sexta-feira

Bate-papo sensual

A banheira é imensa. Branca. Escandalosamente branca. Obscenamente espaçosa. Feita à medida dos sonhos de quem pretende usá-la. Construida de raiz para um objectivo concreto e rentável. Nos lavabos do 3º direito do Edificio Magnolia, há um lugar onde o banho pode ser uma experiência extravagante, prolongada e surrealmente sensual. Ana está envolta em espuma. A linha de água balança no seu peito, um pouco acima dos mamilos. Os seus ombros estão descobertos e brilham. Parte do seu cabelo já está molhado. Ela senta-se na sua banheira poderosa, encostada numa das pontas. Olha em frente, com um toque de desejo. Diante de si, também nu, também envolto em espuma, está o seu cliente de hoje. Marcos é um homem sorridente, encorpado, confiante e sedento de um momento apaixonante. Ele comprometeu-se a recompensar a sua acompanhante com momentos bem passados, genuinamente especiais. Ana acreditou nele e depois de terem tomado uma bebida num bar excêntrico perto da rua do Edificio, trouxe o empresário para a sua casa, directamente para a sua banheira.
- Espero que a temperatura da água esteja boa...
- É você que torna a água escaldante, Ana....Nossa, que se sente aqui o seu calor....
Marcos veio para Portugal há cerca de quatro anos. Desde São Paulo até esta cidade foi um enorme passo. Mas o espaço de tempo até conquistar a riqueza e o bem estar social foi bem mais pequeno. Há um charme canarinho do qual Ana se sente envolvida e agora não pretende soltar-se. Há uma forma diferente da qual Marcos vê o seu corpo e ela imediatamente se sente desejada. Como se nenhum cliente a pudesse desejar assim. Da forma como o brasileiro demonstra. O braço direito de Ana estica-se. Pega num copo de cristal e entrega-o ao seu cliente. Depois, pega no outro copo e deixa-o para si. O champanhe que enche os copos foi retirado há minutos do frigorifico. Ana abriu a garrafa depois de ter preparado o banho, antes mesmo de se despir diante do homem, quando ele já estava dentro da banheira.
- Delicioso champanhe, bom banho, óptima moça....que mais posso eu pedir?
- O acompanhamento.....
- Tenho que pedir?
Ela sorri. A sua mão direita brinca com a espuma e os dedos da mão direita levam o copo aos lábios. Ana não retira o olhar do homem. Marcos segura-se à porcelana da banheira, encostado e com os ombros tensos. As suas pernas mexem-se dentro de água. Apesar da banheira ser enorme e sobrar espaço para estarem os dois à vontade, as pernas do casal de amantes tocam-se. Os joelhos dele roçam nas coxas dela. A perna direita está por dentro. E o pé escorrega até tocar nas nádegas de Ana. Ela inspira fundo quando o sente a aventurar-se. Alarga os lábios e um pequeno tremor invade o seu queixo longo. O pé dele enterra-se por entre as nádegas da jovem. Ela não esconde a excitação, ao mesmo tempo que sente os dedos dele percorrerem a sua pele até roçarem na sua rata. Marcos sabe o que faz. O polegar do pé dele é verdadeiramente aventureiro. Percorre o sexo molhado da acompanhante, como se estivesse a remexer numa flor. E o desflorar faz subir sensações pelo corpo dela. Os olhares entre eles são trocados intensamente. É uma comunicação silenciosa que se transmite. Mas Ana solta um gemido e desconcentra-se. A sua máscara nocturna está viva. Mas o toque daquele dedo deixa-a desarmada. Marcos está a masturbar a mulher que se quer entregar a si. Com o pé. Debaixo de água. Invulgar.
- Você faz isto há muito tempo, Ana....
- Uhm...o quê?...
- Estas noites...estes programinhas....
- Estás a perguntar há quanto tempo é que sou acompanhante?
- Isso....
- Aqui, nesta casa?....Há coisa de um ano e meio...mmm....
- Não pode ser...Você não ter ar de menina que faz isto há tão pouco tempo....
- Seis anos....uhmmm...ohh....
- Ai sim...tá legal...Onde?
Enquanto fixa o olhar na jovem, Marcos continua a falar e mantém o dedo do pé por entre os lábios vaginais de Ana. A acompanhante ainda consegue seguir o raciocínio do homem, mas ela já não consegue esconder a excitação que a invade de uma forma irrequieta. A água balança, levando a espuma a navegar de um lado para o outro da banheira. A espuma acumula-se junto ao corpo dela. E o champanhe está frio, mas sabe muito bem. Escorrega. Tudo escorrega naquele espaço.
- Numa casa....Numa casa privada...Um clube privado...Com uma chefe...
- Você tava muito controlada...é isso?
- Não...uhmm...nem por isso....O clube ganhava muito dinheiro por causa de mim....mas também aprendi muito e ganhei algum dinheiro.
- A chefe cobrava sua comissão toda....
- Funcionava de outra forma..uhmm..siimmm...ai..sim....oh...O que o cliente pagava dentro do quarto, ficava para mim...
- Legal...e o ambiente?
- Era muito bom...nem sequer me sentia acompanhante....sentia-me livre para escolher quem queria. Dava prazer a quem queria. Recebia prazer quando queria.
- Isso parece o éden....
- Quase....Quase tão bom como este banho...
- Você gosta?
- Uhm....oh...escaldante....
- Muito....tou sentindo a sua temperatura...você tá quente....
Todo o corpo de Ana está a flamejar. A ousada masturbação está a deixá-la descontrolada. Mais do que ela pressupôs quando entrou no banho. Porque com a sua máscara nocturna, Ana prevê o que se pode passar. Como um planeamento de uma noite. Só dessa forma ela sente o controlo dos acontecimentos. Mas desta vez está diferente. O seu cliente está preocupado de uma forma efectiva com o seu prazer. E a preocupação está a dar frutos. Os dedos dele deslizam nos seus lábios vaginais e o polegar exerce uma força excitante no clitóris. Os cotovelos dela fazem força na borda da banheira e levantam ligeiramente o seu rabo. Os mamilos da acompanhante ficam à vista. Húmidos, envoltos em espuma, rijos.
- E me diga então...porquê saiu, se o trabalho era tão bom....
- Ohh...Sim, era bom...mas queremos mais...queremos sempre mais...uhm....
- Você quer mais?
- Sim... eu quero sempre mais....muito mais....quando se trabalha para um patrão e se trabalhamos bem.... pensamos sempre abrir o nosso negócio...sermos o nosso próprio patrão...
- E está correndo bem?
- Uhm...muito bem...como podes ver....ohhh...sim!!...uhmmm...muito bem....
- Melhor que com a sua patroa?
- Muito melhor!...Ohhhh!!.....
- Fode melhor agora?
- Fodo...uhmmm...ooohhh...Marcos...sim! Eu fodo melhor agora....
- Eu quero ver isso com os meus próprios olhos....
- Sim!...Fode-me agora...oohhh....fode...
- Você é a minha putinha?....
- Sou!...Ooohh..agora, Marcos!...Agora!
O dedo do homem brasileiro já penetra a rata fofinha de Ana. Os movimentos são extremamente bem feitos. Ele toca nos sitios certos e estava apenas a usar um pé. Ela está apoiada pelos braços e descobre as suas mamas. Marcos olha para elas com fome. Em gestos rápidos, retira o polegar da rata estimulada da amante e escorrega o rabo pela enorme banheira. Aproxima-se do corpo da jovem e abraça-a. As mãos dele seguram as costas dela assim que ela liberta os braços. Ana fecha os olhos e deixa-se levar no prazer do momento. As pernas dele colocam-se por baixo das suas. Dobram-se junto à borda do espaço cheio de água. O pescoço de Ana está mole, descontraido, enfeitiçado. Ela procura manter a cabeça direita, mas ela está carregada de paixão. O seu corpo não corresponde às ansiedades da mente. E o sexo entesado de Marcos aproxima-se da sua rata. Ana percepciona o que ele pretende. Quando abre os olhos já tudo está consumado. Quando os seus olhos brilham em silêncio, ela já está a sentir o seu corpo a colar-se ao do amante. As suas mamas apertarem contra o peito masculino. As coxas a roçarem-se mutuamente. O pénis excitado a escorregar pelos seus lábios vaginais que ainda latejam com o toque inusitado dos dedos do pé esquerdo dele. Marcos segura a sua amante. Em todo o significado da palavra. Marcos segura a máscara nocturna de Ana. E ela agora é uma jovem mulher que se entrega a um homem apaixonante por dinheiro e por prazer. Marcos segura assim as duas máscaras de Ana.
- Uhm....como é que me fazes sentir assim?....
- Você é que é a garota de programa....entende melhor do que eu....
- Felizmente não tenho que saber tudo...uhmmm....
- Considera que já experimentou tudo?
- Sim, acho que tudo o que uma mulher normal já quis fazer...eu já fiz...
- Tudo?
- Estou sempre à espera de um homem que me dê algo de novo....
- Oh, garota...O que não falta por ai são caras que queiram te mostrar coisas novas...
- Com prazer?
- Mais dificil, ?....
- Pois....Mas...não pares...não pares agora, Marcos...Está a ser bom....
- Não duvido...
Com as mãos a passearem nas costas macias dela. Com o corpo feminino apoiado nas suas coxas possantes. Com a boca a chupar o pescoço enrugado da jovem. Com o sexo vigoroso a encher a rata de Ana. Marcos domina a sua acompanhante com a presença dela envolta em si. Com mestria, o brasileiro fode a sua amante. As mãos de Ana seguram-se aos ombros largos dele. Ouvem-se gemidos que se libertam dela. E só quem a conhece sabe o quanto ela está confusa. Porque aqueles gemidos são característicos da sua máscara diária. Ela tenta concentrar-se. Fecha os olhos e imagina todo este espaço à sua maneira. As ancas dele movimentam-se dentro de água para que possa entrar dentro da jovem. As pernas dela vão-se abrindo, mas os seus pés procuram conforto, ao ficar os calcanhares no rabo dele. O abraço carnal deles intensifica-se.
- Você fazia de tudo...no clube da sua ex-patroa?
- Só o que eu queria...Recusava muita coisa....Mas também experimentava muita coisa...
- Havia pedidos especiais?
- Sim... uhmm...pedidos especiais, pedidos bizarros, românticos, excêntricos, únicos...pedidos irrecusáveis...
- Hein? Irrecusáveis?
- Casar com um cliente no topo da Torre Eiffel...
- Não brinca!....
- Eu nunca brinco, Marcos...É o segredo especial do meu negócio...
- Se você está aqui é porque a proposta era recusável...
- Sou uma acompanhante...não me caso com clientes...uhmmm...ohhh...sabe bem...
As penetrações de Marcos sobem de ritmo. Obrigam o rabo dela a saltar sobre as coxas do homem. Obrigam os seus dedos a fincarem na carne dos ombros do seu amante. Obrigam os seus pés a levantarem-se um pouco, criando ligeiras ondas na água e na espuma de sabão. Obrigam o intimo da jovem a dilatar-se com a entrada imponente do pénis inchado dele. Não obrigam à descoberta do prazer. A boca de Marcos foge pelo corpo dela até ao peito. As mamas molhadas, pintadas de sabão estão quentes. Macias, firmes e escaldantes. A transformação da posição que eles decidiram tomar não obriga a remodelações. Nem tão pouco obriga a que não se deseje mais. Mais do que Ana sonhava quando recebeu o seu cliente canarinho. As mãos dele têm dificuldade em segurar com firmeza o corpo da amante. Escorregam na sua pele lavada. Pelas costas, pelo peito dela, onde a boca masculina beija o vale por entre os seios. É ela própria que agora movimenta o seu corpo, em busca de mais penetrações. O sexo dele é viciante. Porque entra em si com veemência. Porque rasga com delicadeza os músculos tensos da rata dela. Porque faz vibrar cada nervo por onde roça. Porque absorve toda a energia do corpo da acompanhante. O sexo de Ana domina-a. Toma conta de si. Pensa por si. Marcos percepciona o quanto a sua amante o deseja. E ele até pode justificar os gemidos dela com a excitação do momento, do espaço, da água quente, do ar hipnotizante que se respira. Mas a verdade é que a penetração dele sabe à acompanhante de uma forma especial. E isso não tem justificação. As coxas dele apertam-se às dela cada vez mais. Chegam o corpo dela um pouco mais para cima. Faz enterrar o sexo mais profundamente. Dilata as pernas dela e transporta os pés dela até à tona. Os dedos dos membros inferiores de Ana chapinham agora na linha de água. O seu corpo balança e ele fode-a. Os lábios de Marcos chupam os mamilos rijos da jovem. Não obstante o sabor do sabão, as mamas de Ana têm um sabor intenso, macio, gostoso. Os membros da mulher parecem retirados de um fantoche, de um boneco inanimado. Mas Ana sente-se mais viva do que nunca. Ouve-se o chapinhar constante e cadente da água. A espuma começa a transbordar das bordas da banheira. O peito dela está entregue à gula do cliente. As mãos dela agarram-se aos cabelos dele. E o sexo entesado vai rebentando a suavidade da rata dela. As mãos de Marcos voltam a escorregar e desta vez ele só a consegue segurar pelas ancas. Depois finca os dedos nas nádegas redondas e carnudas dela e empurra a cintura de Ana contra si. Ela geme. Liberta por entre o vapor os sons que caracterizam a sua excitação. Marcos faz entrar o prazer dela por entre as pernas e recebe em troco a exalação desse mesmo prazer. Na sua boca, onde as mamas dela fervem. Na boca dela que se cola junto ao ouvido do homem.
- Oh!...Merda!...Uhmmm...Marcos...Maarcos!...Ohhh, fodes bem...ohhh...fodes muito bem....não pares!....Não vais parar agora, pois não?
- Que é isso, garota?.....Ohhh! Parar agora?...Agora que te sinto toda...oohhh...sim....Não, Ana...você é a minha putinha...e hoje...uhmm....não te largo até gozar em você....
- Sim...oohhh...é assim que eu gosto de ti, Marcos...ohhh...vou-me vir...ooohhh, sim...Oohhhh!!
Ana está incontrolável. Nem ela sabe que papel ocupa. Porque o brasileiro sente-se no pleno controla da situação. Sente exactamente o momento em que pode entregar o orgasmo à sua amante. É ele que dá o toque intimo para despoletar a loucura na jovem. Ana coloca os calcanhares nas bordas laterais da banheira. Finca os dedos das mãos na nuca de Marcos. Assim que ele pega no rabo da mulher, o puxa para cima e empurra parte do corpo dela para fora do reservatório de água luxuoso. As mamas dela pulam diante da cara dele. A boca do brasileiro come a carne rija e excitante. Ana geme. Ana grita. As suas mãos prendem-se agora ao mosaico que rodeia a banheira. E o seu orgasmo é frenético. E o seu prazer nada tem a ver com o controlo que a jovem exerce com a sua máscara nocturna. O seu jogo não tem táctica. A sua frieza profissional dá lugar a um exuberante espasmo corporal. Marcos continua a penetrar a mulher, ao mesmo tempo que lhe ergue ainda mais as pernas e a coloca por baixo dele. Ana grita. Ana geme. E ele sabe o quanto tudo aquilo é obra sua.
- Ana...ohhh...Ana...uhmmm...você é gostosa....você é poderosa.....Meu santíssimo Deus....
- Uhmmm....Marcos....ohhhh....não pare...uhmmm...quero mais....eu sou a sua puta...quero mais...quero-me encher de si....
- Não, não, Ana....
O ritmo das penetrações diminui. Entra numa decadência suave, meiga até. O corpo de Ana vai sucumbindo. Vai-se sentando novamente na banheira cheia de água, misturada na espuma branca erótica. Marcos também vai retirando o seu corpo. Não sem antes dar um beijo especial nos lábios da sua amante. Ela sorri. Sente-se reconfortada. Sente-se estranha na sua impotência para fazer vingar o seu papel. Respira fundo e enquanto o casal de amantes volta à posição inicial, ela sorri.
- Não era suposto vires-te?
- Era, era. Mas Ana...você é uma gatinha.... Nunca tive uma garota de programa como você. E também sei que você me prometeu a sua boca.
Ela ri-se. Percebe exactamente o que ele pretende. Um acordo é um acordo e ela não gosta de faltar à palavra. Principalmente com clientes especiais e que mexem com ela. Afinal, um pedido assim só pode avivar a sua máscara. Após inspirar e expirar várias vezes, ela encaixa quem é, quem quer ser e quem está a ser. Ajoelha-se na banheira, mergulha a sua mão na água e invade a carne que está pendurada entre as pernas de Marcos.
- Ah....Ana, relaxe...tenha calma.... Eu quero fazer-lhe uma proposta...
- Oh...então....eu disse que não me casava com clientes, Marcos. Nem que fosse no Cristo Redentor.
- Que seria boa ideia até, ?...Mas não Ana. Você ainda é a minha garotinha.... Está me ouvindo?
- Claro. Como te disse, Marcos, eu sei chupar. Tão bem que consigo ouvir ao mesmo tempo.
Agora é Marcos que cede ao jogo de Ana. Provocadora e incisiva no seu papel. Sem qualquer tipo de hesitação, ela continua o seu trabalho. Um dos melhores que ela sabe fazer. Puxa o sexo de Marcos e em breves instantes volta a entesar o seu cliente. Com a ponta da picha envolta em espuma, ela abocanha-o. Chupa com firmeza a carne e apalpa as bolas, envoltas em água. Ana irá prosseguir. Insistentemente. Incessantemente. Intensamente. Inexplicavelmente poderoso e inigualável. Ela não vai ter contemplação em chupar até ao fim, até sentir a ponta a arder na sua garganta, até conseguir devorar toda a carne que ela ambicionou. A água volta a chapinhar. A dedicação dela é ímpar. Marcos percebe isso e não esconde a excitação. A língua dela pura e simplesmente brinca com aquele pénis, adorno de desejo no corpo do brasileiro. E ao mesmo tempo que desenvolve o trabalho oral, Ana tem os ouvidos abertos. E enquanto ele lhe puxa suavemente os cabelos para trás, a proposta desenrola-se.
- Vem trabalhar comigo, Ana...Sai dessa vida... Eu posso tornar você a minha princesa....Vem...ohhh... Eu posso pagar quase o mesmo que você ganha aqui...mas sem risco....Uhm...por favor...vem....não te levo à Torre Eiffel...ohhh....chupa....ohhh... mas te posso dar o mundo.... Vem... uhmmm...Não te prendo....Uhmm...ah...puxa que você chupa bem...Eu não te prendo, garota.... Apenas quero que venha trabalhar para mim....Ohhhh....Ana....sim...ohh...sim...não deixa nada.... chupa até eu gozar....oooohhhh...
Misturado na água, o esperma de Marcos liberta-se na banheira. Parte é direccionado à boca maravilhosa de Ana, que lateja de tanto chupar. O restante pinga na espuma e por si só, desvanece-se. O homem vem-se. procura segurar a nuca dela, pedindo que não pare de chupar. Mas Ana já parou. Ana já alcançou o objectivo. ana já comeu o que pretendia. E ninguém lhe pode pedir troco daquilo que ela sabe que foi memorável. Volta a erguer-se e olha para ele, ainda a limpar a boca. Ana encosta-se ao seu lado da banheira e pára uns segundos. Deixa o homem restabelecer-se. Deixa um espaço de tempo para que tudo assente. A foda, o broche, a proposta, aquele bate-papo que a deixou excitada e, ela mesmo admite, a descontrolou. Agora, torna-se tempo de atacar.
- Agradeço o convite. Mais uma vez, parece irrecusável. Mas vou ter que decliná-lo. Lamento, não é nada contra ti, nem contra o teu negócio. Mas...nenhum dos teus bares não tem metade da adrenalina que este apartamento me dá, Marcos. E...não sei....enquanto tiver possibilidade, não me imagino a desfazer-me desta tesão...Consegues sentir a tusa que este sitio dá.
Ele cede. Só pode ceder. É inevitável. Por uns momentos, Marcos julgou que Ana, a sua garota de programa estava na sua mão. Que conseguiria enfeitiçá-la e torná-la sua. E até um determinado momento, era esse o rumo do espaço de tempo que eles partilharam na banheira. Mas Ana é melhor jogadora. Concentrou-se, percebeu o seu papel e fez um contra-ataque que lhe permitiu manter a vantagem. Ainda por cima joga em casa. Ana jamais poderia sentir-se derrotada. Dominada.
- É...tentei, né?...Ana, você é poderosa....Faria qualquer homem feliz para uma vida...quer dizer...isso se só pretendesse transar com ele.....Mas...você me convenceu....Se quiser saber onde está seu presente...seu prémio....ele está no bolso do seu casaco. Desde o bar que ele tá lá.... Como vê, só pode acreditar em mim....
Ana sorri para ele. Levanta-se e deixa um enorme manto de água e espuma escorregar pelo seu corpo. Completamente encharcada, ela sai da banheira e leva três segundos até conseguir pegar numa toalha. O momento de Ana e Marcos terminou ali. Até o cliente percebeu isso. São estes pequenos prmenores que fazem o sucesso discreto de Ana. Cedo ele sairá. Depois de se enxaguar. Depois de se vestir. Não é preciso um beijo, nem tão pouco um sinal de carinho. Ele sabe que ela lhe agradece. Ele sente o mesmo. Cedo Ana estará só no seu quarto. Irá abrir o envelope, irá sentir o toque das notas gordas. De uma coisa Ana tem a certeza. A bem de conseguir cumprir o seu papel, entregar o jogo da sua máscara nocturna aos clientes que a procuram, Ana não pode ceder. Tem que deixar de aceitar encontros profissionais antes de jantar.

3 comentários:

Francisco del Mundo disse...

Confesso que a Ana e o Rafael são os meus favoritos...:D
Beijo e abraço

luafeiticeira disse...

Interessante como o narrador toma se agarra a uma das personagens, usando algum do seu vocabulário.
Beijos

Magnolia disse...

FRANCISCO DEL MUNDO, continua a acompanhar os teus favoritos, porque novas revelações vão surgir.
LUA FEITICEIRA, referes-te ao Marcos? :) Nada como adaptar as necessidades das revelações. beijinhos