sexta-feira

Coppélia

Publicado a 29-12-2008
Dança-se sobre a ideia de uma troca de parceiros. Actua na incerteza do amor exclusivo. Interpreta a desconfiança e o ciúme, a paixão e a fantasia, a vingança e a redenção. Coppélia é um ballet com uma dose de comédia, outra de sentimentalismo e uma pitada de surrealidade. Estreada em Paris no século XIX, foi o ballet mais representado na Ópera Garnier, na Cidade- Luz. Conta a história de Swanilda e o seu noivo, Franz, que se interpõem na vida do Doutor Coppelius, que fabrica brinquedos e tem fama de bruxo, bem como da sua boneca Coppelia, tão semelhante à carne humana. A curiosidade e o fervor do que se quer revelar misturam estas quatro personagens.
Quem são estas pessoas que se coincidem numa traição simultânea ao casamento? Que novidade proibida é esta que os tornam insanes por um objecto de desejo tão pessoal, tão escaldante, tão perigoso, tão real? Repete-se agora a dança que Helena e Rodrigo dançaram com os seus amantes, casados um com o outro, a sete minutos das cinco. Quem são eles? Mário é um médico de clínica geral, com um consultório privado na baixa da cidade. Casado há quase vinte anos com uma mulher que lhe deu uma concepção de família, dois filhos lindos e uma estabilidade paralela à sua carreira de sucesso. Colecciona amantes dentro do seu consultório, experimentado aventuras sexuais que se guardam no segredo da sua imagem social. Ainda assim, preza em esforçar-se para que o seu lar seja uma riqueza de sentimentos. Anabela é a devota esposa deste médico. Dona de casa por gosto mas também dedicação, acumula funções escriturárias numa firma de construção civil que pertence aos seus progenitores. Assim, tanto pode ter um inusitado avental a cobrir-lhe o corpo como pode evocar as curvas do seu corpo num fato clássico mas também ousado. Os filhos, esses, trouxe-os ao mundo na forma de casal e todos os dias servem para espelhar a imagem que ela quer dar de si mesma. Nos seus segredos mais íntimos, guarda uma mão cheia de amantes, resgatados nas triviais tarefas diárias de uma mãe e esposa e que se escondem nos libertinos horários que o divergem do marido.
Helena é mais uma das belas mulheres que acorreu ao consultório do Dr. Mário, em busca de uma consulta dispendiosa, mas privilegiada. Começou com o rumor que Helena ouviu de uma amiga de sessões de cabeleireiro, sobre um médico maduro e sensual. Avançou com uma anormal queixa do seu filho mais novo, no joelho dorido. Penetrou no arrebatamento que ela sentiu ao estar diante dele, sentindo a mão direita possante do médico quando o cumprimentou e um olhar devorador em todo o tempo da consulta. Confirmou-se quando ele passou a mão sobre a coxa descoberta dela, por debaixo da sua secretária, com o paciente adolescente ali mesmo ao lado. Gerou-se quando Helena voltou sozinha para receber os resultados dos exames do seu filho. Eles eram casados e desejavam ter em comum a ânsia de serem apaixonadamente infiéis.
Rodrigo é o amante maduro de Anabela. É ele que tem aquele ar de homem sério, comprometido mas infiel. Atrevido mas com telhados de vidro. Os outros são apenas pedaços de um homem perfeito que a mulher tenta encontrar em todo o esplendor no seu marido. Desde o jovem universitário que se torna incansável no saciar das suas frenéticas sedes libidinosas, até ao depravado talhante que lhe satisfaz as mais mordazes fantasias sexuais. Começando no vizinho reformado que faz pequenos arranjos no apartamento e no seu corpo obscuramente lascivo, terminando no inexperiente mas encantador colega de trabalho, recentemente casado com uma jovem católica praticante. Mas Rodrigo é diferente de todos estes amantes. Para Anabela, ele é o intermédio dos outros amantes, porque lhe traz um equilíbrio de sensações proibidas.
Quis entrar quase imperceptível. Ainda assim, teve que enfrentar a assistente do Dr. Mário, uma mulher de cinquenta anos, gélida mas consciente do carácter debochado do consultório onde trabalha. O seu posto de trabalho está assegurado pelo sigilo que ela se compromete em manter de cada vez que permite uma mulher como Helena em entrar pela porta atrás de si. O médico recebeu-a com o mesmo olhar penetrante, com um indesmentível gozo de quem sabe receber. Helena entregou-se como quem pagou para ter aquele homem. Deixou que o seu corpo se tornasse frágil, maneável e volátil. Despiu o casaco, evidenciando a suavidade da sua roupa, descaradamente fácil de retirar. Atrás do biombo branco, Mário abriu a blusa branca da amante e invadiu a mulher com as suas mãos quentes e carinhosas, num abraço intenso, embrulhado na respiração ansiosa dela. Por detrás desse biombo, o doutor examinou a tesão de Helena, certificando-se que os seus seios estavam a arder de desejo. E ela pertencia a todo o querer do seu amante.
Conheceram-se no sapateiro, dois quarteirões acima do Edifício Magnólia. Ela rebuscou um olhar inocente, ele desvendou-lhe a alma sensual e feroz. Partilharam o atendimento do velho por detrás do balcão e imaginaram um beijo voraz em qualquer sítio, desde que fosse imediato. Os sapatos estavam remendados, pela segunda vez no espaço de uma semana. Rodrigo lançou um sorriso indiscreto e vislumbrou toda a postura feminina. Ela não tinha o avental vestido, nem tão pouco o fato profissional. Ainda assim, Anabela mostrava o seu corpo maduro, os seus gestos sábios, o seu peito firme. Regressar pelos dois quarteirões é suficiente para Anabela se sentir novamente conquistada pela adrenalina do seu amante. Subir até ao 1º esquerdo justificava-se na necessidade de extravasar a volúpia sentida em todos aqueles passos. Rodrigo voltou a beijá-la após fechar a porta, com a garantia de que tão cedo ninguém regressava à sua casa.
No ballet, o casal pode fingir ser outro alguém. Nem que fosse para perceber até onde é que consegue chegar. Nem que para isso tenha que surgir algo de diferente na sua vida, algo que revele uma outra personalidade desconhecida. Em Coppelia, a jovem procurou disfarçar-se de boneca, deixando-se entregue aos caprichos do Dr. Coppelius.
O divã do consultório excitava Helena. A ideia de fragilidade, de inocência, de permissão preenchia as fantasias da mulher. A sua blusa branca estava presa junto aos cotovelos, ainda que o seu soutien bordeuax já se estendia no chão. Os seus mamilos arrebitavam em bico, oferecendo-se ao fervor do doutor que a empurrava agora em direcção à cama clínica. Ao mesmo tempo, ele puxava-lhe a saia azul para cima, fazendo-a escorregar pelas coxas meigas de Helena. A mulher casada sentou-se sobre a cama, aguardando os gestos do seu amante. Mário colocou-se vagarosamente entre os joelhos dela, acariciando as mamas excitadas da mulher. Aproximou a sua face do pescoço dela e empurrou-a delicadamente para trás. Leve como uma pena, Helena deslizava os seus membros como um fantoche. As suas nádegas escorregavam pelo tecido da cama, enquanto a sua perna esquerda se erguia ligeiramente. O seu sapato de salto alto descolou-se do chão e cada vez mais, Helena era volátil.
Anabela tinha um peito desconcertante. Assim que ela retirou a camisola de algodão bege, os seios volumosos e descaídos pularam diante do olhar de Rodrigo. Brancas, suaves, com uma ténue transparência dos seus quarenta e alguns anos, mamilos da cor do cabelo curto e castanho claro, as mamas reservavam uma sensualidade invulgar. Misturavam a sua aparência maternal com uma postura apaixonada, evidenciando uma pureza fictícia. O peito de Anabela clamava para ser tocado, para ser beijado, para ser comido, para ser devorado. O peito da mulher casada, mãe de dois filhos e objecto de desejo de tantos amantes, era um tesouro que só ela sabia guardar. A varanda do apartamento de Rodrigo tornava-se um lugar inusitado para despir uma amante fogosa. Ela estava sentada num pequeno banco, encostado ao muro. Conseguia encostar o pescoço no parapeito daquele espaço aberto. Não era de todo impossível que alguém pudesse avistar Rodrigo a retirar calmamente as calças femininas e perceber o que o inquilino estava prestes a fazer. Mas Anabela não se importava. Encantava-se com as mãos dele que entretanto retiravam as cuecas brancas da mulher casada. Ajoelhado no chão, ele aproximou-se do peito da amante e colou a boca no vale apertado, entre as mamas que ele ousou segurar com veemência. Anabela abraçou a cabeça dele e apertou-o contra o seu peito rijo e entesado. As mãos de Rodrigo apalparam as nádegas ligeiramente flácidas da mulher, mãe de filhos. As pernas dela abriram-se e permitiram que a ponta dos dedos dele começasse a deleitar os seus lábios vaginais.
O Dr. Coppelius enfeitiça a sua falsa boneca. Torna-a parte do seu mundo surreal e fá-la dançar no interior da sua casa. Swanilda entende o que é ser manipulada, mas também admirada. Franz aguarda cá fora pela verdadeira boneca doce e cantante. Ainda encantado por Coppelia, não deduz que o seu deslumbramento o cega da outra realidade.
Não havia pressa, mas também não era pretendido que fosse longo. Helena estava à mercê dos caprichos do seu doutor. A sua perna direita erguia-se o mais alto que podia, encostada ao peito do médico. A perna esquerda procurava tocar o chão, equilibrá-la na cama e manter o caminho aberto para que o sexo do seu amante a penetrasse incessantemente. Os seus braços estavam limitados pelo pedaço de tecido branco que ainda não tinha sido do seu corpo. Ainda assim, a mão esquerda segurava o seu corpo, pressionada no colchão da cama clínica. O seu tronco estava assim numa diagonal que lhe permitia sentir cada entrada dele no seu intimo. A mão direita de Helena apoiava-se no pescoço do médico, para que ela não caísse, mas ao mesmo tempo demonstrando o quanto ela se deliciava com cada penetração. Porque Mário entregava toda a sua dedicação à mulher que ambicionava meia hora da sua consulta. De pé, ele exercitava a sua cintura de forma a que cada penetração parecesse imensa, trouxesse calor ao interior do sexo feminino e colocasse Helena nas nuvens. E ela gemia quando isso acontecia. Ela soltava dos seus pulmões a reacção mágica às maravilhas que o pénis duro e longo de Mário trabalhava dentro de si. Como dois loucos, o médico e a mulher fodiam sem parar. Não havia sequer um limite imposto. Ele queria devorá-la. Ela só queria que aquilo jamais terminasse. A face dela derretia, o seu pescoço suava rios de prazer e as mamas desfaziam-se tal era a intensidade exercida pelo seu corpo. O sexo de Mário preenchia a sua rata e ela julgava que ele nunca mais ia parar de inchar. O médico era incitado a não cessar o ritmo das suas penetrações. Fodia a mulher madura, tão semelhante a si, como se fosse a última vez que lhe fosse concedido um momento assim. Apenas e só com as calças dobradas nos tornozelos, Mário segurava o corpo da mulher pelas costas, sugando por vezes os seios molhados e morenos da mulher. Na proibição do lugar, do momento, da acção, Helena incitava o doutor a fodê-la. Procurava olhá-lo nos olhos, mas a cópula era tão vibrante que todo o seu corpo estremecia de cada vez que ele se aprofundava dentro dela. Mário sentiu a mulher encharcada e guardou as últimas forças para aquele espaço de tempo em que Helena sentiu uma tontura vertiginosa e o sexo dele a explodir dentro de si.
Já tinha acontecido anteriormente. Aquela varanda experimentou o desejo carnal entre marido e mulher por um bom punhado de vezes. Mas nunca outrora Rodrigo se sentiu tão descomplexado em provar uma mulher casada num lugar tão inusitado dentro do seu apartamento. E a mulher que estava bela e nua diante de si, não era a sua esposa. Era a conjugue de outro alguém que ele desconhecia. A carne que se entregava a si, aberta e com um aroma único, era uma amante que tinha tanto a perder como ele próprio. Por isso, ele não hesitou em colocar a sua boca na vagina húmida e bonita, que por uns momentos lhe pertenceu. Anabela apertou as coxas contra a cabeça dele, demonstrando que não estava receosa do que poderia acontecer. Ela acariciou os cabelos do homem e fez pressão com os dedos na nuca dele. Rodrigo tinha um convite para lamber o sexo saboroso. Porque os seus lábios sentiram logo a divindade daquela rata madura. A sua lingua deslizou por entre os folhos vaginais e as suas papilas gustativas sentiram os sucos deliciosos do âmago da mulher. E Anabela tremeu. As suas mamas pressentiram os gestos de prazer que eram entregues àquele corpo. Os mamilos pareciam florescer e o vale do peito começou a suar. Anabela soltou um sorriso, cerrou os olhos, e deixou-se levar por aquele minete soberbo. A sua nuca quase que se encostava na parede atrás de si. Apesar de não estar na sua casa, ela não receava que alguém pudesse ver ou surgir de dentro de casa. Aquele era o seu momento. Ela estava a ser lambida, a ser tocada, a ser mimada. Naquele instante em que a língua do homem fazia cócegas alucinantes no seu clitóris, Anabela tinha em mente que só o seu amante maduro, esse que equilibrava a sua sede sexual, lhe poderia lamber como Rodrigo o fazia. Ela tinha vontade de se tocar, de levar os seus dedos a segurarem aquele deleite. Mas deixou esse pormenor à aptidão e fome do anfitrião. Rodrigo comia a rata. Mas devorava-a num jeito que ele não se recordava de querer. Porque colado à sua boca estava um sexo diferente. Maduro como o da sua esposa, sem dúvida. Molhado como a grande maioria das suas amantes proibidas. Ardente como qualquer mulher que ele deseja. Mas Anabela expelia de si uma magia que o enfeitiçava. Ela era tão somente uma mulher que palpitava o coração da mesma forma que o seu. Rodrigo sabia que à noite podia experimentar algo semelhante. Mas ele queria que fosse diferente. E tornou-o diferente. Rodrigo fez um minete memorável até Anabela demonstrar que só ele a poderia lamber assim. O orgasmo que ela preparava para exaltar era a prova de que no adultério não há lugar para fingimentos.
Swanilda temeu os encantamentos do Dr. Coppelius. Sentiu o seu corpo tremer com o pressentimento de que se ela pode desejar ser uma boneca, também o seu noivo pode desejar ser uma boneca. Na iminência desta preocupação, o mágico e fabricante de brinquedos preferiu afastá-la. Voltou a -la no sítio onde a descobriu e no seu pensamento clamou pela presença da sua boneca.
Helena mal se conseguia mexer. Exausta com o esforço físico e emocional, procurou recompor-se. Sentou-se na cama onde o médico acolhia os pacientes e tentou perceber como podia voltar a vestir a camisa. Também Mário levou algum tempo a encaixar a realidade. Levantou as calças com o sexo ainda molhado e fixou o olhar na mulher a quem ele tinha acabado de dar um prazer imenso mas arriscado. Helena tinha a face ruborizada e ainda estava a ajeitar as cuequinhas quando o seu fervoroso amante se sentou calmamente ao seu lado...
Anabela parecia a mulher mais feliz do mundo. Tinha aquela sensação de que as suas energias se convergiram no seu sexo para depois explodirem por todo o seu corpo numa plena vitalidade. Para a convidada do inquilino do 1º esquerdo, os pequenos problemas da sua vida podiam aguardar. Rodrigo, o homem que a lambeu sem pudor, ergue-se e fez-lhe uma leve caricia nos seus seios frenéticos. Ele encostou-se ao muro da varanda, deixando a cabeça da mulher encostar-se à sua perna. Por uns segundos, Anabela abriu os olhos e inspirou fundo...
- Ele tem uma amante... - confessou Anabela.
- Vou deixá-la... - soltou Mário.
- Acho que até deve ter várias... - disse Anabela.
- Não suporto a ideia de que ela me possa enganar... - desabafou Mário.
- Não sentes o mesmo? - perguntou Anabela.
- Nunca achaste que ele também te enganava? - questionou Mário.
Tanto Helena como Rodrigo ouviram as confissões dos seus amantes com um nó na garganta. As incertezas que tanto Mário como Anabela detinham, foram e iriam continuar a ser os seus maiores tormentos. O casal que os inquilinos infiéis do Edifício Magnólia procuraram para satisfazer os seus caprichos fantasiosos eram o espelho do que eles sentiam. E no momento em que procuravam formular uma resposta, Helena e Rodrigo sentiam-se como o espelho de Anabela e Mário. Também eles desconfiavam da infidelidade do parceiro. Também eles eram culpados. Também eles pensaram terminar tudo, sem sequer meditar sobre o que havia a perder. Depois de alguns momentos de silêncio, Helena puxou a saia para baixo, recompondo-se dentro do que era possível. No instante em que ele recolheu a roupa da sua amante, Rodrigo aproximou-se dela.
- A vida continua... Todos nós queremos ter amantes... Tu não és mais perfeita do que o teu marido... - respondeu Rodrigo.
- Tu não vais querer perder aquilo que tens...Agora apetece-te deixá-la, mostrar-lhe que ela é uma cabra e que nunca te amou... - respondeu Helena.
- Nunca vais deixar de cobiçar outros homens...e vais sempre pensar que ele come outras mulheres... - continuou Rodrigo.
- Amanhã vais perceber que a única mulher que te pode amar é aquela que no silêncio te pode perdoar...esquecer...ignorar... - continuou Helena.
- Somos todos iguais... - concluiu Rodrigo.
- Não somos melhores do que eles... - concluiu Helena.
No pecado de querer algo mais do que se conquistou, eles fecham os olhos ao que fazem, julgando que cometem adultério para justificar o que outrem também faz. Mas tudo isto é um ciclo vicioso e eles só procuram uma desculpa. Anabela e Mário apenas têm uma vida demasiado igual a eles próprios e jamais seriam um espelho perfeito para se olharem e redimirem. Ainda assim, o desejo ultrapassa qualquer culpa. Helena sai do consultório com o pescoço húmido, a face ruborizada e a blusa com botões mal presos. Cumprimenta a assistente desconfiada e cúmplice e termina a sua consulta com um sorriso na face. Rodrigo despede-se da amante com um beijo quente nos lábios fervorosos femininos. A sua boca irá manter aquele sabor cremoso até ao final da tarde, minutos antes da sua adorada esposa chegar a casa.
Franz acordou do encantamento e subiu até à casa do Dr. Coppelius. Encontrou a sua noiva na varanda, sozinha. Ambos perceberam que uma boneca, irá ser sempre fruto de uma imaginação. O que os olhos não vêem, perdoam, esquecem. Assim, Swanilda aceita receber o seu noivo nos seus braços. E apesar de Franz e Swanilda alcançarem o auge do amor que ainda os une, a magia de terem experimentado uma outra alma encantada atravessou para sempre as suas vidas.

7 comentários:

Lize disse...

"No pecado de querer algo mais do que se conquistou, eles fecham os olhos ao que fazem, julgando que cometem adultério para justificar o que outrem também faz. Mas tudo isto é um ciclo vicioso e eles só procuram uma desculpa."

E isto, explica tudo...

Beijocas

Shelyak disse...

Talvez um dos melhores textos/histórias que aqui li e, ainda por cima, do meu casal preferido...
Já tinha saudades de te ler!
:)

Magnolia disse...

LIZE, as coincidências da vida por vezes são espelhos que tememos em confrontar. Ainda assim, mais do que explicar o adultério, creio que Helena e Rodrigo não temeram em provar a carne alheia. :)
Beijinhos
SHELYAK, ainda bem que gostaste. Mas fica prometido que novas histórias mais reveladoras estarão por surgir :)
Fica por aqui...

Lize disse...

Helena e Rodrigo nunca temem em provar a carne alheia. E se temem, provam na mesma, que a vida está cara e é preciso aproveitar o que nos dão :P Se não é este o lema deles, é algo deveras parecido :P

Beijocas

Papinha disse...

Excelente...mais uma vez presenteados de maneira deliciosa!!! :D Agora vou ler o outro texto porque a vontade é muita!!!

Beijinhos
P@pinh@

Unknown disse...

Afinal li mais dois. Os teus textos são mesmo viciantes, que pena que não possam ser uma novela a passar depois da meia noite, na sic radical ou canal do género.
Pois creio que encontraste uma boa forma para que eles continuem juntos, sentirem que traiem só porque o outro também o faz. Treta, mas sempre lhes dá alívio e alento.
jocas

Magnolia disse...

LUA FEITICEIRA, se fossem uma novela perderiam parte da ilusão e fantasia que transmitem. Julgo eu. Apesar de ser um convite aliciante :) Para além disso, ler e imaginar tem sempre mais intensidade. Ou não?
A traição parece acarretar um mundo obscuro de coincidências e moralidades. Ou como tu dizes, é tudo treta.
beijinhos.
LIZE, sim o lema deles tem que ser esse. Só isso pode justificar tanta perdição.
PAPINHA, eu sei que a resposta aos comentários não é pontual :)
beijinhos.