segunda-feira

Estão sozinhos?

No topo do Edificio Magnolia, o terraço comum a todos os inquilinos tem estado impraticável. As obras já decorrem há algum tempo e muitos dos moradores já não vêm a hora do fim. Uma mistura de aborrecimento com ansiedade. E a expectativa do fim dessas obras deixa qualquer um dos inquilinos com curiosidade. Por vezes é possivel ver um dos elementos que reside neste empreendimento a dirigir-se ao terraço e espreitar o que já está feito. No entanto, é preciso espreitar com atenção. A esta hora da noite, é bem provável encontrar alguém que não pretende ser visto. Pelo menos ali. Pelo menos assim. Pelo menos, não da forma como Laura e Afonso se mantém. Depois de jantar, depois de convencerem a menina a ir deitar-se, depois de todas as tarefas domésticas realizadas, o casal escondeu-se no terraço, invocando a desculpa perante a filha de Laura que iam estender uma enorme peça de roupa. Falso. Extremamente falso. Desde o inicio das obras que ninguém ousou a estender roupa naquele espaço. Ainda que não seja impossivel perceber que eles estão ali. Ainda que uma mente perspicaz consiga raciocinar o que eles possam estar a fazer, Afonso e a sua namorada resguardaram-se num canto que lhes permite percepcionar se alguém subir o último lance de escadas do Edificio Magnolia. Apenas, só apenas aqueles que despertarem a sua curiosidade através da porta de ferro, conseguem descobrir o casal. Laura está sentada no colo de Afonso. As calças de ganga dela já não se agarram à cintura. O mesmo sucede com as cuecas brancas. De costas para o namorado, ela senta-se sobre as pernas dele e sente o sexo do parceiro a roçar nas suas nádegas.
- Tens que entrar rápido...Não quero que apareça ninguém... - diz Laura.
- Achas que eu quero?
- Não sei....Se calhar excitava-te que algum dos vizinhos entrasse...Gostavas que ela entrasse?...
- Talvez....Agora não....Agora quero-te....
Afonso segura as ancas da namorada. Tem o sexo excitado e o olhar direccionado para o espaço quente entre as nádegas dela. Depois de se certificar que ninguém os possa ver fora do perímetro do terraço, depois de se concentrar nos sons em redor, Laura entrega-se. Faz força nos joelhos e ergue-se ligeiramente. Com três dedos, ele ajeita o seu pénis e escorrega-o pela pele da sua namorada. Quando a mulher sente a ponta da picha a roçar os seus lábios vaginais, volta a impulsionar o seu corpo para baixo. Senta-se no colo dele, deixando o pedaço de carne deslizar pelo seu intimo. Ela segura as mãos aos joelhos e ele começa a puxar a camisola dela para cima.
- Ohhh....siimmm....Afonso...temos que ir até ao fim...ouviste?
- Sim....Abraça-te a mim.
As ancas de Laura movem-se para cavalgar sobre as coxas de Afonso. É evidente a excitação entre os dois. Corre uma brisa fresca, mas mesmo assim ele puxa um pouco mais a camisola da parceira e vagueia as mãos até ao peito de Laura. Afonso envolve o corpo da namorada. E mesmo que suporte sobre as suas pernas a mulher que ama, o facto de ter o seu sexo enterrado na rata dela, estimula o jovem para fazer força nos joelhos e incitá-la a saltar com mais força. O abraço vai acontecendo. Transforma-se. De uma forma que só eles sabem conceber. Num jeito que os aproxima mais do que nuca. Mesmo que seja um sitio inusitado. Mesmo que haja um enorme risco de alguém aparecer e confrontá-los. Ou quem sabe, alguém estar a espreitar.
- Era aqui que a querias foder...uhm? Era aqui, amor?
- Não....era ali, junto ao parapeito....ohhh....
- Uhmmm!!!!...Isso agrada-me...ah...oh, estás a saber bem!
- Gostas?....Gostas que te foda assim?....É louco, não é?
- Ohhh... é...mor... uhmmm...fica atento..ohhh.... excitava-me...uhmmm...se aparecesse alguém...
Ao ouvir os desejos da sua namorada, Afonso cola a cabeça às costas da namorada, aperta as mamas com um pouco mais de força, mas sempre carinhosamente e empurra o corpo dela contra a sua cintura. Procura fazer mais força nos joelhos, acelerar o ritmo das penetrações e entrar bem fundo nela. Ao mesmo tempo que se delicia com a rata de Laura, tenta tornar aquele momento numa rapidinha imperceptível a um prédio inteiro. As pernas dela abrem-se um pouco, para deixar o sexo do parceiro escorregar com mais facilidade. Desta forma, própria clitóris de Laura se sente estimulado. Eles não estão nús. As calças de Laura estão presas às suas coxas e Afonso praticamente só tirou o sexo para fora. Ainda assim, uma volúpia carnal invadia-os. E essa intensidade é estimulada pela adrenalina de saber que a qualquer momento alguém pode ver. Laura vai cerrando os olhos, excitada com cada penetração do seu namorado. Ainda assim, quando ela os abre, o seu olhar foca-se no prédio em frente, onde há uma luz que acende e desliga frequentemente. Talvez seja um candeeiro. Talvez seja a luz de uma casa de banho. Talvez seja alguém que ainda não quis acreditar que os vizinhos estão a foder num terraço, pouco depois da hora de jantar.
- Vais-te vir? Vais, amor?...Vem-te! Vem-te dentro de mim...Estás a pôr-me louca...
- Ohh...uhmmm...eu quero que gemas...eu quero saber que alguém ouviu....
- Não queres nada...uhm...ohh...tu só estás demasiado teso...e não queres que ninguém oiça....
- Ahhh...eu quero que os vizinhos daquele prédio oiçam....eu quero que ela oiça....
Ela salta. Cavalga sobre o namorado e sabe que tudo vai ceder. A luz no prédio em frente finalmente desligou-se. O som dos movimentos da rua do Edificio também parece ter-se desligado. Porque tudo se dissipa quando Laura e Afonso se vêm em conjunto. Ele liberta-se para dentro dela. Veemente. Com uma intensidade que o obriga a abraçar-se com mais força. Aperta os braços no tronco dela, enche as mãos com os seios redondos de Laura. E a sua namorada geme. Procura resistir e evitar soltar gritos comprometedores. No entanto, a sua tesão é mais forte que a sua própria vontade. A estimulação da sua rata e o liquido escaldante dentro de si, transportam um enorme sentimento de loucura pelo corpo de Laura, até alcançar os pulmões. As bolas de ar atingem um limite máximo e querem explodir. O orgasmo é libertado como um vulcão. Neste caso, um vulcão sonoro. Todo o corpo da mulher vibra, ao mesmo tempo que Afonso procura introduzir o sexo até ao ponto máximo. Quando o poder da explosão carnal os devora, eles cedem. Laura pára de saltar e deixa-se estar sentada em cima dele. Afonso beija a pele das costas da sua namorada e deixa cair as mãos por entre as pernas da mulher.
- Vais chamá-la?
- Uhm...vou...
- Vais fodê-la aqui?
- É isso que queres?
- Ohhh...foi isso que me fez vir.....
Talvez alguém viu. Possivelmente alguém ouviu. Existe uma hipótese de alguém ter percebido quem estava no terraço e o que estavam exactamente a fazer. Inclusivamente ela. De qualquer forma, eles gozaram. Aproveitam aquele momento e cedo vão voltar à rotina familiar. Mas num banco improvisado junto ao gradeamento que define a área da zona em construção, Laura e Afonso exprimem toda a sua loucura. E já nem sequer importa se junto ao portão de acesso ao terraço possa estar efectivamente alguém. A linha ténue entre desejo, fantasia e poder estimula-os ao ponto de nem eles percepcionarem se estão sozinhos.

9 comentários:

luafeiticeira disse...

Primeiro, a varanda, agora o terraço, realmente à velocidade a que escreves, já é Verrão:_)
beijos

Anónimo disse...

tentarei seguir mais atentamente. O tempo não é muito mas tenho espreitado sempre que posso!

Naiguata disse...

Excelente post.... acho que vou passar por cá mais vezes

Nai

luafeiticeira disse...

Páscoa feliz e um beijo da Alice no país das Pascoavilhas.

Magnolia disse...

LUA FEITICEIRA, é Primavera, mas ainda não é Verão. Quando o Verão chegar, tudo é possivel. Atempadamente, será feita uma análise à Alice :)
NOIVO, continua a espreitar. Espreitar é melhor do que não visitar :)
NAIGUATA, novos visitantes são sempre bem-vindos. Agradeço-te a visita :)

Anónimo disse...

Ola,regressei hoje de ferias e ja nao aguentava de vir espreitar os moradores....sempre muito interressante e parece que os casais estao muito mais calmos.
Gostei muito e anseio por o seguimento...mas algo escapou-me,que obras estao a ser feitas?Hmmmmmmmm mal posso esperar.
Jo

Anónimo disse...

Acompanho este Blog desde a fundação. Textos de elevadíssima carga erótica, mas cada vez mais espaçados!... Em férias, falta de tempo ou a inspiração a acabar? A ser verdade esta hipótese tenho pena. Aguardo notícias e mais textos

Anónimo disse...

Ufa...tava a ver que so eu e que sentis isso..afinal cada vez ha mais espaço entre os textos..com pena nossa,concordo com o maduro.
Quro voltar a minha leitura diaria!
Beijo
Jo

Marisa disse...

Gostei do se blog.
Muito bom mesmo.
:-)
voltarei.