quinta-feira

Chuva intensa

Chove a cântaros. Cai água no chão da cidade a potes. Nas palavras do povo, chove o que Deus lhe dá. A pluviosidade desta noite assemelha-se a um manto de água, feito de imensas gotas gordas e passível de encharcar qualquer corpo até aos ossos. Por outras palavras, a meteorologia desta noite, convida a ficar em casa. A sala está acolhedora. Aquecida. Intima. Romântica. Os olhares cruzam-se. Comunicam palavras silenciosas de desejo entre si. Transmitem uma quimica ardente que se sente. Se chuva pingasse daquele tecto, fervia. Maria José e Henrique partilham a mesma refeição. Preparado pela mulher e apreciado pelo convidado, o jantar decorre com algum silêncio. Ouvem-se os pingos de chuva que batem no vidro da janela. Ouvem-se os talheres a tilintar entre si e nos pratos. Ouve-se a ruidosa troca de pensamentos entre os dois. Henrique vai levantando o olhar a cada garfada. Maria José tem o sorriso fixo no seu inusitado amante.
- Ainda não me disseste o que estamos a comemorar... - pergunta Henrique.
- Temos que estar a festejar alguma coisa só porque te faço o jantar?
- As velas, o ambiente calmo, o teu sorriso...o teu sorriso é sempre sinónimo de uma felicidade enorme dentro de ti...
- Verdade...
- Então?!...
- Faz hoje vinte e três anos que me casei...
- E?...Isso é mesmo um motivo para festejar?...Maria José, não sei se te apercebeste, estás divorciada...
- Por isso mesmo!...
- E porquê comemorar isso comigo?
- Sei lá!...Porque acordei mal disposta. Porque tive que almoçar sozinha. Porque passei a tarde toda a chorar.... Estou a comemorar contigo porque não quero mais pensar naquele homem. Porque me sabe bem estar contigo. Porque me apetece ter-te...
Henrique engole em seco. Não que ele não saiba que naquele jantar está implicito uma sobremesa mais longa e saborosa. Não que não lhe apeteça ouvir palavras quentes da boca da cunhada. Mas a progressiva mudança nas atitudes da irmã da sua esposa desaparecida, surpreende-o constantemente. Maria José levanta-se. Ainda não terminou a refeição, mas está decidida. Desliza a mão pela mesa e aproxima-se do seu amante. Passa a mão pela sua face, sorri para ele, vagueia a mão por todo o corpo dele até chegar à cintura e ajoelha-se. Mantém o olhar preso à face de Henrique e abre-lhe as calças. O homem percebe. Entende o que ela pretende. Antecipa as acções dela. Pousa os talheres e movimenta-se na cadeira. Ajuda Maria José a retirar parte das calças. O seu sexo já está excitado. É esse o poder que os olhos intensos da mulher têm sobre ele. É esse o poder que as mãos finas dela exercem sobre o seu corpo. A professora retira o sexo dele dentro dos boxers masculinos. Confiante e convicta do que aquela noite ainda lhe pode dar, ela enche a sua mão com o pedaço de carne rija e molha a ponta com os seus lábios. Apesar de atordoado com a precipitação de acontecimentos naquele jantar, Henrique deixa-se levar. Abre as pernas e assiste ao broche que a mulher iniciou. Calmamente, ela chupa o objecto do seu desejo. Exerce pressão sobre a carne sensivel da ponta e segura todo o sexo. A outra mão puxa o tecido da roupa interior para baixo, descobrindo todos os órgãos genitais do homem. Procura apalpar tudo o que é possivel, de modo a saber o que tem em mãos. Insere a picha progressivamente na boca enquanto pendula a sua cabeça para cima e para baixo.
- Uhm... Maria José...Tens que deixar isso para trás... Tens que esquecer que ele existiu.....uhmm...Ou pelo menos tens que esquecer que ele existe na tua vida...ohh....
Maria José está ajoelhada, com o rabo sentado em cima dos calcanhares. Pousa os cotovelos em cima das coxas dele e concentra-se em cada movimento que faz. A sua boca enche-se quase toda com o sexo empolgado dele. Calmamente. Mesmo muito calmamente. O broche é feito com delicadeza, com ternura, como demonstração de querer dar algo à sua companhia desta noite. E com o prazer carnal dentro da boca, Maria José vai esquecendo o verdadeiro significado deste dia.
- Sabe bem... Sabe mesmo bem... Ele de facto não sabe o que perde...nunca soube o que tinha...uhmm....és fantástica...uhmmm....
Ela agarra as bolas. Enche a mão com tamanho volume. Coloca a boca toda de novo a envolver o pénis e chupa com força. Mantém-se assim por cinco segundos e depois puxa a cabeça para trás. Volta a erguer o olhar e sorri para ele. Faz força nos joelhos e levanta-se. Roça os lábios na pele madura da face dele e beija-lhe a orelha. Pega na mão dele e puxa-o.
Henrique já não tem calças, nem tão pouco cuecas. Está de pé diante da sua amante. Maria José está sentada na sanita da casa de banho. Apesar de ainda estar de lingerie preta, a mulher está apenas sentada. As suas mãos suaves acariciam as coxas dele e deslizam até às nádegas firmes do homem. O olhar dela ainda está fixo à face do homem. Sorri para ele, mostrando-lhe que ainda pode dar mais. A sua mão empurra a cintura dele para mais perto de si.
- És uma mulher bonita...Inteligente...Quente....
A boca dela procura a ponta do sexo masculino. Segura-a com os dentes e chupa-a ligeiramente. O corpo de Henrique mantém-se de pé, entre as coxas da mulher que se senta na porcelana branca. As mãos dele passam pelos cabelos loiros da mulher. A palma da mão esquerda de Maria José levita com sensibilidade as bolas que descaem por baixo do pénis.
- Ainda tens muito para dar...ainda tens tanto para receber...uhm...simm...só te podes apaixonar ainda mais...cometer loucuras até...amar de novo, quem sabe....uhm...não pares...
A palma dos dedos da mulher colocam-se por trás dos testiculos e empurram um pouco para si. O polegar faz a força oposta de uma forma ligeira. Maria Jose segura as bolas com uma delicadeza impressionante. Ao mesmo tempo, engole o sexo todo. Fá-lo escorregar na sua lingua. Molha-o de cada vez que volta para trás. E depois, retorna a saborear. Maria José chupa o amante como se nunca o tivesse feito na vida. Como se quisesse saborear aquela carne até à exaustão. O seu membro direito quase abraça a cintura de Henrique, obrigando-o a movimentar-se.
- Oh...sim... Eu gosto de estar aqui, Maria José...gosto das noites que passamos...das fodas loucas a...uhmmm...das fodas loucas a meio da tarde....gosto como me chupas....uhm...é tão bom...
A lingua dela atravessa toda a parte inferior da picha. Chupa as bolas, ao mesmo tempo que continua a puxar levemente os testiculos do homem. Os seus gemidos abafados, o seu olhar que pendula entre o trabalho que efectua e a procura em atingir o olhar do homem e a busca em intensificar o ritmo das chupadelas, demonstram que Maria José está a gostar. Está a sentir que Henrique não recusa o prazer da sua boca madura. E que aguarda. E aguarda imenso. Ao primeiro gemido mais intenso do homem. À primeira sensação escaldante que provém das bolas dele. À inevitável sensação de excitação extrema da picha dele. Maria José pressente que o homem começa a ficar louco com o broche. Ela tira a carne da boca, aperta os dedos com força por um segundo no chumaço e olha para ele.
- Vai para o quarto. Deixa-me agora fazer xixi... - diz ela.
E aguenta o sorriso. Aguenta a palpitação nos lábios fervorosos. Aguenta a excitação no seu amante, surpreendido por ela parar de novo de chupar. Maria José puxa as cuecas pretas para baixo no mesmo momento em que o homem sai da casa de banho.
Henrique está ajoelhado, mas firme, em cima do colchão da cama da mulher que lhe arrendou o 1º direito. Entre os seus joelhos, debaixo de si, está Maria José. Deitada, apenas vestida com as cuecas e com a picha entesada dele no vale dos seus seios. As suas mãos apalpam as próprias mamas. e apertam-nas contra o sexo dele. Brincam com ele. Excitam-no com a humidade que percorre a pele macia e pálida do seu peito. Os bicos entesados roçam na ponta do brinquedo sexual. O sorriso dela não descola. Liberta-se da sua face entusiasmada e é enviado para a alma dele. Henrique sente a mulher excitada. Há na professora uma sensação de necessidade. As amarguras que povoam o seu espirito, misturadas com o desejo que subitamente invadiu o coração e o corpo dela, transmitem a imagem de uma mulher ansiosa e desejosa de sexo, de paixão, de carne, de envolvimento. É um despertar surreal. E nem a Henrique ela consegue esconder isso.
- Tens sido fantástica...Põe...uhm...tens sido uma amante incrivel...tens-te entregue como eu jamais poderia imaginar....uhm...Põe na tua boca....
Ele segura no seu próprio sexo e coloca-o diante da boca da mulher. Maria José volta a agarrar as bolas com força e coloca a picha toda na sua boca. Desta vez, ela sente um sexo inchado, grande demais para ela o poder engolir por completo. Desta vez, ela sente-se livre para gozar todo o prazer. Desta vez, ela cerra os dedos com alguma pressão na carne do sexo dele.
- Ooohhh....Maria José...uhmmm....o que é que mudou em ti?!...Uhmmm...Estás diferente...tão diferente!....
A cabeça dela procura mexer-se. Mesmo estando debaixo dele. Mesmo estando com os movimentos mais presos, a professora mexe a cabeça por forma a conseguir chupar toda a picha. E consegue. E deixa-o louco. As bolas dele escorregam pelos seios fofinhos da mulher. Ajoelhado na cama, numa posição de posse, Henrique sabe, contudo, que é ela que o está a controlar. Limita-se a assitir ao broche longo, delicado, calmo, mas poderoso que a amante exigiu. A intensidade dos movimentos da boca de Maria José é tenebrosa. Para a frente e para trás. Molha o sexo, passa a lingua pela ponta, com toda a carne a encher a boca, trinca a base do sexo, puxa a cabeça para trás e roça os dentes em toda a extensão do pénis. Henrique enlouquece. Sente-se a explodir.
- Tu nunca foste assim..uhmmm....Nem mesmo quando eras casada....ohhhhh! Agora estás mais... ohhh... Estás mais solta... uhmm... ahh... Estás mais... ohhh, Maria José... sim.. oohh... siim... estás mais...ohhh....cabraahh!...Ohhhhh...siiiimmm!...
Um jacto de prazer é libertado do sexo dele quando a mulher acaba de chupar a ponta. O resto do gozo de Henrique é espalhado pelo pescoço enrugado da amante, pelo peito aberto da mulher, pelos mamilos escaldantes da professora, por quase todo o corpo de Maria José. Ele vai perdendo forças e o seu corpo pendula na direcção dela. E tudo o que ela chupou ao seu amante. E tudo o que ela ouviu da boca do seu cunhado serve apenas para ela confirmar a si mesma que está solta. Maria José é uma mulher livre, sem datas nostálgicas para recordar e atormentar, sem amantes que a façam sentir alguém presa à idade. No momento em que se ri e em que esfrega o sexo consolado de Henrique, Maria José ama o que é e como quer continuar a ser.
- Ainda quero entrar em ti, Maria José...Ainda tenho vontade de te comer, de te provar de te fazer...
- Não Henrique...és um homem lindo e hoje iria querer-te toda a noite.
- Mas...
- Mas hoje, infelizmente....não posso.
Limitados por condições fisicas dificeis de contornar, os dois adultos limitam-se a saborear o prazer daquela noite em que podem adormecer juntos. Agarrados um ao outro, quase nús. Envoltos num lençol caloroso. Guardados por uma paixão peculiar. A chuva cai lá fora a potes. Entoa uma sinfonia descoordenada mas melodiosa. Aos ouvidos dela, tudo parece simples naquele serão. Pode chover toda a noite, mas a felicidade de Maria José resume-se assim.

7 comentários:

Adore disse...

Em clima de comemorações, achei bem atribuir um prémio a este blog que tantos fãs conquista diariamente :)

beijinho

Anónimo disse...

"Ouve-se a ruidosa troca de pensamentos entre os dois.".

O blog Provoca-me está a fazer escola. A frase acima é provocadora gratuita. Fala muito sem explicar. Assim são as coisas neste condominio. Não adianta esmiuçar. Os acontecimentos são inebriantes com direito a pano de fundo climático depois de termos fundos, músicais e de gastronomia da Tereza. E os diálogos? Surpreendentes uma vez que nos faz entender cada vez mais a personalidade de cada morador deste edifício. Nos impressiona as dualidades de alguns moradores onde eles ficam divididos sem reconhecer a verdadeira personalidade. A propósito, já não se fala mais da ficção e do real. As cartas estão embaralhadas e os leitores confusos. Já há quem duvide de personagem real. Quem viver saberá. Aguardemos os proximos capítulos.
Bejos para as mulheres e abraços para os homens.
Julio 135

Anonimo do Algarve disse...

Até mesmo as senhoras maduras gostam de sexo, e está provado k faz bem a saude. Eu pessoalmente prefiro as maduras, tem mais sabedoria e experiencia de vida, atençao n é so sexo.

Bjs

Adore disse...

Magnólia "para ti tenho todo o tempo do mundo" :)

luafeiticeira disse...

Maria josé com o peíodo, uma personagem menstruada foi coisa que nunca me tinha passado pela cabeça. Realmente há quem pense em tudo.
beijos

Red Light Special disse...

Tu consegues tocar todas as nuances, todas as vertentes da sexualidade. É impressionante.
Desta feita a condição feminina em destaque, que nao impede o prazer, mas que o condiciona.
Muito bom!

Magnolia disse...

ADORE, o prémio já foi recebido e já foi entregue aos devidos merecedores de tal. Claro que muitos mais haveriam, mas foi decidido partilhá-los de uma forma peculiar.
JULIO 135, a personagem real continua a existir. E mesmo que a dúvida paire no ar, o importante é mesmo isso. É infiltrarem-se nas personagens. Favoritos ou não, reais ou não.
ANONIMO DO ALGARVE, as mulheres maduras têm uma visão muito própria da vida. E dentro dessa maturidade, é preciso que elas saibam fugir à rotina, ao cansaço de tanto existir e amadurecer.
LUA FEITICEIRA, uma personagem, real ou não, tem todos os constrangimentos de um ser humano, neste caso feminino.
RED LIGHT SPECIAL, há uma tentativa de que se consiga agarrar de todos os moradores e visitas essas nuances. As particularidades da sexualidade que muitas vezes estão apenas escondidas em nós.