sexta-feira

Experimentar o ventre

Porque a tarde já vai longa. Porque é cedo para receber toda a familia em plena harmonia. Porque ainda há tarefas a fazer mas o fim de semana se aproxima. Por todos estes factores, Helena goza todo o espaço do 1º esquerdo só para si. O jantar está, no seu geral, preparado. A cozinha está arrumada e a sala está preparada para parecer acolhedora. Depois de um dia intenso de trabalho, a mulher guarda alguns momentos para si. Saber-lhe-ia bem ler um livro na varanda. Seria até agradável pegar no filme em dvd e desfrutar do conforto do sofá até a noite cair. No entanto, Helena prefere um banho. Aqueles longos banhos retemperadores, em que a casa de banho se enche de vapor até a respiração se tornar pesada. A água a cair até lavar o corpo todo do peso de uma semana cansativa. É essa a sua decisão. Na cozinha, ela descalça os sapatos e retira as suas calças, atirando-as para o cesto de roupa suja. Despe a blusa cinzenta que envolve o seu tronco enquanto se dirige para o quarto. Antes mesmo de ligar a água do chuveiro, antes mesmo de retirar a tanga preta e a camisola interior, Helena ouve o telemóvel a tocar. Este está pousado em cima da cama. Vibra e toca e tem como responsável pela chamada o funcionário da sua empresa e do seu marido. Hélder está no Edificio Magnolia. Está a trabalhar entre o poço e a casa das máquinas do único elevador em serviço no empreendimento. O amante inusitado de Helena procura compor a pequena falha electrónica que desde há uns dias tem perturbado o normal funcionamento do meio de transporte entre andares. Helena está a par da presença do seu funcionário. Foi ela quem lhe abriu a porta da garagem. Foi ela quem lhe forneceu a chave da minúscula casa das máquinas. Como responsável pelo condominio, é ela que agora tem o condão de poder entregar a chave da caixa que permite voltar a reactivar o sistema do elevador, parado desde há uma hora. Helena ferve. A dois passos de entrar no banho - despir e esperar que a água aquecesse - ela sente esse momento relaxante a desaparecer. Após confirmar com um seco "ok" ao seu funcionário e amante, ela desliga o telefone. Olha para o seu corpo semi-nu e olha em redor. Já não tem as calças para vestir. Procurar umas agora leva demasiado tempo. O robe está pendurado no cabide e apresenta-se como a melhor indumentária para proteger o seu corpo. Pega no telemóvel, pega nas chaves de casa, enfia-os no pequeno bolso do tecido e sai de casa a correr. Sobe as escadas e em pouco tempo consegue aceder ao terraço do topo do Edificio. Hélder aguarda por ela. O homem não esconde a surpresa de ver a amante e patroa naqueles trajes. Ela retira as chaves do bolso e imediatamente abre a caixa que está a gerar a confusão. O olhar de Hélder prende-se nas pernas torneadas da mulher. Suaves, empolgantes, irresistiveis. Ela percebe que alguém perde o olhar no seu corpo. Procura manifestar um ar de incomodada. Mas simplesmente não consegue. O desejo implicito na face do seu funcionário deixa-a irrequieta. Sente o coração apertar, sente os pulmões incharem. E assim que consegue controlar a respiração, Helena soluça quando assiste à entrada, no topo do terraço, de Bruno. Ele é o funcionário mandatado pela empresa de elevadores para confirmar a resolução do problema. Ele é um homem quase a chegar aos trinta, a respirar uma maturidade sensual. Ele é pólvora no olhar de Helena que tilinta. Bruno enche o desejo da mulher casada. Uma pequena faísca e algo pode incendiar.
- Boa tarde, dona Helena.
- Sim....boa tarde....pode tratar-me por....
- ....Helena?...Muito bem, Helena, o problema está resolvido. O elevador poderá funcionar....
O homem repara no robe dela. O homem excita-se com as pernas torneadas e com tudo o que é sugerido que esteja por debaixo daquele pedaço de roupa. O homem passa por ela, roça com o seu corpo imponente por ela e fricciona a excitação que se acumula em Helena. Bruno liga um fusivel na caixa e lança um sorriso directo para a responsável do condominio.
- O elevador poderá funcionar assim que a Helena fechar a caixa....
Por uns segundos ela congela na voz limpida dele. Por uns segundos, Helena bloqueia a sua racionalidade e deixa-se invadir por pensamentos vagos. Quando acorda, olha para Hélder e procura esconder o que lhe vai na alma. Mas o seu amante já percebeu. E quando Helena encerra a caixa, uma mensagem implicita já foi circulada entre os três pensamentos.
- Se a Helena quiser, podemos experimentá-lo....
- Experimentar?!
- Sim...o elevador.
- Ah, pois....Sim, claro....Claro que sim, Bruno.
Mais um olhar, mais um sorriso. A comunicação entre eles silencia-se em gestos ocultos. Mas Hélder intromete-se. Coloca-se junto a Helena e ajuda-a a descer as escadas apertadas para sair do terraço. Ao mesmo tempo, coloca a mão no rabo da mulher, mesmo por baixo do robe. A mão do homem desilzou pelas nádegas macias da mulher, sentindo também o fino tecido da tanga. Helena geme. Ouve-se mesmo ela a gemer. Ao alcance de qualquer ouvido mais sensivel. Ao alcance da percepção de Bruno. Ainda assim, os três adultos prosseguem o caminho pelo corredor do Edificio Magnólia. Não há vizinhos a entrar ou a sair. Daqui a poucos minutos já chega a hora de ponta e aí sim, o elevador tem que estar pronto. Junto à porta cinzenta imponente do terceiro andar, Bruno gira a chave para permitr a abertura em segurança do meio de transporte. Hélder entra primeiro. Seguidamente Helena dá dois passos para se colocar próximo do amante. O funcionário da empresa externa é o último a entrar. Carrega no botão para encerrar a porta e coloca outra chave no painel de funcionamento do ascensor. Ele olha a partir dos espelhos para os outros dois ocupantes e antes de rodar a chave, liberta um sorriso. Helena e Hélder olham para ele com alguma ansiedade.
- Acham mesmo que não se nota? - diz Bruno.
- Peço desculpa? - larga ela.
- Vocês estão quase a comer-se à minha frente e acham que eu vou ficar calado?
- Isso é uma ameaça, Bruno?
- Não, Helena. Não é mesmo uma ameaça. Longe disso.
- Então...o que pretende?
- Eu quero experimentar....Eu quero experimentá-la. A si, Helena.
Um silêncio é gerado entre os três ocupantes do elevador. Com a mão na chave, Bruno aguarda uma resposta. Helena não sabe exactamente o que responder. E Hélder tem demasiado a certeza do que pode acontecer. Assim, dentro daquele espaço minúsculo, o amante da mulher de Rodrigo antecipa-se. Enquanto ela fixa o olhar ferozmente no outro homem, Hélder coloca-se por detrás. Encosta a sua cintura às nádegas dela e coloca a palma das mãos nas coxas descobertas da amante. Helena cerra ligeiramente os olhos e encosta a cabeça um pouco para trás. Ela é conquistada pela excitação. Seja ela entregue por quem quer que tenha de ser. A mulher procura a boca do amante e despeja para lá o seu desejo. Não importa que alguém esteja a ver. Não importa o risco que esteja a correr. A faísca foi accionada. Bruno aproxima-se dos dois adultos que se envolvem num beijo leve. Helena, apesar de ter os olhos cerrados, consegue visualizar o homem. E enquanto Hélder lhe volta a apalpar o rabo, Bruno é chamado pelo olhar dela. É atraído pelo corpo fogoso da mulher. Ela acende o rastilho que termina na mão dele que se cola à cintura dela. Bruno puxa o cordel que ata o robe. A forma da tanga de Helena é revelada aos dois homens. É uma tanga preta, de uma seda quase transparente. Cola-se à pele fria e não consegue tapar o pequeno papo que se desenha entre as pernas da mulher casada. Hélder e Bruno envolvem o corpo da mulher, construindo um abraço a três. Quando Helena se despiu antes de ir para o banho estava longe de imaginar este cenário. Quando a inquilina do 1º esquerdo vestiu o robe para sair de casa, jamais podia prever que dentro do elevador, dois amantes masculinos estariam com uma mão a cobrir ao mesmo tempo o seu sexo.
A casa está encerrada a qualquer olhar alheio. A hora ainda permite um sentimento de segurança. E o espaço é perfeito para tudo ser experimentado. O quarto de Rodrigo e da sua esposa está quente. Um pouco húmido. A cama está suavemente aconchegadora. Helena enloqueceu. Ela sabe que sim. Tem essa certeza no momento em que se senta no colo de Hélder, de costas para o homem e sente a picha dele entrar no seu intimo. Consciencializa-se da loucura que comete, no momento em que acaricia os cabelos de Bruno. Ele está ajoelhado no chão, junto ao fundo da cama. Com uma mão acaricia as coxas abertas da mulher, com a outra puxa o tecido da tanga da amante. Helena é uma mulher casada. Tem dois filhos os quais chegaram daqui a pouco tempo à casa perfeita e arrumada e perfumada e aconhegante e familiar. Sim, ela tem uma familia. E antes de sentir que tem toda essa familia, Helena tem dois homens entre si, a devorá-la. A experimentá-la. A fodê-la como ela tanto desejou. Helena é uma mulher casada e geme porque o amante entra com a picha inchada dentro de si. Helena tem dois filhos e respira fundo quando o outro amante lhe lambe a rata. Ela não quer parar e tem uma familia para amar. Ela quer mais e não sabe como parar. Hélder segura nas ancas frágeis dela e empurra o corpo dela contra o seu. Bruno lambe a rata. Prova-a como se fosse a primeira vez que pudesse chupar um clitóris. Helena encosta-se ao corpo do amante mais novo e desliza os dedos na cabeça do amante mais velho. Helena não está a quebrar uma regra. Helena não atraiçoa o marido ou engana os filhos. Dentro dela, algo se despedaçou e ela ainda nem sequer o sentiu. Porque lhe está a saber demasiado bem. Ela cavalga por cima de Hélder enquanto as mãos deste se elevam pelo seu c0rpo delineado. Ao mesmo tempo puxam a camisola agarrada ao tronco húmido da mulher. Despem finalmente todo o seu corpo e expõem os seus seios sedentos e bicudos ao ar insipido do quarto. Bruno avança. Experimenta o corpo fragmentado da inquilina. Ergue as pernas e segura nas ancas dela. A sua boca adocicada pelos sucos libertados do interior do sexo feminino enche de beijos a pele da mulher e prova o ventre dela. Helena geme. Com as mamas estimuladas por mãos atrevidas, uma picha a conquistar o seu intimo, os seus ombros engolidos pelos lábios de Hélder e o umbigo a ser lambido até à exaustão, ela é um mulher excitada. O seu corpo vibra com cada entrega de prazer. A sua pele entra em ebulição a cada estimulo oferecido. E ela sente-se a dançar. Porque as mãos dos dois homens fazem-na movimentar-se. Fazem-na bailar ao sabor dos desejos dele. Sente-se satisfeita. Mesmo que não perceba que algo dentro de si estilhaça, Helena baila num júbilo escaldante. Bruno continua a sugar o seu buraquinho moldado, o seu umbigo húmido, o seu canal de ligação a todos os nervos que agora a põe louca. É agora ela que se movimenta. Mexe as ancas como um acto de sedução. Como um gesto de libertação. A boca de Bruno já nem sequer procura. Mantém-se no mesmo lugar e espalha a lingua em todo o ventre da mulher. A mulher empurra a cabeça dele contra a sua barriga. Porque o quer. Porque a faz sentir quente. Ela solta gemidos da boca, ao mesmo tempo que procura perceber porque é que a lingua de Bruno a põe mais descontrolada que a picha intensa de Hélder dentro de si. Efectivamente, o técnico de manutenção de elevadores está a experimentar. O ventre de Helena é provado como uma experiência.
- Ohhh....Bruno....era capaz de me vir...ohhh...era capaz de me vir assim....uhmmm....
Hélder sente-se intimidado. Ele percebe o quanto a amante está a delirar com uma simples caricia. Mas Bruno faz mais do que acariciar a mulher. Ele entrega uma dança vulnerável e espalha-a por todo o corpo de Helena. A mulher ainda sente o sexo a fodê-la. Sabe-lhe bem. Estimula-a e satisfaz a sua rata sedenta de uma foda assim. Mas ao mesmo tempo que o seu corpo tende a fraquejar, ela sabe que é o carinho surreal do homem mais velho que a vai fazer vir. Bruno levanta-se e agora tem a cintura bem proxima do queixo dela. Já saboreou as mamas rijas dela, fazendo com que Hélder afastasse as mãos dali. Helena ergue a cabeça e comunica com o amante. Sabe o que ele quer. Sabe o que ela própria deseja. A picha dele entra vigorosamente na boca da mulher casada. E tudo é louco. E tudo é rápido demais. E cada um procura o seu prazer. Hélder lança as suas últimas forças para dentro do sexo da mulher e sente finalmente a rata a dar de si. Finca as mãos na cama e encosta a cara nas costas macias dela enquanto geme. Sente a respiração nos pulmões da mulher. Helena está louca. Vai gozar, vai libertar todo o prazer que lhe é oferecido e tudo vai começar do fundo da sua respiração. Chupa com intensidade o sexo do amante frontal e procura dar-lhe, também a ele, prazer. Assim que Hélder se esporra, Helena vem-se. Assim que Helena se vem, Bruno esporra-se na boca da amante. E o liquido do funcionário dela escorre pelas suas bolas. E o esperma do novo amante escorre pelo corpo da mulher. Sai da boca num enorme rio branco. Pinga desde o queixo até ao pescoço. Percorre um longo caminho entre os seios, quase a ferver. Quando chega à barriga, a gota rebelde experimenta. O ventre dela é fantástico. Sente-se satisfeito e saciado. nunca anteriormente Helena se tinha excitado daquela maneira tão peculiar. Bruno provou-a. Desde o seu intimo até à sua boca. E nem sequer se pode chamar àquilo uma foda. Para isso serviu o sexo vigoroso de Hélder. A gota. A gota do desejo de Helena repousa finalmente no umbigo.
Rodrigo chega a casa já Helena está de pijama, a ler um livro na varanda. Tem o jantar pronto em cima da mesa e um dvd pronto para ser exibido durante o resto do serão. Os filhos do casal já sairam. O mais velho está exausto depois de uma semana longa de aulas na faculdade, na cidade bem próxima desta. O pai foi buscá-lo, apesar de se ter atrasado ligeiramente. Helena não desconfia sequer do motivo pelo qual o marido precisa de ir buscar o filho. Não tem motivos para o fazer. Está demasiado entretida no seu prazer, demasiado envolvida em deleite para pensar nisso. O seu ventre faz a mulher casada e com dois filhos esquecer que algo dentro de si quebrou. Mas isso não interessa. Ele quis experimentá-la. De uma forma única. Tudo o resto que se quebrou é passivel de se colar.

7 comentários:

Anónimo disse...

Magnolia
mais uma vez nos brinda com uma menage de homens. Fantastica, real absoluta. Tens uma facilidade de dissertar "about", até parece que já viveu este pedaço, será? Não interessa, a descrição foi incrível.
Incansaveis PARABENS
Bjs
Julio135

Shelyak disse...

Terrivelmente excitante, excitante, excitante !!!

Maísa disse...

Espectacular.
Uma narrativa erótica que prende a atenção de quem a lê.
Já pensaste escrever um livro?
:-)
Beijinho.

luafeiticeira disse...

Vim só desejar boa semana. Leio depois.
Oscula de Obelix e falbala

Sexhaler disse...

Mais uma vez acabo de ler... ofegante.
Estou com o Sheliak: Excitante! Excitante!! Excitante!!!
Isto é terrível para a sanidade mental de quem tem que trabalhar!
;)

Beijo

Red Light Special disse...

Como diz o outro: estou aqui que nem posso!
Este teu texto é simplemente uma bomba!!
Segura-te Red, segura-te!!

luafeiticeira disse...

Como és inteligente, convido-te a ler um texto que não é meu, mas dum dos teus últimos fãs, talvez descubras porque gosto deste.
beijos