do seu pensamento. O seu olhar brilha. Como um véu que esconde o que vagueia na sua mente. Foi a mão de Hélder na sua perna. Ou então o olhar incisivo de Bruno para o seu peito. Ela já não consegue recordar o que despoletou o fogo que se desencadeou no seu escritório.
- É.... - responde ele - Mas esta noite talvez possa ser curta demais...Ele deve estar a chegar...
- Tens razão....Então porque é que estás a alimentar o meu desejo?
Ela dá um gole no copo de vinho. Enquanto procura despachar a refeição, ela sente-se inquieta. A sua cintura move-se, procurando enjeitar-se na cadeira. Helena recorda-se do instante da primeira penetração. Bruno já a tinha encostado à secretária. Levantou-lhe a saia e fez descobrir os collants da empresária. Depois de fazer escorregar o pénis entesado nas nádegas formosas da mulher, o funcionário penetrou-a, após desviar as cuecas pretas. Helena lembra-se de ter gemido. Lembra-se que lhe soube muito bem aquela primeira abordagem. O calor dentro de si era já intolerável e necessitava de algo que a pudesse tranquilizar. Ela lembra-se do gemido. Recorda-se como soou. Parecia que alguém poderia ouvir o prazer que saiu da sua voz.
- Porque talvez consiga resgatar-te para uma rapidinha....
- Só me queres para rapidinhas? - responde Helena.
É isso que enche a alma da mulher. A sensação de coisas demasiado rápidas, demasiado efémeras. Tudo o que se passou no escritório foi intensamente inconsciente. Ela recorda-se de revelar o seu delirio com o sexo do amante dentro de si. De estar com as mãos na madeira da sua secretária. De sentir um calor imenso dentro do soutien. De fechar os olhos e perceber o que a fazia tanto ambicionar tamanha loucura. O inicio de manhã da esposa de Rodrigo foi uma profunda sensação de irracionalidade.
- Eu quero-te para rapidinhas, para adormeceres comigo, para acordares comigo....és a minha esposa...és a minha mulher. És tudo para mim.
- Posso ser tua amante?
As penetrações de Bruno na sua rata, com o corpo dele a bater nas suas nádegas, não saem da mente de Helena. Cada vez que ela pestaneja, ela volta a sentir uma penetração dele. Como se estivessem a acontecer neste momento. Mas Helena recorda-se mais do que isso. As mãos dele a segurarem as suas ancas. O sexo dele a inchar dentro de si, como se brincasse com a rata da mulher. Helena inspira fundo. Dá mais um gole no copo e assim que expira, vê o instante em que abriu os olhos e viu Hélder diante de si, no seu lado da secretária. O seu funcionário abriu as calças e pôs o sexo em cima da sua mesa de trabalho. Excitada e fora de si, Helena baixou-se, ficando quase deitada sobre a madeira. Com a mão direita, segurou o sexo do seu subordinado e esfregou-o. Bruno continuava a fodê-la, batendo com força no seu rabo em cada penetração. No momento em que ela recorda o sexo inchado dele a penetrar bem fundo na sua rata, o que obrigou a mulher a soltar um grito mais agudo, Helena tem a certeza. Mais do que dominada por dois homens, Helena queria ser possuída até ao limite. Era o desejo dela que controlava o que ocorria.
- Já não és minha amante?
- Sim, sou....Mas eu quero mais....Quero que me vejas como uma verdadeira amante. Daquelas que são descaradas na cama....Daquelas que roubam o coração dos maridos. Daquelas que não pensa no amanhã....
A respiração de Helena torna-se mais intensa. O vinho está morno. O prato está a terminar. O olhar de desejo do marido aquece-a. Mas o que a põe a suspirar assim são os fragmentos da sua memória. É a persistência do sabor do sexo de Hélder nos seus lábios. A sua lingua molhada que tocava na ponta da picha dele. São os rasgos em que ela procurava aguentar as convictas penetrações de Bruno, ao mesmo tempo que suportava parte do seu peso nos sapatos altos pretos. Por detrás do seus olhos, surgem imagens da cena ousada que se instalava sobre a sua secretária. Defronte do seu olhar, o seu marido olha para ela, com um ar estranho.
- É essa a amante que queres ser esta noite?
- Todas as noites, amor....
Talvez ela não consiga precisar o momento em que o sexo de Hélder lhe escapou por entre os dedos. Esse instante em que a sua boca saboreava cada pedaço do pénis estimulado. O que é certo é que se ela deixou de o chupar foi porque o seu funcionário já estava excitado demais e saiu dali. A sede de querer foder a sua patroa falava mais alto. Já com as calças em baixo, ele olhou para o seu amigo, comunicando com ele. Bruno fincou os dedos nas nádegas da amante e penetrou-a uma última vez. Bem fundo, ao mesmo tempo que se deitou sobre ela. Beijou-lhe os cabelos. Ouvia-se a respiração de Helena. Ela sente as mãos dele a apalparem-lhe o corpo. Passavam pela sua camisa e foram abrindo os botões, com alguma força. As mãos da mulher seguravam os dois corpos sobre a secretária. Bruno trincou a orelha dela. Depois ergueu-se novamente. O corpo de Helena vibrou quando ele foi retirando o pénis da sua rata, vagarosamente. Os seus gemidos entregavam-na aos desejos deles.
- Sabes que te amo, não sabes? - diz Rodrigo.
- Vou sabendo....Vais-me demonstrando todos os dias que sim...Mas amar não chega.
- Não chega para o quê?
- Para que me faças sentir uma cabra nos teus braços.
Alguns segundos depois de lhe escapar o sexo inchado de Bruno, a dona da empresa voltou a sentir algo vigoroso dentro de si. Ansiosamente, Hélder fez questão de encher mais uma vez a sua responsável. Numa reacção incrédula, Helena soltou um grito. Os seus dedos procuravam algo onde agarrar. Com toda a força que pudesse. Porque ela sentia-se apoderada. Bruno ficou a olhar para o que acontecia. A testa da mulher chocava contra a madeira castanha. Já nem os saltos altos chegavam para colocar o rabo da mulher à altura da cintura do homem. Porque o amante de Helena era mais alto e já tinha entrado totalmente dentro da sua rata. E naquele instante, com os dedos em bico, ela estava segura por ele. Hélder apalpou as nádegas macias da mulher e apertou-se um pouco mais contra o corpo dela. De seguida, retirou o pénis, deu um passo atrás e olhou para todo o corpo possuído da mulher. Helena estava numa posição ousada e proibida. Jamais alguém poderia imaginar que ela estava deitada sobre o espaço onde trabalha diariamente. Ninguém deveria desconfiar que o seu rabo estava despido e apontado aos sexos de dois homens. Ninguém. Nem mesmo o seu marido. Ela própria sabe que na sua mente, aquilo teria que ser uma fantasia. A sua respiração acalmava ligeiramente. Quando ela voltou a sentir uma mão invadir a pele das suas nádegas, a sua garganta cortou o ar que poderia entrar nos seus pulmões. E subitamente, as suas cuecas foram puxadas violentamente e desceram pelas suas pernas até aos tornozelos.
- Uma cabra?.....
- Sim, uma cabra....Há quanto tempo não me fazes sentir uma cabra na nossa cama?
- Não sei....Desde....Não sei, Helena....Diz-me tu...Quando foi a última vez que te sentiste uma cabra?
São flashes que percorrem a mente de Helena. Não retira o olhar de Rodrigo. Mantém o copo de vinho na mão. Sustém a respiração. E mesmo trocando um olhar cúmplice com o marido, Helena continua a estar distante desta mesa. Da mesa de jantar. Na mesa testemunha do seu trabalho diário, Helena provou os dois homens. Despida das cuecas, ela deixou Hélder entrar. Com os calcanhares soltos dos sapatos, ela saboreava as penetrações secas dele. Fortes, desapaixonadas. As suas nádegas tremiam como gelatina e o sexo dele entrava. bruno, ainda excitado, assistia à foda inusitada. Ela segurava-se à secretária e não conseguia pensar em mais nada. Apenas na forma como o homem entrava em si. E quando Hélder saiu, largando um suspiro, ela já esperava tudo. Esperava que voltassem a penetrá-la. E Bruno voltou a comê-la. E assim se repetiu novamente até ela não aguentar mais. Os dois homens trocavam entre si a delicia da rata de uma mulher que tinha acordado de uma forma diferente.
- Na casa de banho....Na cabine do Espaço. No Carnaval. Tomaste-me como uma cabra.
- É assim que te queres sentir hoje?
- Já me sinto.
- Como assim?
- Eu hoje sinto-me uma ordinária....O vinho já está a fazer efeito e.....
- Se quiseres podemos ir para o quarto.
- Não...hoje não me irias querer assim....
- Assim como?
- Uma ordinária, Rodrigo....Hoje, não irias querer comer a cabra da tua mulher.
Helena mantém um sorriso. O copo de vinho esvazia-se rapidamente. Rodrigo espelha agora um ar sinistro. Certamente que não era este efeito que ele pretendia quando voltou a encher o copo dela. Mas na mente dela, algo mais do que o álcool a faz sonhar. Os sexos tinham uma forma diferente. Trabalhavam de forma diferente. Mas o que conta é que ambos a foderam como uma mulher vulgar. Como uma cena surreal retirada de um filme pornográfico instantâneo. Mas tudo foi real. As vezes que Hélder entrou em si. A forma como Bruno penetrou no seu intimo. Tanta vez que a sua mente não tem capacidade de recordar. E ela recorda o seu orgasmo. Está vincada em si a maneira como o seu corpo sucumbiu inevitavelmente à estimulação da sua rata. Porque eles sabiam o que estavam a fazer. Não entravam na mulher só por entrar. Havia um gosto deliberado em todas as penetrações de cada um dos homens.
- Porquê? - pergunta Rodrigo.
- Oh...nada...Já não estou a dizer muita coisa com senso.
Helena pousa o copo. Olha para o seu prato e percebe que algo foi longe demais. Hélder acariciou as suas nádegas. Pressentiu que a amante estava saciada. Mas queria mais. Empurrou o corpo dela um pouco mais para a frente. Com as mãos nas ancas dela, fez girar a fragilidade do corpo e segurou-lhe nas pernas. Bruno dirigiu-se para junto da cadeira da empresária e acariciou os cabelos dela, que se estendiam até tocar no puxador das gavetas. Helena estava nas mãos dele. Literalmente. Hélder não escondia a fome que o seu corpo queria fazer explodir. Abriu as pernas da sua chefe e voltou a penetrá-la. Bruno percorreu toda a cabeça de Helena com as suas mãos. Os cabelos, a face, o pescoço, para depois abrir a camisa e retirar um dos seios de dentro dou soutien. Ela sentia-se quente. Sentia-se arrebatada por um prazer que devorava. As suas pernas estavam envoltas na cintura de Hélder enquanto ele se mexia para foder a mulher. E quando ela se deitou por completo na secretária, deixando a cabeça pender para fora, um violento receio surgiu na sua mente.
- ...Diz-me então....É para lá que o sr. Alberto leva as amantes?
- Não sei....é só uma dedução.....Não ligues....Mas é verdade, ele disse-me que passou lá pelo escritório de manhã.....
O sexo de Bruno roçou pelas maçãs do rosto da mulher que o chamou ali. Descontrolada e com a rata novamente cheia, Helena ambicionou engolir a picha do homem. A mesma que a fez vir-se. E ela chupou. E ela apercebia-se da forma como se entregava. E ela voltava a percepcionar na sua mente o espaço ténue entre uma mulher casada e com filhos e uma mulher ordinária. Naquele instante, Helena não conseguia desvendar o motivo que a levou a desejar estar com aqueles dois homens vigorosos. Foi mais do que uma fantasia. O deboche da sua entrega chegou a um termo. Tinha que haver um limite.
- Passou?!....Eu...Eu não estava lá....
- Não estavas? Mas porquê? Não abriste o escritório de manhã?
Ela chupava. O sexo de Bruno sabia-lhe bem, até porque não levou muito tempo até ele vir-se. E foi nesse instante que se abriu uma luz na racionalidade de Helena. No momento em que os dois homens se libertam para o corpo da mulher, que durante aqueles minutos tomaram como uma autêntica ordinária. Foi no segundo seguinte a provar o sabor intimo de Bruno que ela parou. Gemeu com o pénis dentro da boca. Contorceu as pernas, com outro sexo dentro da rata. E quando se desfez dos dois homens, já parecia ser tarde demais. Já o esperma dos dois homens tinham sujo o seu corpo e a sua alma. E num momento de loucura, ela sentiu todo o seu mundo a desabar. Ali mesmo, no seu local de trabalho. Helena pousa os talheres no lado esquerdo do prato. Inspira fundo e morde o lábio inferior.
- Não...esta manhã senti-me mal disposta....
- O que se passou? Porque não me contaste?
- Decidi ir apanhar ar....e depois estava tonta e vim até casa...e almoçei por aqui....
- Porque não me contaste?....Mas está tudo bem?!
- Está!...Está....Está tudo bem, amor...Foi só uma indisposição....
- Mas fechaste o escritório....Podias ter-me dito qualquer coisa....
- Já passou!
- Pronto, está bem....Só quero é que estejas bem....
Ela está bem. Depois de dois copos de vinho cheios, Helena está bem. Guarda os momentos intensos da manhã. Os momentos em que se entregou a uma fantasia vigorosa. Nesse instante, ergueu na sua secretária. Olhou para os dois homens ao mesmo tempo que procurava vestir as suas roupar e recompor-se. Ordinária. Ela só podia sentir-se verdadeiramente uma mulher diferente daquilo que se comprometeu no seu casamento. Daquilo com que a compromete diariamente ao seu marido e aos seus filhos.
- Vou arrumar a mesa....Vamos para a cama? - pergunta ela.
- Deixa-me ajudar-te...Talvez te possa fazer sentir uma cabra na cozinha....
Já passou. Anoitece e Helena está dentro do seu lar. A manhã de hoje cola-se em algumas imagens na sua mente. São fragmentos de uma fantasia que a fizeram acordar. O seu casamento é perfeito. a sua paixão talvez não. Ela vê o seu marido num ideal puro, mas talvez não seja assim. Helena traiu o seu marido em dose dupla. Helena traiu-se a si mesma. E uma fantasia tem que parecer um sonho. A noite de Rodrigo e Helena pode não lhes dar a rapidinha que ele ambicionavam. O seu filho mais novo chegou no exacto momento em que ela começou a lavar a loiça. Ainda assim, depois de terminar as tarefas domésticas que a vão transportando de novo para o seu mundo normal, Helena vai deitar-se na sua cama rotineira, onde procura amar o marido de uma forma extraordinária. E quem sabe, esquecer que cumpriu uma fantasia.

5 comentários:

EU... disse...

Será que a indisposição de Helena foi apenas uma mentira...Ou será que se avizinham novas revelações?!Em caso afirmativo, quem será o pai?!...esperemos para ver

Anonimo do Algarve disse...

Cuidado Helena quando sonha c os seus amantes, ainda pode sonhar em voz alta e dizer o nome de um deles e depois é k caldo se entorna.

Bjs é sempre uma caixinha de supresas passar por aqui

Shelyak disse...

Está a melhorar...cada vez mais...
:)

Unknown disse...

Se escrever desenvolve o raciocíno, no teu caso desenvolve também o erotismo que há em ti.
beijos

Magnolia disse...

EU, novas revelaçõea adivinham-se sempre. Se têm ou não a ver com indisposições...Talvez não...Talvez sim...É esperar para ver...mas uma indisposição assim seria intenso na vida de Helena.
ANONIMO DO ALGARVE, a Helena só não sonha em voz mais alta porque não pode. Mas certamente, este casal só ouve o que quer.
SHELYAK, agradeço-te. Volta sempre, cada vez mais.
LUA FEITICEIRA, o erotismo está todo na vida do Edificio.